quinta-feira, julho 27, 2006

Porcos vs Porcas



Toda a gente conhece o Hi5! O sucesso deste meio, que dá a conhecer alguém e os seus respectivos amigos – quem diz conhecer, também pode dizer engatar - deve-se, acima de tudo, ao facto de se poder colocar, no nosso perfil, um número de fotos (quase) sem limites, inclusivé de bom-senso. Há quem se apresente com a sua própria foto, do seu vizinho, do seu carro, do carro do vizinho, da sua praia, do seu cão, do seu pirilau, do pirilau do vizinho... enfim, há para tudo e todos os gostos. Também há quem faça do Hi5 uma espécie de catálogo erótico em início de actividade e em “homenagem” a isso, há quem se tenha lembrado de criar um blog: http://hi5porcas.blogspot.com/.

Sinceramente não sei o que é pior:
- os “porcos” armados em púdicos, que dizem coisas tão curiosas como: “elas mostram as mamas porque sabem que isso rende... e quem as for comer ja nao acha graça nenhuma porque ja viu tudo”, o que só prova que estes novos “porcos” cibernautas andam cada vez mais exigentes, pois só “comem” aquilo que não vêm, ou seja, na prática: nada! Eu se fosse “porca” ainda respondia-lhes: “Dahhhhh... e se transarmos de luz apagada?”
- ou as próprias “porcas”, que se limitam a apresentar-se publicamente pelo o seu lado mais provocante e fútil, competindo, umas com as outras, para conseguirem os perfis mais visualizados do Hi5. E basta-lhes isso para atingirem um estado de felicidade tal que me ultrapassa. Sim... porque o silicone “rende”, muito! Um cirurgião plástico que o diga.

Por onde andava mesmo a peste suína?

terça-feira, julho 25, 2006

A Maria contra-ataca


Conheço mulheres com ciúmes da empregada do café da esquina, da amiga dela (que anda no mesmo ginásio e tem os mesmos horários do seu marido... só por mera coincidência), da colega de trabalho... mas da cadela da vizinha é mesmo inédito para mim.

segunda-feira, julho 24, 2006

Papinha toda feita

“Puto até 16 anos pra kota. Manda toke ou sms pra 9 X X X X X X X X”
“Se és teen e sentes-te sozinho e carente, liga-me 9 X X X X X X X X. Sou o homem que te dará tudo o que precisas.”


Deixo aqui uma sugestão à nossa PJ. Não necessita de envolver grandes meios técnicos, financeiros e humanos. Basta, tão somente, contratarem um estagiário que tenha como única e exclusiva função, ler e anotar alguns números de telefone que vão passando pela página 603 do teletexto da SIC.

Melhor que isto: só se os pedófilos começarem a apresentar-se directamente nas nossas esquadras!

terça-feira, julho 18, 2006

Coisa feia, a inveja

Já o Presidente da "ilha das bananas pequenas" dizia: "Não há muitos Cristianos Ronaldos no Mundo!” e a Merche neste momento, melhor que ninguém, sabe disso. Bem como deve saber que há quem não a suporte por tal facto ou outro qualquer.

O Monstro


A vida é engraçada. É dura e ao mesmo tempo é estranho como as coisas podem ser tão diferentes como imaginamos.

Era apenas uma criança quando o clube 4-H montou uma linda e gigante “roda gigante” que iluminava o céu à noite. Chamavam-lhe “O Montro”.
Achei que era a coisa mais fixe que já tinha visto.
E eu estava ansiosa por andar nela. Mas quando pude fazê-lo, fiquei com tanto medo e enjoada, que me vomitei toda, antes mesmo de ter completado uma volta.

Eu amava-a.
E uma coisa que jamais alguém conseguiu perceber em mim... ou acreditar, é que eu era capaz de aprender. Eu era capaz de me treinar para qualquer coisa.
As pessoas sempre desconfiaram das prostitutas. Nunca nos deram hipóteses, acham que escolhemos o caminho mais fácil. Mas ninguém podia imaginar a força da vontade necessária para fazer o que nós fazemos. Andar pelas ruas, noite após noite... sermos agredidas e levantarmo-nos de novo. Mas eu sabia. E passou-lhes completamente ao lado.
Não faziam ideia que eu era capaz de me disciplinar quando acreditava em algo. E eu acreditava nela.

O amor conquista tudo...
Tudo tem um lado positivo...
A fé pode mover montanhas...
O amor encontra sempre um caminho...
Tudo acontece por uma razão...
Enquanto há vida, há esperança...
Têm de nos dizer qualquer coisa, não é?

Ailleen Wuornos, prostituta, interpretada brilhantemente neste filme por Cherlize Theron, foi executada em Outubro de 2002, depois de ter confessado o assassínio de seis homens, seus clientes (incluindo um polícia). Há quem a recorde por ter sido a primeira mulher serial killer na história dos E.U.A., eu prefiro recordá-la com este filme e acima de tudo com estas palavras.

sexta-feira, julho 14, 2006

Nós, os hipertensos

O pior das sensações que se pode ter é percebermos que o mundo que nos rodeia não circula ao nosso ritmo.

