A SIC não olha a meios para subir as audiências, nem que para isso mande fechar uma das maiores avenidas da capital e transforme-a num desfile pirosó-carnavalesco sempre que se comemore o aniversário desta estação. Salvo algumas reportagens e documentários, alguma inovação nas temáticas das telenovelas (aqui o mérito não é da estação de Carnaxide mas da respectiva produtora brasileira), algumas (poucas) séries de ficção americanas e pouco mais, este canal tem contribuído infimamente para melhorar o panorama qualitativo do que podemos ver hoje em dia sempre que ligamos o televisor.
As audiências nunca foram sinónimo de qualidade, mas o mais irónico de toda esta situação é que a programação que Francisco Penim gere até nem tem tido grandes audiências, ou pelo menos, as audiências que tanto desejaria. No entanto esta obsessão compulsiva por conseguir que mais duas dúzias de televisões se concentrem neste canal já fez vítimas. Não me refiro a todos os seres pensantes que conseguem manter os olhos por mais de 10 segundos na série de ficção nacional que costuma passar depois da novela brasileira e que automaticamente ficam com vontade de estoirar os miolos. Ou os dos próprios, ou os de quem a concretizou como projecto televisivo. Falo de Herman José.
O Herman, gostando-se ou não do que tem feito nos últimos tempos, nunca deixou de ser a única referência humorística válida da SIC. Ao contrário do que Penim pensará, o humor em televisão está a milhas de distância de ser a enésima variação de converter todas as anedotas já ouvidas na década passada, numa série de sketches atabalhoados. Bom, tudo isto para denunciar o que se pode ver, ou melhor, não ver, presentemente nos domingos à noite naquele canal: o “Hora H” passou de um horário indecente para um horário vergonhoso, e agora para o seu completo desaparecimento (consta que passará para um horário inédito mas já pouco surpreendente: a “madrugada” de sábado!). Para Herman (e a sua equipa), certamente, pior que esta, salvo a repetição, vergonhosa mudança de horários e de ter sido envolvido involuntariamente numa guerra de audiências que só por um milagre – ou alguma concebível forma de manter as pessoas acordadas e com vontade de rir fora de horas – sairia vitorioso, será a desrespeitosa forma como tudo foi feito. Um desrespeito por uma carreira profissional irrepreensível ao serviço da boa disposição e do melhor humor que a televisão já nos proporcionou. E para desculpabilizar esta falta de respeito, não há audiências ou qualquer outra razão mais ou menos rentável que a justifique.
As audiências nunca foram sinónimo de qualidade, mas o mais irónico de toda esta situação é que a programação que Francisco Penim gere até nem tem tido grandes audiências, ou pelo menos, as audiências que tanto desejaria. No entanto esta obsessão compulsiva por conseguir que mais duas dúzias de televisões se concentrem neste canal já fez vítimas. Não me refiro a todos os seres pensantes que conseguem manter os olhos por mais de 10 segundos na série de ficção nacional que costuma passar depois da novela brasileira e que automaticamente ficam com vontade de estoirar os miolos. Ou os dos próprios, ou os de quem a concretizou como projecto televisivo. Falo de Herman José.
O Herman, gostando-se ou não do que tem feito nos últimos tempos, nunca deixou de ser a única referência humorística válida da SIC. Ao contrário do que Penim pensará, o humor em televisão está a milhas de distância de ser a enésima variação de converter todas as anedotas já ouvidas na década passada, numa série de sketches atabalhoados. Bom, tudo isto para denunciar o que se pode ver, ou melhor, não ver, presentemente nos domingos à noite naquele canal: o “Hora H” passou de um horário indecente para um horário vergonhoso, e agora para o seu completo desaparecimento (consta que passará para um horário inédito mas já pouco surpreendente: a “madrugada” de sábado!). Para Herman (e a sua equipa), certamente, pior que esta, salvo a repetição, vergonhosa mudança de horários e de ter sido envolvido involuntariamente numa guerra de audiências que só por um milagre – ou alguma concebível forma de manter as pessoas acordadas e com vontade de rir fora de horas – sairia vitorioso, será a desrespeitosa forma como tudo foi feito. Um desrespeito por uma carreira profissional irrepreensível ao serviço da boa disposição e do melhor humor que a televisão já nos proporcionou. E para desculpabilizar esta falta de respeito, não há audiências ou qualquer outra razão mais ou menos rentável que a justifique.
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