Esta semana li um editorial no jornal Metro que achei, no mínimo, hilariante. Ao mesmo tempo que transcrevia para aqui algumas das palavras que o senhor Rui Pedro Batista escreveu naquela coluna, não consegui resistir em deixar alguns comentários.
O jantar estava a correr tão bem! Éramos oito. Quatro casais. Quatro eles e quatro elas. – É bom que se esclareça, não vá alguém ter dúvidas quanto ao tipo de amigos que frequentam a casa de um colaborador do jornal Metro. Devia ter facultado também a raça, fracção partidária e profissão de cada um deles - E a conversa tornava-se mais agradável à medida que as garrafas se esvaziavam. Tudo mudou quando chegou à altura de fazer o brinde. – O vinho azedou? A Mariazinha partiu o salto do sapato? O Bernardo recebeu uma chamada de uma amiga especial? - “À nossa, que fiquemos todos juntos durante mais uns anos”, atirei. Mas o João e a Carla não se reviram no meu pedido de renovação de votos e acabaram por revelar que estão a separar-se. – Ahhh! - (...) Ficamos embasbacados. O João e a Carla vão a caminho dos quarenta. - E? (...)
Iada iada iada conheceram-se no tempo do liceu, eram os dois muito pobrezinhos mas eram muito batalhadores e ... – O amor saltava-lhes dos olhos. Apesar das dificuldades em compatibilizar agendas, conseguiram arranjar tempo para encomendar o primeiro filho. – A mulher comum planeia (ou não), engravida e dá à luz um filho. A mulher deste estrato social, compatibilizando com a sua agenda supê-preenchida, encomenda-o! “Ohfaxavore, era um loirinho de olhos azuis para as sete da tarde do primeiro dia de primavera.”
O João foi subindo a pulso. Há três meses passou a ostentar no cartão de visita o título de director-geral. De uma empresa grande e cheia de lucros. Daquelas em que todos gostavam de trabalhar. – Mas que só alguns têm possibilidades de entrar e, regra geral, por pouco mérito próprio, se me é permitido o acrescento - A Carla lançou um negócio de acessórios de moda. E já estava a abrir a segunda loja. Mudaram de casa, trocaram de carros. Quer dizer, trocaram os carros por verdadeiros carrões. E agora... assim. Não se entende. – Não entende exactamente o quê? Que é perfeitamente possível ter sucesso profissional sem viver maritalmente com alguém? - (...) Enquanto lá por casa se adormeciam as crianças, fiquei ali no canto da mesa agarrado ao vício da nicotina, a pensar na vida. O João e a Carla, (...) – Já pensava menos na vida dos outros, largava o vício e contribuía qualquer coisinha para as tarefas domésticas, não?
Construíram uma vida assente em dificuldades, em partilha e entrega quando tudo parecia remar contra o seu barco. Um dia a maré mudou. E a sensação que lhes percorre o corpo é que conseguiram subir um prédio. – Uh?! Pior copy/paste de sempre? (...) Mais uma cigarrilha. Acabo em definitivo o whisky. – Ah bom.
Pode ser uma fuga, pode ser uma falta imensa de energias renovadas. Pode ser simplesmente incapacidade em reinventar o que parece definitivamente morto. – Pode ser pura estupidez tentar descortinar as razões da separação de um casal.
Duas pessoas, dez anos a trabalhar, a lutar para ter uma vida melhor, a fazer tudo para ter alguma capacidade financeira e material... – Depois dão nisto: mais felizes e ricos que nunca, mas separados. O melhor é riscá-los da lista do próximo jantar, não vão ser eles uma má influência para os restantes casais do grupo de amigos. Da-se!
O jantar estava a correr tão bem! Éramos oito. Quatro casais. Quatro eles e quatro elas. – É bom que se esclareça, não vá alguém ter dúvidas quanto ao tipo de amigos que frequentam a casa de um colaborador do jornal Metro. Devia ter facultado também a raça, fracção partidária e profissão de cada um deles - E a conversa tornava-se mais agradável à medida que as garrafas se esvaziavam. Tudo mudou quando chegou à altura de fazer o brinde. – O vinho azedou? A Mariazinha partiu o salto do sapato? O Bernardo recebeu uma chamada de uma amiga especial? - “À nossa, que fiquemos todos juntos durante mais uns anos”, atirei. Mas o João e a Carla não se reviram no meu pedido de renovação de votos e acabaram por revelar que estão a separar-se. – Ahhh! - (...) Ficamos embasbacados. O João e a Carla vão a caminho dos quarenta. - E? (...)
Iada iada iada conheceram-se no tempo do liceu, eram os dois muito pobrezinhos mas eram muito batalhadores e ... – O amor saltava-lhes dos olhos. Apesar das dificuldades em compatibilizar agendas, conseguiram arranjar tempo para encomendar o primeiro filho. – A mulher comum planeia (ou não), engravida e dá à luz um filho. A mulher deste estrato social, compatibilizando com a sua agenda supê-preenchida, encomenda-o! “Ohfaxavore, era um loirinho de olhos azuis para as sete da tarde do primeiro dia de primavera.”
O João foi subindo a pulso. Há três meses passou a ostentar no cartão de visita o título de director-geral. De uma empresa grande e cheia de lucros. Daquelas em que todos gostavam de trabalhar. – Mas que só alguns têm possibilidades de entrar e, regra geral, por pouco mérito próprio, se me é permitido o acrescento - A Carla lançou um negócio de acessórios de moda. E já estava a abrir a segunda loja. Mudaram de casa, trocaram de carros. Quer dizer, trocaram os carros por verdadeiros carrões. E agora... assim. Não se entende. – Não entende exactamente o quê? Que é perfeitamente possível ter sucesso profissional sem viver maritalmente com alguém? - (...) Enquanto lá por casa se adormeciam as crianças, fiquei ali no canto da mesa agarrado ao vício da nicotina, a pensar na vida. O João e a Carla, (...) – Já pensava menos na vida dos outros, largava o vício e contribuía qualquer coisinha para as tarefas domésticas, não?
Construíram uma vida assente em dificuldades, em partilha e entrega quando tudo parecia remar contra o seu barco. Um dia a maré mudou. E a sensação que lhes percorre o corpo é que conseguiram subir um prédio. – Uh?! Pior copy/paste de sempre? (...) Mais uma cigarrilha. Acabo em definitivo o whisky. – Ah bom.
Pode ser uma fuga, pode ser uma falta imensa de energias renovadas. Pode ser simplesmente incapacidade em reinventar o que parece definitivamente morto. – Pode ser pura estupidez tentar descortinar as razões da separação de um casal.
Duas pessoas, dez anos a trabalhar, a lutar para ter uma vida melhor, a fazer tudo para ter alguma capacidade financeira e material... – Depois dão nisto: mais felizes e ricos que nunca, mas separados. O melhor é riscá-los da lista do próximo jantar, não vão ser eles uma má influência para os restantes casais do grupo de amigos. Da-se!
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