sexta-feira, setembro 30, 2011

Quer dançar?

What is love?

2º Relatório Comunitário do EMIS (Inquérito Europeu na Internet para Homens que têm Sexo com Homens)

Foi publicado o 2º relatório comunitário do EMIS (European MSM Internet Survey). Este relatório, à semelhança do primeiro - Dezembro 2010 - foi criado para retornar alguma informação aos participantes sobre a evolução do estudo e do projecto. Relatórios e artigos mais formais e científicos serão publicados a partir de Novembro de 2011.

Entre outras conclusões, pode-se ler:

Em cada país, um número significativo de homens que responderam ao
questionário do EMIS, não se identificaram como “gay ou homossexual”.
Isto significa claramente que alcançámos grupos diversificados de
homens que têm sexo com homens. Na verdade, cerca de 15% de todos os
entrevistados relataram ter tido sexo com uma mulher nos doze meses
anteriores à conclusão do inquérito. Como mostra a tabela na página três,
este dado varia desde um mínimo de ‘um em cada dez “ homens na Bélgica
(.be), Holanda (.nl), Polónia (.pl) e França (.fr) até uma máximo de ‘mais de
um quarto’ dos participantes na Eslovénia (.si), Bulgária (.bg) Roménia (.ro) e
Bósnia e Herzegovina (.ba).

terça-feira, setembro 27, 2011

The coolest film of the year


A combinação quase perfeita entre uma versão moderna da fábula d’”a rã e o escorpião”, algumas perseguições de carros que não envergonhariam Luc Besson e a música synth-pop, resultam surpreendentemente num dos melhores thrillers que vi este ano.

O melhor de “Drive” também passa pela criação de um herói (Ryan Gosling) com características invulgares. O seu carácter calmo, introspectivo,... e de palito entre os dentes, dá todo o carisma que um filme de acção em slowmotion - como este por vezes pretende ser - precisa. Depois também há uma bonita relação platónica pelo meio, onde a química resulta mais pelos olhares do que pelos escassos diálogos.

Esqueçam tudo o que viram (ou não) em produtos de temática semelhante, mas ocos na sua substância, aka “The Fast and The Furious” e afins. Aqui a tensão é mesmo real e este realizador dinamarquês soube gerir o tempo e o espaço, como raramente se vê em filmes do género. “Drive” é, sobretudo visualmente, uma obra arrebatadora.

domingo, setembro 25, 2011

A vida para além do abandono










O tempo sempre será cúmplice do processo de continuidade da vida, até nos locais que consideramos mortos há muito tempo.

sexta-feira, setembro 23, 2011

O meu 2011 não seria o mesmo sem isto

How It Ended - The Drums from Umberto Picchiotti on Vimeo.



So do you remember the old times
Those were the only times
The only times
I don’t know how it ended
I don’t know where you ran to
I’ll always be right here
I don’t know how it ended
I don’t know where you ran to
I’ll always be right here

Pois contas

You can't blame the mind for dreamin' like it does



There's no vow to make you honest
There's no confession that will make you pure
Can't blame the mind for searchin' for the cure

sábado, setembro 17, 2011

Oh. É o Banksy (que contrariando os hábitos dos seus conterrâneos, fugiu do Algarve e escolheu a zona centro do nosso país para fazer férias)!


Pinturas-mistério intrigam habitantes de Leiria

Pelo material utilizado e o próprio resultado final, nota-se que há, pelo menos, fortes influências dele. E ainda bem. Qualquer coisinha mais elaborada que os habituais rabiscos nonsense que crescem diariamente nas paredes das nossas cidades, é sempre bem-vinda.

sexta-feira, setembro 16, 2011

Eu sobrevivi ao SNS! (II)

Actualizando esta aventura, entretanto, recebi uma resposta do ACES – Agrupamento Centros de Saúde Grande Lisboa III, a que o URAP, Centro de Oftalmologia de Lisboa, pertence - à minha exposição e fui à consulta marcada, no passado dia 13 (e não no dia 20, como tinha mencionado antes).

