segunda-feira, setembro 29, 2008

sexta-feira, setembro 26, 2008

Quando os nosso medos são um entrave à felicidade dos outros

Como diz e bem um amigo meu, esta questão da adopção de crianças por casais do mesmo sexo resume-se a isto: os homens têm um medo natural de gostar de apanhar no cu e por tal nunca conseguirão ser imparciais em relação às causas gays. :D
Temos milhares de exemplos de famílias heterossexuais da treta, com abuso sexual, violentação, violação, terror psíquico, abandono, discussões diárias entre pai e mãe, o que quiserem, mas o horror(!): pôr uma criança nas mãos de um casal de tipos que gostam de saltar ao pacote um do outro é o fim da humanidade! Vão ficar todos paneleiros!
O terror que se instala nas pessoas quando se fala deste assunto chega a ser caricato - e demonstra o profundo machismo em que vivemos, entranhado até ao ridículo. Se é este o preconceito ou o medo que existe face a toda uma orientação sexual, imagine-se os receios que esta gente tem quando são confrontadas com a hipótese de alguém com essa orientação poder vir a adoptar uma criança. Seguem-se os três argumentos mais comummente utilizados. E no fim, questionemo-nos todos: o que mais interessa a uma sociedade civilizada? Que as suas crianças cresçam saudavelmente num lar onde dois seres lhes possam dar carinho e estabilidade ou dar a palavra a um preconceito ou a um medo perverso?

Os modelos, onde estão? O que é hoje em dia ser feminino ou masculino? Subir a árvores é masculino? Fazer bordados é feminino? Onde, quando, como e porquê? Masculino e feminino são modelos comportamentais estanques, que não evoluem? Uma criança precisa de amor e meia dúzia de regras (acordar, comer a horas, tomar banho, perceber que não se atira os playmobils à cabeça do gajo porreiro que lhes faz o jantar, etc). Modelos? Com certeza, de comportamento. Porque quanto ao resto os genes fazem a diferença. Um rapazola de 4 anos heterossexual é um rapazola de 4 anos heterossexual. Vai querer lutas e saltar obstáculos que são grandes demais para ele e ser fanfarrão sem limites. E os pais, sendo gays, vão contrariá-lo e po-lo nas aulas de ballet, é isso?

A sociedade não está preparada. Se isto serve de desculpa para alguma coisa, servirá igualmente para considerar que o 25 de Abril foi um enorme erro porque a população não estava preparada para ser livre. Há coisas para a qual a sociedade não se prepara antes, adapta-se depois

Na escola, os colegas, iriam discriminá-lo. Os putos gozam com os outros e fazem a vida negra uns aos outros por tudo e por nada. Por serem gordos, por usarem óculos, por terem borbulhas, por não terem roupa de marca, não gostarem das bandas de que é cool gostar ou não terem o telemóvel da moda. Melhor ou pior, todos sobrevivemos a isso. Principalmente se tivermos um bom suporte emocional. É esse também o papel da família, dar esse suporte. E isso não depende do sexo dos pais.
Ou seja: há sempre uma razão para as crianças discriminarem-se entre si, há sempre uma razão para sofrer com uma merda qualquer. E há quem se ponha a jeito e quem se defenda. Por norma, defende-se aquele a quem foi dado amor e que foi ensinado a dar a volta a essas situações. E esse tanto pode ser filho de um casal hetero ou gay.

Computer says nooooo!

Os EUA continuam a importar o melhor humor britânico e a adaptá-lo às suas realidades. Por vezes o resultado pode ser catastrófico, mas também pode ser genial. Como diria aVicky: ye, no, ye, no, ye, no, bu... Depois do The Office, é a vez de Little Britain. Algumas amostras por aqui.

terça-feira, setembro 23, 2008

Voting is power!

Com um orçamento de cerca de 2 milhões de dólares, o “documentário online” «Slacker Uprising», de Michael Moore, levou o realizador, em 2004, a percorrer 62 cidades dos estados mais incertos nas eleições norte-americanos, os chamados “swing states”, onde as previsões quase nunca acertam em quem vai ganhar, para tentar convencer os jovens que não pretendiam votar a irem às urnas.

Estreia, supostamente, hoje e o respectivo download gratuito pode ser feito aqui. Mesmo a tempo!

Voltei a acreditar no Senhor


Ne-yo é uma referência no mundo RnB. Mesmo reconhecendo a ingenuidade das suas letras, deixei-me encantar com o seu tom meloso em algumas músicas do seu primeiro disco. Quem não se lembra de So Sick ou Sexy Love? Depois de um segundo disco mais fraquito, volta a surpreender com este “The Year of Gentlement”. “Closer” não me entusiasma por aí além mas depois de ouvir, entre outros temas, “Miss Independent”* recuperei a minha fé. Este pode mesmo ser o ano do senhor. Deste senhor. O Timberlake que se cuide, portanto.


