sexta-feira, março 30, 2007

Big Tentação


O Big Tasty, faz jus ao nome, é grande e é saboroso, mas com as suas quase 900 calorias, também é um arrombo em qualquer “orçamento alimentar”. Se pedir o menu, junta-se as batatas (grandes, pois então) e os respectivos molhos e a “festa” não fica por menos de 1300 calorias. Não esquecer que, em média, um indivíduo (sem ter em conta os factores sexo, idade, altura, etc.) não deverá ingerir mais de 2000 calorias por dia.
Ahh... Mas para acompanhar há sempre a opção de uma cola light, com uma caloria. Convém não abusar.

quarta-feira, março 28, 2007

Allbarda-se o nome à vontade do turista

- Então sempre vais amanhã para o Allgarve?
- Não. Vou para o Allentejo.
- Eh pá, aproveita para almoçar naquele restaurante que te falei em Allcácer do Salt.
- Si... e vou jantar ao Oporto!
- Oporto!?
- Oporto Covo.
- Ahh... A Costa Vicentina é uma maravilha.
- Costa Vice [lê-se “Vai-se”], man!
- OK... E passas por “Pecados”?
- “Pecados”?
- Sines, pôrra!

terça-feira, março 27, 2007

Era uma vez... O Rock português

Pego no CD-oferta do jornal Público (edição 23/03/07, “Era uma vez... O Rock português”), parto numa viagem do tempo até aos primeiros anos da década de 80 e dou início a uma verdadeira aventura pela música portuguesa dessa década. Lembro que tal é feito por alguém que só desperta para a música (e para tantas outras coisas não menos importantes) só uns anos mais tarde. Ainda tenho as K7’s dos Ministars e dos Onda Choc que me ofereciam pelo natal por estrear. Uma verdadeira relíquia!

Chico Fininho, Rui Veloso
Começamos mal. Não consigo gostar de algo que este homem faça. O problema é meu, mas esclareçam-me, há alguma regra que obrigue a fazer umas caretas medonhas sempre que se dá uns acordes de guitarra ao som de blues?

Chiclete, Taxi
Um clássico do ska-rock português. Tema com uma percussão incrível que o torna irresistivelmente dançável. Graças a este tema, fora a publicidade, o banal acto de mastigar uma pastilha elástica nunca mais foi o mesmo. Hoje em dia, se fizessem uma versão moderna desta música chamar-se-ia “Trident (sem açúcar)”, seria feita por uma boy band (light) e não teria metade da piada.

Portugal na CEE, GNR
Os GNR sem farda, sem o Rui Reininho e sem letras complexas. Arrebatador tema post-punk que brinca com a nossa entrada na actual Comunidade Europeia. “E é tão bom estar na CEE”! Não é preciso ser um jovem agricultor e ter um todo-o-terreno subsidiado pela “CEE” para se deixar viciar por esta música. A óbvia descendência dos Sex Pistols por cá.

Cavalos de Corrida
, UHF
Rock’n roll puro e duro. Deve ser o único tema dos UHF que me faz bater o pé e não ficar com vontade de mudar de faixa.

Chamem a Polícia, Trabalhadores do Comércio
A pronúncia do vocalista e o lado humorístico da história são os únicos pontos menos maus desta canção rock-apimbalhada. Consta que é retirada do disco chamado “Trips à Moda Do Porto” e que por lá também se pode encontrar temas tão curiosos como "Atom Messiu, Comantalê Bu", "Paunka Roque" ou "Sim, Soue Um Gaijo do Pôrto".

Patchouly, Grupo de Baile
Ena! Deve ser das mais antigas recordações da minha infância: a minha irmã a vibrar ao som desta canção enquanto gastava uma embalagem de laca sobre a cabeça e se preparava para ir para escola. Ainda hoje a acuso de ser uma das principais responsáveis pelo alargamento do buraco do ozono. Como agravante desta acusação: será que ela também “fumava ganzas nas paragens dos eléctricos”? Não sei, mas para ouvir isto mais que uma vez, uma ganza, de facto, ajuda imenso.