Na carta recebida, a Directora do ACES tenta justificar a demora com a recente entrada em funcionamento do novo software de gestão de doentes (com o curioso nome: “Sonho”) e a ausência do Dr. Henrique Bonhorst, com a sua “doença súbita”, que terá sido comunicada ao Centro Oftalmológico “nessa manhã” – teria sido interessante especificar a hora, pois a minha mãe só foi informada perto da uma hora da tarde.

Chegou o dia da nova consulta. Desta vez fizemos questão de ir bem mais cedo, conseguindo a proeza de termos recebido uma das dez primeiras senhas. No entanto, o suplício que se seguiu foi muito semelhante ao da minha anterior visita.

Passavam alguns minutos das nove horas, tínhamos passado a fase de selecção do 5º piso sem grandes problemas e já estávamos no 7º a aguardar consulta. Uma das funcionárias que nos atendeu da outra vez (naquele piso), que neste dia andava numa correria de andar em andar sem muito bem se entender com que propósito, dirigiu-se à minha mãe e pediu-lhe o cartão de consultas, fazendo-lhe uma série de perguntas (se já tinha a operação (?) marcada, qual era o seu centro de saúde,... e uma das melhores: quem é que tinha marcado aquela consulta - curiosamente tinha sido ela). Passaram mais de 45 minutos e a minha mãe, vendo outros pacientes a serem chamados para a respectiva consulta, já mostrava alguns sinais de impaciência. E eu, temendo o pior, dirigi-me à funcionária (fixa) do andar e perguntei-lhe se havia alguma razão para o atraso da consulta e a (razão) que levou a sua colega solicitar o cartão à minha mãe. Aquela ficou sem respostas mas ao perceber de que médico se tratava, pediu-nos para que nos acompanhasse. Entramos numa pequena sala, onde não estava muito mais que um armário metálico, de onde retirou uma agenda. Disse-nos: “... É que o Dr. Henrique ligou a dizer que não pode vir... Ligou mesmo há pouco... Por isso vamos ter escolher outra data”. Eu fiquei estupefacto, mas estranhamente sereno e deixei-lhe continuar com todos os procedimentos normais de marcação de uma nova consulta – tudo isto, relembro, numa sala à parte, longe dos ouvidos e olhares dos outros pacientes. O acto de entrega de um novo cartão de consultas fez-me despertar para a realidade e questionei-lhe: “O livro de reclamações ainda se encontra no oitavo piso?” Ela confirmou. ’“E o outro cartão... E a sua colega, onde estão?” Pediu-me para perguntar por ambos no piso inicial (quinto).

Lá fomos. Já no piso em que tudo e mais alguma coisa acontece, onde ainda estavam alguns pacientes a aguardar despacho, quando uma das senhoras se preparava para proclamar a sua tirada habitual do “em frente deste balcão só quero pessoas com o número de senha pedida!”, chegou a minha vez de subir o tom de voz e reclamar a situação que estava a viver. Foi remédio santo, obtive toda a atenção de ambas as funcionárias (e não só): enquanto uma já se preparava para encontrar, para o próprio dia, um médico substituto; a outra foi logo à procura da colega que tinha escapado com o cartão (encontrou-a, mas ninguém, inclusive a própria, que é senhora de poucas palavras, foi-me capaz de explicar o que tinha andado a fazer, durante quase duas horas com um cartão de consultas).