*(…) Ooh there's something about kinda woman that can do it for herself
I look at her and it makes me proud, there's something about her
there something ooh so sexy about the kinda woman that dont even need my help
She says she got it, she got it, no doubt, there's something about her (…)

segunda-feira, setembro 22, 2008

instante II

- Eu teria aceitado, sabes? Se quisesses que eu o fizesse, tê-lo-ia feito. Tu querias?
Rui percebeu nessa altura porque resistira à tentação: não por amor, mas por estar a ser testado, por estar a passar por um teste que não poderia ter dignificado com uma resposta.
- Feito o quê? – perguntou, fingindo alguma inocência.
- Aquela mulher... Queria ir para a cama connosco. Deves ter percebido. Eu, pessoalmente, não queria, mas estava disposta a fazê-lo por ti.
- Porquê?
- Acho que não te conheço suficientemente bem. Não sei se não será o género de coisas que gostas de fazer. Se é, estou disposta a tentar.
Embora nesse preciso momento acreditasse que Helena estava a dizer, Rui reconheceu o perigo de ser honesto com ela e, por amor, mentiu e disse:
- Sabes bem que só te quero a ti.
Mal acabou de falar, apercebeu nela um férmito causado pelo prazer e pelo alívio que tais palavras lhe proporcionaram.
Aprendeu com Helena que, por muito que se consiga sendo honesto, consegue-se o dobro sendo ambíguo. Aprendeu que o amor dela assentava numa falsa interpretação do seu carácter e que, se quisesse mantê-lo, teria de manter o seu carácter indecifrável. Talvez não fosse uma solução para uma relação que duraria mais de vinte anos, mas na altura não estava a pensar em termos de futuro. Estava a pensar apenas no presente, no qual a sua necessidade mais premente era estar constantemente na companhia dela e em que teria sido capaz de assumir qualquer compromisso para atingir esse objectivo.

quinta-feira, setembro 18, 2008

O processo de recrutamento mais rápido de sempre?

A Autoridade da Concorrência tomou hoje de assalto a secção de anúncios do site do Expresso. Logo de manhã estavam por lá, pelo menos, três (com data de hoje) a pedir Economistas com média superior a 14 valores - alguém que me convença de que este pode ser o melhor indicador para ter algumas esperanças que os que aí vêm possam fazer um trabalhinho mais convincente que os que já lá estão, por favor. Entretanto os anúncios, subitamente, "desapareceram". Com esta rapidez a recrutar pessoal alguém ainda se admira quando apresentam conclusões "inconclusivas"?

quarta-feira, setembro 17, 2008

Problemas

Hoje vi novamente o "Fui infiel, dou porrada na minha mulher, gosto tanto dos meus filhos como o Cláudio Ramos gosta de patarecas e os meus princípios fazem corar o Paulo Portas", da SIC, só para não ser apanhado desprevenido amanhã no escritório. Pois aposto que, de todas as confissões do merceeiro de Gondomar, aquela que vai ser tema de conversa do pequeno-almoço, será a que ele aceitaria manter relações homossexuais por 250.000 euros. Sim, porque a questão da pluralidade sexual é um "problema" bem mais pertinente que o da violência doméstica, por exemplo, e urge ser debatido entre uma meia de leite e um croissant misto.

segunda-feira, setembro 15, 2008

“Para que preciso de um homem?”

Se precisas de um homem para foder, só necessitarás que ele te saiba foder ou, vá lá, dê prazer. Sobretudo isso. Para tudo o resto, necessitarás de respeito. Não sendo isto sinónimo de permanente desconfiança, levado ao extremo da obsessão pela fatídica busca de uma prova de infidelidade. Isso é muito deprimente e estupidificante. E, já agora, para quê tanto trabalho quando os sinais desse respeito (ou falta dele) obtêm-se nas mais básicas acções do dia-a-dia (ou na ausência delas).
Uma mulher precisou de vir a um programa de televisão para confirmar que o seu legítimo esposo não a respeitava. Para que lhe serviu toda essa humilhação pública quando ele já tinha anteriormente dado provas suficientes de uma certa insegurança?
“Um homem daqueles? Inseguro?” Poucas pessoas estarão dispostas a admitir que é apenas através de desgostos que infligem aos outros que sabem que são amados.
“Ah, um homem para se sentir seguro precisa de se sentir amado!”.