Cristina (Beleza é Fundamental), Roquivários
Descobri o tema que o Herman brincava nos bons velhos tempos da “Roda da Sorte”. “Cristina não vais levar a mal, mas beleza é fundamentaaaaaaaaaaaaaalllllllll”. Gosto da forma como a vocalista acentua a última sílaba de cada verso. Esta banda teve um outro êxito nos anos 80 que se chamava "Totobola" cujo o refrão era: “Dizem que o treze é o número do azar, mas este jogo dá dinheiro até fartar”. Hilariante.

Estou Além, António Variações
Reconheço logo os primeiros sons e as primeiras palavras: “Não consigo dominar este estado de ansiedade, ...” e tudo isto faz mais sentido que todas as letras juntas que os Polo Norte já escreveram até hoje. Por mais voltas que se dê, acaba-se sempre por chegar à mesma conclusão: este homem era um génio. “Porque eu só estou bem aonde eu não estou”. Como eu te compreendo, grande António.

Bom Dia Lisboa, Rádio Macau
Gosto dos Radio Macau e gosto da voz da Xana. Não conheço todos os discos que esta banda lançou nos anos 80 mas reconheço o seu grande contributo para o movimento indie-rock dessa época. Havia, nos eighties, um “movimento indie-rock” em Portugal? Se não havia, passa a haver a partir deste momento.

Remar Remar, Xutos & Pontapés
Costuma-se dizer: Ahh, os Xutos são os Xutos! Este deve ser o argumento mais parvo que se pode oferecer a uma banda. Os Xutos são os Xutos, os Delfins são os Delfins e a Alheira de Mirandela é a Alheira de Mirandela. Os Xutos é a banda rock nacional de culto por excelência com alguns grandes momentos ao longo da sua já longa e respeitável história. Confesso que não tenho achado grande piada ao que têm feito nos últimos anos, mas este tema é, simplesmente (e tem uma letra), brilhante. E encerra da melhor forma esta compilação.

Solução


segunda-feira, março 26, 2007

“Grandes Portugueses”, as minhas (e algumas deles) conclusões finais

- O apresentador Daniel-disfarçado-de-empregado-de-mesa-Oliveira fica dispensado de participar nas próximas cinco maratonas;
- A Leonor Pinhão precisa de usar um bom champô para cabelos oleosos, ou deveria usar, simplesmente, champô;
- O corpo de Odete Santos rejeita pivôs e microfones;
- O Paulo Portas preferia não ter vivido no século XX (finalmente estamos de acordo!);
- Os piores defeitos de Fernando Pessoa eram ter sido alcoólico e homossexual (este último apontado exclusivamente a um dos seus heterónimos);
- As pessoas que votaram em Salazar são anti-salazaristas e estão revoltados com a actual situação do país.
Devem ser as mesmas que passam a vida a levantar suspeições sobre a corrupção no futebol português e têm um lugar cativo na bancada central do seu clube. E as mesmas que passam a vida a lamentar pelo preço dos combustíveis e não passam um fim-de-semana sem dar o seu passeio até ao Parque das Nações, Alentejo ou Algarve.

quinta-feira, março 22, 2007

Revolta

Uma mulher perde o marido e o filho e vem para Portugal. No dia em que ia buscar a licença para permanecer no país é morta num ataque perpetuado por três ou quatro rottweilers... (A GNR foi avisada na véspera de que andavam alguns cães perigosos à solta na Várzea de Sintra)
Quantas mais vidas é preciso perder nas bocas destes cães assassinos, treinados por donos mentecaptos, para se começar a ponderar na eficácia da respectiva legislação actual?

O Destak parece que é

“... uma espécie de notícia viria (e veio) no Público que tem cada vez menos leitores, dá cada vez mais prejuízo e tem cada vez mais a mania.”

Foi isto que o director do Destak escreveu no editorial (título: 'O Público tem a mania') do seu jornal na passada segunda-feira. Não tenho grande interesse em aprofundar as causas desta “guerrinha” entre os dois jornais, mas achei muito curiosa esta forma de acusação: “ter a mania”. Esta expressão deixada assim ao “abandono” dá azo a tantas interpretações...
Tem a mania que é esperto? Tem a mania que é parvo? Tem a mania que é o Guardian português? Tem a mania de publicar frases completas? Tem a mania de achar que fazem concorrência a um jornal de distribuição gratuita de vinte e poucas páginas em que metade delas é preenchida com publicidade e classificados? Tem a mania de não achar muito normal usar fotos da agência Lusa para fazer livremente fotomontagens, mantendo o nome da fotógrafa (das fotos originais)? O Público tem, afinal, a mania de quê?

