Nos últimos 20 anos , Portugal perdeu 700 Kms de vias férreas, desactivadas em nome da boa gestão, do controlo do défice e dessa abstracção onde tudo cabe chamada progresso. À evidência, nem o país ficou mais rico, nem as populações mais bem servidas.
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"Passeios a pé nas vias férreas abandonadas", o seu subtítulo diz tudo. Ou diria: dizia? Este belo livro foi lançado em 2008 (escrito durante os dois anos anteriores) e desde essa altura até hoje, a maioria dos trajectos propostos foram convertidos em ecopistas e/ou ciclovias - como acontece com a recentemente inaugurada (mega) ciclovia de mais de 70 Km(!) na linha do Dão. Fico feliz por saber que se está a dar alguma utilidade pública aqueles espaços, mas não se estará a perder a verdadeira essência do passeio pelas vias férreas e natureza envolvente?
Ainda assim as suas extraordinárias fotos e a sua muito acessível narrativa que vai descrevendo os percursos dos locais a passar, continuam, mesmo nos dias de hoje, a apelar para que se agarre na mochila e se vá passar uns dias fora.
Perdemos um guia turístico, ganhamos um registo histórico. Perdemos linhas de comboio, ganhamos a esperança no aperfeiçoamento de toda uma nova geração de ciclistas de longa distância. Diz que é o balanço do tal progresso.
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"Passeios a pé nas vias férreas abandonadas", o seu subtítulo diz tudo. Ou diria: dizia? Este belo livro foi lançado em 2008 (escrito durante os dois anos anteriores) e desde essa altura até hoje, a maioria dos trajectos propostos foram convertidos em ecopistas e/ou ciclovias - como acontece com a recentemente inaugurada (mega) ciclovia de mais de 70 Km(!) na linha do Dão. Fico feliz por saber que se está a dar alguma utilidade pública aqueles espaços, mas não se estará a perder a verdadeira essência do passeio pelas vias férreas e natureza envolvente?
Ainda assim as suas extraordinárias fotos e a sua muito acessível narrativa que vai descrevendo os percursos dos locais a passar, continuam, mesmo nos dias de hoje, a apelar para que se agarre na mochila e se vá passar uns dias fora.
Perdemos um guia turístico, ganhamos um registo histórico. Perdemos linhas de comboio, ganhamos a esperança no aperfeiçoamento de toda uma nova geração de ciclistas de longa distância. Diz que é o balanço do tal progresso.
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