Quando parecia já tudo estar a entrar dentro dos eixos, surge o imprevisto do dia: ninguém consegue encontrar o processo da minha mãe para passar ao novo médico, onde se inclui o exame feito há muitos meses atrás (o tal que está para ser visto pelo médico desde Junho - data da primeira consulta em que ele também não compareceu). Ambas as funcionárias do quinto piso lamentam, e até incentivam-me para que proceda com outra reclamação (consta que os processos clínicos não faz parte das suas responsabilidades). Não é que desta vez fiz-lhes a vontade? Subi logo para o oitavo andar. E, nesta reclamação, por outras palavras e de uma forma mais detalhada, deixei escrita a grande questão: de que lhes serve um novo sistema informático que é um “Sonho”, se continuam a ter funcionários que são um autêntico “Pesadelo”?

quinta-feira, setembro 15, 2011

Pelas Linhas da Nostalgia

Nos últimos 20 anos , Portugal perdeu 700 Kms de vias férreas, desactivadas em nome da boa gestão, do controlo do défice e dessa abstracção onde tudo cabe chamada progresso. À evidência, nem o país ficou mais rico, nem as populações mais bem servidas.



"Passeios a pé nas vias férreas abandonadas", o seu subtítulo diz tudo. Ou diria: dizia? Este belo livro foi lançado em 2008 (escrito durante os dois anos anteriores) e desde essa altura até hoje, a maioria dos trajectos propostos foram convertidos em ecopistas e/ou ciclovias - como acontece com a recentemente inaugurada (mega) ciclovia de mais de 70 Km(!) na linha do Dão. Fico feliz por saber que se está a dar alguma utilidade pública aqueles espaços, mas não se estará a perder a verdadeira essência do passeio pelas vias férreas e natureza envolvente?
Ainda assim as suas extraordinárias fotos e a sua muito acessível narrativa que vai descrevendo os percursos dos locais a passar, continuam, mesmo nos dias de hoje, a apelar para que se agarre na mochila e se vá passar uns dias fora.

Perdemos um guia turístico, ganhamos um registo histórico. Perdemos linhas de comboio, ganhamos a esperança no aperfeiçoamento de toda uma nova geração de ciclistas de longa distância. Diz que é o balanço do tal progresso.

sábado, setembro 10, 2011

Podia ser o novo anúncio da Pantene

... Mas é o novo single dos Alpines. Trazem-nos toda uma nova força (capilar?) à pop electrónica inglesa.


segunda-feira, setembro 05, 2011

Levar o caos para as ruas, mas no bom sentido

No mês passado as ruas de algumas cidades britânicas foram tomadas pelos “putos revoltosos“ com o intuito de “take stuff”. O novo documentário de Banksy foi concebido com um pressuposto inverso: invadir as ruas com o objectivo de “give something back”. O resultado final é muito mais interessante (e hilariante).

“The Antics Roadshow” passou na noite de 13 de Agosto, no Channel 4 e pode ser visto na integra aqui:

Channel4 - The Antics Roadshow [compiled by Banksy] from Christian Ziron on Vimeo.

sábado, setembro 03, 2011

sexta-feira, setembro 02, 2011

E il leone d'oro va al...

Esta semana começou um dos mais importantes festivais internacionais de cinema - o de Veneza - onde competem, para ganhar o famoso "leão de ouro", algumas das mais importantes referências do cinema contemporâneo. Abriu com o novo filme de George Clooney, mas a concorrência só fica feroz quando entra em jogo os novos filmes de David Cronenberg, Roman Polanski, Johnnie To, Abel Ferrara e Todd Solondz.
Mas as grandes surpresas podem aparecer de onde menos se espera. Eu, sem ter posto os olhos em qualquer um, aposto já em dois: "Alpeis" do grego Giorgos Lanthimos (se for tão bom como o "Canino"...) e o "Killer Joe" de William Friedkin (o veterano realizador dos clássicos "O Exorcista" e "Os Incorruptíveis Contra a Droga", entre outros).
A maioria dos trailers das longas metragens em competição podem ser vistos aqui. E podemos acompanhar algumas reacções, quase em directo, por alguns jornalistas que por lá andam nestes intensos dias - como acontece com o caso de Vasco Câmara, do Público.