Eu se fosse director do Público não ficava calado e respondia-lhes na mesma moeda. Colocava como título do editorial: “O Destak parece que é” e depois lá pelo meio escreveria: “quem diz é quem é (toma, toma)!”

quarta-feira, março 21, 2007

Transparências

Uma das medidas anunciadas pelo Conselho de Ministros durante o “Dia do Consumidor”, celebrado na passada semana, diz respeito a uma maior transparência na publicidade das tarifas aéreas. De futuro, além do montante das tarifas, todos os impostos, taxas e encargos que repercutam no preço das viagens, devem ser comunicados ao consumidor.
Pela “clareza” dos dados que li, ou muito me engano ou irá suceder o que acontece actualmente com toda a informação adicional que costuma passar em rodapé em alguns anúncios de automóveis para televisão. A única diferença, é que tal informação, por uma questão de coerência, em vez de passar a 120, deve passar, para aí, a 900 Km/hora!

segunda-feira, março 19, 2007

O Daniel cresceu, mas tanto?


O “Harry Potter” despiu, literalmente, por uns tempos, a sua capa de feiticeiro para participar na peça de teatro “Equus”. Consta que o Gielgud Theatre, em Londres, onde o actor Daniel Radcliffe actua, tem tido continuas sessões esgotadas. Segundo um artigo no último Ípsilon (suplemento cultural do Público), tal facto deve-se à grande afluência das fãs do herói dos livros de J. K. Rowling para ver o Daniel representar como gente grande e (talvez!?) despir-se. Segundo algumas críticas da imprensa britânica, a peça não é lá grande coisa, mas a prestação do já-não-tão-pequeno “Harry” é brilhante. No mínimo, temos que congratular este jovem actor (17 anos) por ter aceite este grande desafio. Já imaginaram se alguém pega nesta fenómeno por cá? Não me parece assim tão utópico de vir acontecer. Pedir a uma “Floribela” para actuar de uma forma marcante ao mesmo tempo que se vai despindo? Humm... Esqueçam a parte da representação e a revista Maxmen pega já na deixa.

“... alguém já reparou que o Daniel cresceu?”
É mais ou menos assim que termina o texto de Joana Gorjão Henriques (Ípsilon).
Sim, Joana, é notório e aposto que há muita gente que sai daquele teatro com vontade o ver crescer ainda mais. Já agora penso ser importante esclarecer: a bela foto que usou no seu artigo foi manipulada. Veja e leia isto:
http://herbertvonkoln.livejournal.com/1004.html

quarta-feira, março 14, 2007

Já?


Então não dormiram, trocaram "bons conselhos". A linguagem do mundo futebolístico está cheia de metáforas.

Apocalipse Newes



Nunca imaginei poder vir a dizer isto nesta vida, mas vou ter que o fazer: concordo com algumas linhas escritas pelo senhor Prof. César das Neves. Pelo menos até ao momento em que começa a relacionar os novos meios de comunicação com o aumento dos divórcios, a destabilização familiar e a precariedade no emprego. Mas só quem não conhece as suas teorias ridiculó-conservadoras é que ainda se pode deixar surpreender pelo o homem que consegue ver o apocalipse em todos os fenómenos sociais.

Vamos então supor que estava eu na minha casa, muito bem casado e bem empregado. Sento-me em frente ao meu computador e aparece-me, “por mero acaso”, no monitor, o convite de uma fulana para adicionar o meu contacto ao seu Messenger. Eu ainda resisto mas por fim acabo por ceder. De um momento para o outro ela liga a sua (e a minha... impressionante os dotes destas novas cibernautas!) webcam e começa-se a despir para mim sem eu ter-lhe sequer piscado um olho. Começa a fazer insinuações de que pretendia fazer coisas comigo que eu nunca faria com a minha esposa... Esta subitamente aparece e depara-se com um cenário muito pouco “familiar”, zanga-se comigo, pede o divórcio, os meus filhos saem de casa e perco o emprego. Enfim toda uma óptima e estável vida se desmorona, só porque uma “boazona de mamas grandes” persuadiu-me a cometer actos de prevaricação virtual que eu ainda consegui resistir... por mais de meia-hora! Conclusão: a culpa é da internet.

