sexta-feira, maio 07, 2010

Quem ri por último, tem que rir baixinho para não acordar os vizinhos

O programa “Notícias em segunda mão” (SIC) na sua estreia, em Fevereiro, começou por passar logo a seguir ao noticiário da noite, em pleno horário nobre. Algumas semanas depois transferiram-no para depois das novelas, o que em termos práticos é algo que já vai para além da meia-noite. Umas emissões depois e já passa(va) uma hora mais tarde, depois do CSI. Portanto, hoje, os fãs da dupla Horácio e Madeira têm que esperar que passe as histórias das eternas coitadinhas chorosas (que passam a vida a lamentar-se da rica vida rica que têm) e aguardar que um grupo de investigadores descubra o culpado de um homicídio num balneário através da realização de análises de vanguarda a um vestígio de pelo púbico encontrado no chão.
Não estou a afirmar que o “Noticias...” seja melhor que os programas que o antecede, porque não está aqui em questão a qualidade do programa mas a forma como ele é tratado pelo canal de televisão que o promove. É este desrespeito perante os autores do programa e sobretudo pelo seu público que vale a pena salientar. Não é inédito e já ninguém se deixa surpreender, é certo, quando os programas de autor e/ou de humor se tornam vítimas deste constante “joguinho do share”. Por esta altura e depois do fiasco Sic Comédia, já ninguém tem dúvidas se a SIC tem ou não piada, ou ela não continuasse a fazer da guerra das audiências um assunto mesmo muito sério.




1 comentário:

O Puto disse...

Por essas e por outras que pouca televisão generalista vejo.