A notícia desta noite é que o Festival da Canção de 2025 acabou de dar à luz um nado-morto. Ninguém estava à espera deste desfecho, nem os próprios vencedores.
Após tantas edições já não será surpresa para ninguém, mas este ano o acontecimento acabou por se tornar fatídico no resultado final. A ocorrência pode ser resumida a isto: a votação do júri regional do Festival da Canção é tendenciosa perante os artistas da sua região. Um exemplo claro disso foi o júri da Madeira ter dado a pontuação máxima aos artistas da sua região: os Napa... E isso acabou por ter algum peso na votação final, onde o favoritismo era distribuído por vários artistas, onde NUNCA se incluiu os Napa. Por uma razão aparentemente simples: não interpretam uma canção indie pop suficientemente relevante para um evento desta natureza. (Nesse campeonato ficaríamos até bem mais bem servidos com a canção da Capital da Bulgária, que injustamente nem esteve presente nesta final.)
Para além do grande desfasamento entre as preferências dos jurados e do público, diria que a organização deste certame deveria prestar alguma atenção a esta questão do voto tendencioso no "artista da terra", que está a fazer escola na classe dos jurados, onde supostamente deveria haver isenção. Já basta esse fenómeno acontecer de uma forma incontrolável no público.
A não ser que se pretenda não alinhar o festival com a Europa mas com a parolice. Se assim for, até já estão bem encaminhados.