segunda-feira, março 12, 2007

Neo-tesourinho-deprimente

Ontem depois de ver um “gatos” fraquinho – safou-se as imitações do RAP e o incontornável “tesourinho deprimente" - ao fazer zapping por alguns canais, fixei-me num em que mostrava uma bela morena de mini-saia sentada em cima de uma secretária, com as suas belas pernas de frente para uma câmara insistente em focá-las. Mais a trás, sentado na cadeira, estava um rapaz de óculos com uma farta cabeleira encaracolada. Bastou olhar para os cantos superiores do meu televisor para entender, em dois segundos, o que via: uma “estreia” chamada “A bela e o mestre” na (surpresa!) TVI. Temi o pior, mas este canal consegue sempre, surpreendentemente, superar as minhas piores expectativas.
Aparece-me o apresentador à frente. Um autêntico fenómeno de versatilidade, num minuto vejo-o numa publicidade a montar e a levar coices de um burro, no minuto seguinte vejo-o apresentar um novo programa da TVI. Entretanto fico a saber que a jovem é uma ex-miss, vem da Ilha da Madeira e tem o dom de fazer o público masculino “grunhir” sempre que mexe as pernas. O apresentador goza com a situação e pede para a “ex-miss” voltar a subir para a secretária e cruzar as pernas e sucede o consequente “grunhido” da assistência. Confesso que já não via uma cena tão parola na TV desde os “saudosos” tempos do “Big Show Sic” do João Adriano e do Macaco Baião, ou qualquer coisa assim parecida.
O “concurso” arranca. Aparece uma foto de Fidel Castro num ecrã gigante e a rapariga tem que adivinhar quem é.
- É um militar... – Avança ela.
- Certo, mas quem é ele? – Questiona o apresentador.
- ... Ah se eu conseguisse ver melhor as medalhas...
- Olhe como se chama o cocktail que se faz com Whisky e Cola?
- Whisky-Cola.
- Não... Cuba Livre!
- ...
- Então ainda não está a ver?
- Não.
- Olhe fiel... como se diz em espanhol fiel?
- ...
A assistência fica mais exaltada e ela aproveita a distracção do apresentador e pergunta, quem é aquele homem, ao tal “bisneto do Einstein” que se encontrava junto dela...
- Fidel Castro!
- Ah... Muito bem!
(Muitos aplausos)
Entretanto aparece na imagem o conceituado jornalista Carlos Quevedo (!!), envergonhadíssimo, para esclarecer o apresentador que uma Cuba Livre não se faz com Whiskey mas com Rum. Depois ouve-se uma gargalhada e aparece o “mestre” Rui Zink (!!) no ecrã e mesmo ao lado dele... a mulher das grandes traduções (umas mais legais que outras) Clara Pinto Correia! E para completar o quadro... Marisa Cruz (!!). WHAT THE FUCK?! No momento em que já deduzia que iria aparecer o Paulo Portas e a Romana, fiquei a saber que aqueles quatro elementos constituíam o júri fixo.

Siga. Nova bela concorrente, novo intelectual a acompanhá-la, a mesma secretária, novas pernas, os mesmos “grunhidos” do público e o mesmo apresentador. Desta vez aparece a foto de Agustina Bessa-Luís.
- Então sabe?
- Humm...
- Olhe lembre-se do mês que mais gosta...
- ...?!
- Agosto, o verão, a praia...
- ...
- Agust...
- Agust...
- Agustina...
- Agustina.
- Vá, o segundo nome é o nome de um estádio...
- Agustina Benfica?
- Não...

