quarta-feira, junho 29, 2005

Enfim virgem de novo

No nosso país não é o défice crescente que deveria ser a causa das nossas principais preocupações, nem aquelas temíveis expressões que a Manuela Moura Guedes faz ao apresentar as notícias no Jornal Nacional, mas sim, a quantidade de "virgens" e/ou de homens que colocam anúncios à procura da sua "primeira vez", da sua primeira experiência homossexual. E, o horror, parece que este fenómeno está com tendência para aumentar assustadoramente... Curioso também, o facto da maioria desses anúncios continuarem a ser colocados nos mesmos sítios e pelas mesmas pessoas ao longo de todos estes anos, desde que descobri este maravilhoso mundo da aldrabice, que é a internet...
Será que se trata de pessoas altamente selectivas ou descobriram uma solução para repor a virgindade e ninguém me avisou?

quinta-feira, junho 23, 2005

Não há belo sem senão...

As mulheres que se apaixonam, namoram, juntam e/ou casam com homens bonzões, daqueles que fazem derreter um cubo de gelo no meio da Sibéria, se não sabem, deviam saber o que o futuro lhes guarda. Certamente já ouviram falar da evolução das espécies: elas andam cada vez mais atrevidas e eles cada vez mais espertos.
Sendo assim, das duas uma, ou se escolhe um "borrachão" conscientemente de que se poderá vir a sofrer com as possíveis (e impossíveis) infidelidades futuras com muita desconfiança e instabilidade pelo o meio, ou se opta por um rapazolas pacato, sem grandes qualidades físicas aparentes e de preferência: visíveis, mas que lhes proporcionará sem dúvidas a probabilidade de encontrar a tal felicidade eterna. Não é que estes sejam mais fieis, mas as hipóteses de o não ser e do aliciamento por parte de "terceiros", cai, no mínimo, para metade.

quarta-feira, junho 22, 2005

Sexo Vegetal

Há pessoas que levam esta questão do vegetarianismo mesmo muito a sério, senão vejamos.
Um rapaz com o qual mantenho algum (cada vez menos, felizmente) contacto pelo o messenger, pseudo-hetero-maxo que tinha colocado um anuncio a procura de outros pseudo-hetero-maxos para um encontro real que não inclua sexo oral, beijos e outras "demonstrações de maior afectividade", explicou-me hoje que: "um gajo que faz broxes a outro não pode depois andar aí a comer gajas". Este mesmo rapaz já me tinha confessado, entretanto, que enquanto se masturba gosta de enfiar cenouras e pepinos pelo cu adentro.
Não acho justo. Malditos especialistas que souberam tão bem dar nome aos paneleiros que se beijam e se broxam entre eles e esqueceram-se de apelidar estes gajos que se consolam sexualmente com legumes.

Um dia nim

Quem nunca teve daqueles dias estranhos em que logo após um acontecimento muito agradável somos confrontados com um outro terrível, ou vice-versa?
Assim mesmo, momentos extremos, sem qualquer tipo de causa óbvia mas que surgem na nossa vida como uma espécie de jogo de compensações. O meu melhor yin e yang dos ultimos tempos surgiu na semana passada. Estava a gozar um belo dia de férias e mais uma vez aproveitei a boa onda de S. Pedro para ir até à praia, mas a minha felicidade foi subitamente abalada quando uma senhora brasileira (distraída) e a sua respectiva viatura vieram contra a minha. Resultado: muita chapa batida no meu carro e dois riscos no pára-choques na outra viatura, é justo!? "Prontos, já tenho o dia fodido!", pensei eu. Enfim, tratou-se das papeladas ("Senhora temos que preencher a declaração amigável?"... "Oi?... oh meu lindo, o que é que é isso?"...), trocou-se contactos e mais meia dúzia de palavras e passado meia-hora e já tinha retomado o meu caminho para a praia, pelo menos na tentativa de tentar esquecer este triste e chato acontecimento.
Estava um dia de praia 5 estrelas: céu limpo, o mar calminho (para a praia que eu costumo frequentar isto significa ondas não superiores a um metro e não desnorteadas) e poucas pessoas espalhadas pelo longo areal. Logo que cheguei ao meu poiso, tratei de me por logo de "molho", para logo depois estender-me ao sol. Estava uma ligeira brisa, o que fazia com que o sol abrasador característico das 2 da tarde destes dias de fim de primavera não se sentisse tanto e por tal, também, não terá dificultado o facto de ter adormecido logo de seguida.
Passado algum tempo acordei e julgo que o meu despertador terá sido os ruídos das gaivotas que pairavam sobre a areia junto ao mar na tentativa desesperada de capturar os peixes mortos que davam à costa, provavelmente presos por qualquer rede de um barco que terá passado por ali.
Ainda com os olhos semi-cerrados, olho para o extenso areal que me circundava e consigo destinguir com algum esforço para além da meia-duzia de banhistas que se encontravam igualmente estendidos pela a areia, alguém que corria ao longo da praia na minha direcção. Fico ali sentado na toalha a contemplar tal personagem, que à medida que as nossas distâncias encurtavam o meu interesse e curiosidade aumentavam. Passados mais alguns segundos já o conseguia visualizar nitídamente e entenderia melhor o meu interesse por tal pessoa. Tinha um porte atlético maravilhoso, um bom tronco, um belo par de pernas, usava na altura uns calções vermelhos curtos, largos e muito sexys. Quando passou por mim, abrandou a corrida e acabou mesmo por parar bem perto de mim. Continuou a olhar para mim e eu também não desviei o olhar. Parece ter sido tão intenso e eficaz ao ponto de ele ter tirado os calções e ter-se ido refrescar no mar. Deu um mergulho e passado alguns minutos ja estava junto da sua toalha que entretanto tinha deixado na areia. Usou-a para secar aquele belo "corpanzil" e continuou a olhar-me. E eu retribuía. Começou a subir pelo o areal acima, passando por mim e nunca tirando aqueles largos olhos sobre os meus. Refugiou-se na vegetação que ficava para além da estrada pedonal que dava acesso à praia. Eu, excitadíssimo, em todos os sentidos possíveis e imagináveis, vesti os meus calções e segui-o. O resto imagina-se... Saliento unicamente o aperto do primeiro abraço e os saborosos beijos que me deu. Era acima de tudo aquilo que necessitava naquele dia. Também fodemos, pois trouxe um preservativo na sua carteira. Depois trocamos nomes (Paulo), idades (38, aparentava ter menos idade), profissões (militar, explicou muita coisa), estado civis (casado, explicaria a aliança?!) e contactos ("Que rede tens?" - aparentemente parecia ter um telefone para cada rede... típico!), entre outras informações. Ele seguiu o seu caminho e eu voltei para a toalha com um enorme sorriso na minha cara. Passados 2 dias voltamo-nos a encontrar na minha casa e apesar de até o ter achado ainda mais atraente, estava bem vestido, com o cabelo cortado (à militar, pois então), sem areia e menos salgado achei este encontro... insonso, menos intenso, mais frio e foi estranhamente rápido. Não o voltei a convidar a vir a minha casa e ele também não deu mais notícias.
Entretanto continuo a aguardar pelo o contacto da companhia de seguros para marcação da peritagem a fazer ao meu carro para avaliação dos prejuízos do acidente (que não serão pagos por mim, obviamente) deste estranho dia.