A hipertensão arterial não é mais que o aumento da pressão com que o sangue circula pelas artérias do corpo humano. É, por isso, mais uma doença circulatória e nem tanto, e ao contrário do que à partida se poderia julgar, uma doença “cardíaca”. Para além de que, cerca de 95% dos casos de hipertensão, não é identificada a sua causa e chamam-na, por isso, de “essencial”.
Os hipertensos são pessoas normais, só que vivem tudo com mais intensidade e, simultaneamente, precaução que as outras pessoas, digamos, mais “normais”. Eu sou hipertenso.
Não conseguimos lidar com as situações com calma ou ligeireza. Para nós tudo é mais complexo do que aquilo que aparenta e tudo tem que ser feito o mais rapidamente e o melhor possível. Os hipertensos também são perfeccionistas e digerem os erros e as falhas de uma maneira bem diferente das outras pessoas que possuem uma tensão arterial normal ou baixa. Nós fazemos uma auto-avaliação dos nossos actos e raramente essa setença nos é favorável. O stress já nem é um problema, é um modo de vida.
Uma das piores consequências da hipertensão é a ansiedade. É terrível! Um ataque cardíaco pode matar-nos de uma vez, a ansiedade mata-nos aos poucos. É muito instável a nível da sua intensidade, mas está sempre presente e só é controlável, tal como a doença que a origina, através do uso de medicação.
E ainda há quem diga que a tensão arterial alta não causa qualquer sintoma... ou que, de certa forma, não se sinta nada?
A minha hipertensão é hereditária e essencial, não está relacionada com qualquer outra doença, tenho colesterol baixo, não tenho diabetes, nem excesso de peso, não gosto de comida salgada e os meus consumos de álcool e de tabaco sou pouco relevantes. As minhas análises, que faço dois em dois anos, são um mimo. Sou um rapazinho bastante saudável, só que ao contrário de outros em que o seu pai lhes herda um duplex num condomínio de luxo no Algarve, ou um conjunto bem razoável de dívidas para pagar, o meu passou-me uma doença incurável mas, quase, perfeitamente controlável.

Às vezes quando me sinto mais exaltado e deveria procurar acalmar-me, nem penso nos riscos consequentes desse estado de euforia. Sinto o meu coração a bater, forte e depressa, e também nem penso que ele possa estar tão perto de parar de vez.

quarta-feira, julho 12, 2006

Os Keane

Os Keane lançaram há cerca de um mês atrás um disco novo. Como seria de esperar, e tal como tinha sucedido com “Hopes and Fears”, foi completamente arrasado pela crítica especializada. Houve algumas excepções como a Entertainment Weekly e a Slant Magazine, que não fazem parte do grupo de revistas mais credíveis no mercado.
“Under the Iron Sea” é um disco pop, simples, modesto e despretencioso. Aliás, tal como o seu disco anterior. Ou seja, não desilude (mas também não surpreende).
Os Keane têm tudo para ser uma boa banda a abater. A odiar, portanto. Fazem melodias que dificilmente esquecemos e as suas canções são fáceis de trautear, são um sucesso junto do grande público e isso, consequentemente ou não, assusta a crítica, mesmo aquela que acaba por passar os seus ouvidos pelos discos deste trio e afasta os ouvintes mais exigentes de música, nem que seja pelo simples facto de que os seus singles passam na RFM! No entanto, estes elitistas esquecem-se que essa mesma estação também inclui ou já incluiu nas suas playlists Pixies, Lloyd Cole e Prefab Sprout...
Ainda está para nascer alguém que me explique, sem ser por motivos preconceituosos, que não é possível gostar da pop melancólica dos Keane e simultaneamente vibrar com coisas tão díspares como o post-metal dos Isis, o art-punk dos Les Savy Fav ou indie-rock dos Tapes n’Tapes.
A penúltima faixa de “UTIS”, “Broken Toy”, com uma letra (ainda) mais deprimente e cantada por Thom Yorke seria o single alternativo do ano, mas como é cantada por um tipo que parece ter saído directamente de uma história popular da autoria de J. R. R. Tolkien, não passará, para os experts musicais, de lixo pop.
Há claras influências de U2? Sim e daí? Também me pareceu que os moços andaram a ouvir, com alguma regularidade, os discos dos anos 80 dessa banda irlandesa e não me parece que tenham tido assim uma tão má opção – no entanto, para mim, o melhor álbum dos U2 só apareceu na década seguinte e baptizaram-no de “Achtung Baby”. Continuando esta onda de comparações e por mais que custe admiti-lo, a verdade tem que ser dita: a pop dos Keane é bem mais interessante que a pop ou o rock (ou aquilo que quiserem chamar; eu tinha um nome giro, mas não se costuma inserir na classe das categorias musicais) que os U2 fazem actualmente.

segunda-feira, julho 10, 2006

Ganda Crómio

A grande máquina lucrativa de encher chouriços da TVI, que é a novela “Morangos com Açúcar”, também já é a maior "escola" de onde sai os nossos novos “cantores”. Nem o Crómio escapou!

quinta-feira, julho 06, 2006

E o prémio a-coerência-ficava-te-tão-bem 2006 vai para...



Jorge Larrionda (árbito do jogo Portugal-França)!

terça-feira, julho 04, 2006

Brenda & Billy

"Ao longo desta vida ficamos cada vez mais sozinhos e... tornamo-nos cada vez mais indisponíveis."

Six Feet Under termina já para a semana, dia 10, às 22:30 na 2:.