Sobrevivi até aqui. Mudei de canal, pois já tinha provas mais do que suficientes de que a “bela” TVI é actualmente uma “mestre” na produção de “tesourinhos deprimentes” para uma próxima geração. Nessa altura, então, cá estarei para os saborear. Ou não.

sexta-feira, março 09, 2007

A "Reforma"

Como não podia deixar de ser - e quem me conhece sabe perfeitamente que este é um dos meus “cavalos de batalha” - não poderia ficar calado face ao resultado final da tão esperada reforma “revolucionária” da tributação automóvel que o governo actual tanto prometera.
Recapitulando. Actualmente recaem sobre os veículos: o Imposto Automóvel (IA) e o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) respectivo, Imposto Municipal sobre Veículos (IMV, vulgo “imposto de selo”) – estes primeiros três perfazem a, já referida num anterior post meu, “tripla tributação”, a tal que a Comunidade Europeia se actuasse coerentemente sobre todos os estados membros já sido alvo de penalização – e especificamente sobre os veículos afectos ao transporte de mercadorias recaem ainda: o Imposto de Circulação (ICi) e o Imposto de Camionagem (ICa).
A proposta de lei foi finalmente aprovada pelo Executivo e afinal o que muda? Muda tudo: extingue-se o IA, o IMV, o ICi e o ICa e cria-se dois novos impostos: o Imposto sobre Veículos (ISV) – que substitui o IA e, sendo assim, o IVA vai continuar a incidir sobre o preço base acrescido deste novo imposto, como aliás já acontece com o IA – e o Imposto Único de Circulação (IUC) – que substitui o IMV, o ICi e o ICa. Então, se eu fiz bem as contas, hoje ao comprar um carro novo paga-se 3 impostos e com esta reforma tributária irá pagar-se... 3 impostos? “Muda tudo”? O legislador explica: “as mudanças vão no sentido de privilegiar a utilização de energias renováveis e a opção por veículos e tecnologias menos poluentes”. Esta preocupação ambiental agrada-me bastante e parece que o peso das emissões de dióxido de carbono (CO2) terá cada vez uma maior influência – juntando-se, assim, à cilindrada (Tabela A) que continua a ser aplicada (exclusivamente) sobre os restantes automóveis que não podem ser tributados com base nas emissões de CO2 (Tabela B) - tanto logo no momento da compra do veículo, no cálculo do ISV, como a longo prazo, sempre que se efectivar o respectivo pagamento anual do IUC. Segundo o Executivo: “estão garantidas reduções nos preços dos veículos superiores a 10%, em alguns casos, face aos preços actuais”. Uau!
“Uau”, se não houvesse dois pormenores importantes que não foram devidamente explicados.
1) Esta possibilidade de redução nos preços concretiza-se unicamente no momento da compra do veículo. A longo prazo, com a incidência do IUC, já foi demonstrado que a carga fiscal vai subir.
2) De acordo com um estudo da Comissão Europeia, o investimento das marcas para produzir os carros para que reduzam ao máximo as emissões de CO2 vai encarecer o preço de produção em cerca de 18%, nomeadamente nos veículos de gama baixa.

A partir de Julho deste ano (quando esta “nova” tributação automóvel entrar em vigor) saímos do stand com o nosso novo carro e com uma agradável sensação que fizemos um óptimo negócio, simultaneamente, pensando que estamos a contribuir para um melhor ambiente e nem nos preocupamos em confirmar se estas generosas “reduções” que o “Executivo” nos ofereceu estão efectivamente correctas. É bom que assim seja, se não queremos ficar, para além de, triplamente tributados, triplamente desiludidos.
Todas as informações actualizadas neste excelente blogue.

quinta-feira, março 08, 2007

Toda a verdade?

Quem reconhece a verdadeira influência da comunicação social neste país também poderá explicar, por exemplo, a razão pela qual um dos melhores anúncios para televisão nunca tenha passado... na televisão.

Faça o obséquio:
http://www.ad-awards.com/commercials/directory/categories/non-profit/alzheimers/commercials-6-218.html

terça-feira, março 06, 2007

Ou não sorrir

Durante uma sessão de fotos para uma revista italiana, Helen Swedin, companheira de Figo, pousava nua e houve alguém que aproveitou o momento para tirar umas fotos para uso pessoal. Como o “uso pessoal” pode ser um conceito muito lato para algumas pessoas, nada egoístas por sinal, tais fotos clandestinas acabaram por chegar a caixa de correio electrónico de milhões de pessoas, eu incluído.
Comparativamente com as fotos oficiais, aquelas que saíram na revista, é garantido que estas mostram mais. Muito mais. Tanto que quase me atrevo a chamar-lhes uma desilusão. Nada de confusões, ela é lindíssima, com ou sem photoshop. Nestas só está menos bonita porque não sorri. E é isso que mais se evidencia no resultado desta “sessão clandestina”: os seus lábios. Porque toda ela é lábios! Quando vemos estas fotos quase que dá vontade de lhe dizer: “Helen pá, sorri, você está no monitor de milhões de espectadores!”.


segunda-feira, março 05, 2007

Sorrir...

