Foi preciso dois robots revelarem-nos a insignificância das novas tecnologias - que supostamente nos mantém virtualmente em contacto uns com os outros, mas mais que não fazem do que nos afastar do mundo (real) - face ao contacto directo de um simples toque entre mãos. Uma metáfora cinematográfica que espelha a mais pura das verdades: estamos mais evoluídos, mas nunca estivemos tão longe daquelas “mãos dadas”, que Wall-E adorava ver, sempre que punha a funcionar a sua velhinha cassete de VHS de “Hello, Dolly!”.
Temos mais e melhores meios que nos aproximam uns dos outros. No entanto, limitamo-nos a usá-los para tranquilizar a nossa consciência face a qualquer compromisso que tentamos manter com os outros. Um dia quando percebermos que o envio de um SMS ou mesmo uma chamada "a marcar o ponto", está muito longe de ser uma demonstração de afecto válida, pode já ser tarde demais.
Até lá, vamos continuando a fingir que somos máquinas.
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