Mau gosto



Aquelas sandálias...

sexta-feira, setembro 12, 2008

A alguém muito especial dedico-lhe:

isto*.
(Mesmo que uma música new age substitua os "diálogos", a química está lá. Todinha.)

quinta-feira, setembro 11, 2008

quarta-feira, setembro 10, 2008

O momendo da aldrabice

Quero acreditar que uma jovem rapariga, num novo concurso da SIC apresentado por Teresa Guilherme, depois de ouvir da boca do marido a confissão de que a acha aborrecida e que aquele manteve relações sexuais sem preservativo com n raparigas desde que casou, diga que ainda acredita convictamente no seu casamento, não passe de uma actriz. Quero acreditar.

terça-feira, setembro 09, 2008

instante

Numa noite destas Rui e André abordaram duas raparigas de Lisboa de rostos semelhantes que, procurando livrar-se de uma multidão de bêbados, iam a sair de um bar. Tratava-se de Helena e da sua irmã. Saltando de assunto em assunto, mas com todos eles a irem dar ao mesmo, acabaram os quatro no quarto de pensão das raparigas, com André a copular com Helena numa das camas e Rui a fornicar com a irmã dela na outra, a menos de um metro de distância. Já nesse momento Helena o amava e talvez por isso tenha escolhido André. Temia a força com que Rui a atraía e o seu instinto dizia-lhe que, logo que se deixasse engolir por esse desejo, jamais conseguiria fugir-lhe, o que acabou por ser verdade. E, embora nunca mais tivessem falado disso, a primeira lembrança que Helena guardava de Rui era a imagem, os sons e cheiro dele enquanto dava prazer à irmã, ao mesmo tempo que ela aturava as tentativas desastradas e os gemidos de André. Este espetáculo viria a persegui-la para sempre.
Na manhã seguinte Rui já não sabia ao certo com qual das raparigas tinha dormido, mas a irmã de Helena estava no duche e André fora à rua comprar qualquer coisa para curar a ressaca, deixando-o sozinho com Helena. Nesse momento ela olhou para ele de uma certa maneira, ele correspondeu-lhe e, passado uns meses, casaram-se. É evidente que houve muitas conversas, muito sexo e muitos passeios sentimentais entre o Porto e Lisboa nesse pequeno intervalo, mas as raízes residiram naquela troca de olhares naquele quarto rasca de uma pensão. A verdade é que, quer se dê por isso, quer não, reconhecemos os nossos parceiros no momento em que nos aparecem à frente e, depois, submetemo-nos quase sempre a tudo o que de inevitável se segue e chamamo-lhes amor.

Ainda faz sentido odiar Oasis em 2008?

Parece que sim.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Mega-post

O jornalismo do espectáculo, que acompanha o ritmo da televisão e tende a ser obsessivo, que não tem autonomia e que está vulnerável a todo o tipo de manipulações, é um dos fenómenos mais perigosos das democracias modernas. As nossas sociedades estão dependentes de jornalistas frágeis perante as fontes e perante a construção de discursos hegemónicos, sem capacidade de investigar e presos à lógica do entretenimento. Tendo um poder imenso, os jornalistas não têm, na realidade, poder nenhum. Manipulam consciências, sem terem poder sobre a agenda que impõem. São, por isso mesmo, manipuladores manipulados.
Ler o resto aqui.

terça-feira, setembro 02, 2008

E por falar em músicas de verão...

Os AC/DC regressam este mês com uma malha, basicamente, igualzinha a todas as outras que já fizeram até à data. No entanto estava aqui a ouvir este "rock n'roll train" e já me estava a imaginar a caminho da costa alentejana, com esta música no ar e encantado por ir desfrutar umas mini-mais-que-merecidas-férias. Posso até estar já a sonhar acordado mas que isto vai acontecer daqui a umas horas, lá isso vai.
Assim que houver condições e tempo (claro), darei notícias lá de baixo. Nem que seja para dizer que a costa vicentina tem as praias mais bonitas deste país.

segunda-feira, setembro 01, 2008

If is "just human nature" why u are so confused?

This was never the way I planned
Not my intention
I got so brave, drink in hand
Lost my discretion
It's not what, I'm used to
Just wanna try you on
I'm curious for you
Caught my attention

I kissed a girl and I liked it
The taste of her cherry chapstick
I kissed a girl just to try it
I hope my boyfriend don't mind it
It felt so wrong
It felt so right
Don't mean I'm in love tonight
I kissed a girl and I liked it
I liked it

No, I don't even know your name
It doesn't matter
Your my experimental game
Just human nature
It's not what good girls do
Not how they should behave
My head gets so confused
Hard to obey

I kissed a girl and I liked it
The taste of her cherry chapstick
I kissed a girl just to try it
I hope my boyfriend don't mind it
It felt so wrong
It felt so right
Don't mean I'm in love tonight
I kissed a girl and I liked it
I liked it

Us girls we are so magical
Soft skin, red lips, so kissable
Hard to resist so touchable
Too good to deny it
Ain't no big deal, it's innocent

I kissed a girl and I liked it
The taste of her cherry chapstick
I kissed a girl just to try it
I hope my boyfriend don't mind it
It felt so wrong
It felt so right
Don't mean I'm in love tonight
I kissed a girl and I liked it
I liked it

I kissed a girl, Kate Perry