Logo no início do curto vídeo caseiro, ouve-se a voz de uma rapariga com um nítido sotaque do norte:
- Não se vê que é ieu... Ah pois não!
Numa cama vê-se, a meia-luz, uma rapariga (nua) ajoelhada a fazer (qualquer coisa semelhante a, mas que eu nunca denominaria) sexo oral a um rapaz, enquanto este a filma.
Ela faz uma pausa nunca deslargando o pénis semi-erecto do rapaz. O diálogo continua:
- Nãoe... – ouve-se a voz do rapaz, também com um sotaque claramente nortenho - ... Ohh, mas aprobeita e chupa mesmo! – continua ele, com um tom de voz mais imperativo.
E ela “chupa”.
- Assim biêsse que és tu! Posso tirare?? – Continua ele, no momento que entende-se melhor o contexto da “mise-en-scene” (lol).
O que ela tem na mão é o que se vê no video. O que ele tem na mão é, afinal, um telemóvel. Ela nem percebe que está a ser filmada e concentra todos os seus receios na possibilidade de ele poder vir a tirar-lhe a foto e, pior, que se veja o seu rosto (enquanto lhe faz sexo oral). Os silêncios e este curto diálogo são constantemente interrompidos pelos “berros” de um “relatador” de futebol durante a transmissão de um jogo na TV. (Penso que era importante acrescentar este detalhe da “banda sonora”.)
- Não sei se debes. – diz ela. E sorri, sem nunca deixar de fazer o que estava a fazer. E estava a fazer tudo muito mal, porque nem a melhor porno-star conseguirá “chupar” decentemente ao mesmo tempo que ri e posa para uma foto.
- Mas com’é que é, posso tirar ou não?
- O qu’é que vais fazer com a fotografia? – questiona ela, sem nunca parar de sorrir e abandonar a sua pose mais fotogénica.
- Oh... é para guárdar’né?!
- Mas não é para mostrar a ninguêim, han?!
- Sim... mas tens que chupar mesmo!
– E ela continua a “chupar” (mal). Mais uma pausa e diz:
- Desde que não se beija a minha cara.
E ela continua, sorrindo sempre...

O macho para se assumir como tal, perante ele e, fundamentalmente, perante os outros (machos) – o facto de o video ter chegado à minha caixa de correio, ou seja, ter tido uma exposição pública, pode explicar esse facto - engana a fêmea e esta, interpreta bem e sem contrariar o seu papel de enganada.
No ano 2143 este vídeo vai passar no canal National Geographic. Isto se em 2143 ainda houver National Geographic e se, até lá, a espécie humana evoluir alguma coisa.

Eis a questão

O que há em comum as fotos da Britney Spears sem lingerie a sair de um carro, pedidos de dadores de sangue de um tipo incomum, as fotos de raparigas nuas em poses ousadas colocadas em circuito de distribuição por ex-namorados, a oferta de Labradores, o vídeo de uma sósia da Fernanda Serrano a fazer sexo com um matulão qualquer, um comunicado da PSP a informar da existência de um bando cujo os seus elementos fingem ser surdos-mudos (do leste) e que assaltam junto das caixas de multibanco, as fotos nos bastidores do carnaval no Brasil (“Orgia no trio elétrico – parte 56”?), as últimas informações fiscais da DGCI, algumas fotos de praias paradisíacas cheias de azul e verde “photoshop”, a enésima denúncia sobre lojas e restaurantes chineses, as fotos de algumas finalistas do ISCAL sem os trajes académicos, os pedidos desesperados de localização de um(a) filho(a) desaparecido(a) por parte dos pais, a alerta para uma "droga" que se coloca nos copos nas discotecas que provoca uma submissão total da vítima (hum... álcool?), ...?

Partilham a minha caixa de entrada do E-mail. Uma verdadeira "salada russa" de emoções. Acreditar ou não acreditar, apagar ou não apagar, reenviar ou não reenviar,...

sexta-feira, março 02, 2007