Como diz e bem um amigo meu, esta questão da adopção de crianças por casais do mesmo sexo resume-se a isto: os homens têm um medo natural de gostar de apanhar no cu e por tal nunca conseguirão ser imparciais em relação às causas gays. :D
Temos milhares de exemplos de famílias heterossexuais da treta, com abuso sexual, violentação, violação, terror psíquico, abandono, discussões diárias entre pai e mãe, o que quiserem, mas o horror(!): pôr uma criança nas mãos de um casal de tipos que gostam de saltar ao pacote um do outro é o fim da humanidade! Vão ficar todos paneleiros!
O terror que se instala nas pessoas quando se fala deste assunto chega a ser caricato - e demonstra o profundo machismo em que vivemos, entranhado até ao ridículo. Se é este o preconceito ou o medo que existe face a toda uma orientação sexual, imagine-se os receios que esta gente tem quando são confrontadas com a hipótese de alguém com essa orientação poder vir a adoptar uma criança. Seguem-se os três argumentos mais comummente utilizados. E no fim, questionemo-nos todos: o que mais interessa a uma sociedade civilizada? Que as suas crianças cresçam saudavelmente num lar onde dois seres lhes possam dar carinho e estabilidade ou dar a palavra a um preconceito ou a um medo perverso?
Os modelos, onde estão? O que é hoje em dia ser feminino ou masculino? Subir a árvores é masculino? Fazer bordados é feminino? Onde, quando, como e porquê? Masculino e feminino são modelos comportamentais estanques, que não evoluem? Uma criança precisa de amor e meia dúzia de regras (acordar, comer a horas, tomar banho, perceber que não se atira os playmobils à cabeça do gajo porreiro que lhes faz o jantar, etc). Modelos? Com certeza, de comportamento. Porque quanto ao resto os genes fazem a diferença. Um rapazola de 4 anos heterossexual é um rapazola de 4 anos heterossexual. Vai querer lutas e saltar obstáculos que são grandes demais para ele e ser fanfarrão sem limites. E os pais, sendo gays, vão contrariá-lo e po-lo nas aulas de ballet, é isso?
A sociedade não está preparada. Se isto serve de desculpa para alguma coisa, servirá igualmente para considerar que o 25 de Abril foi um enorme erro porque a população não estava preparada para ser livre. Há coisas para a qual a sociedade não se prepara antes, adapta-se depois
Na escola, os colegas, iriam discriminá-lo. Os putos gozam com os outros e fazem a vida negra uns aos outros por tudo e por nada. Por serem gordos, por usarem óculos, por terem borbulhas, por não terem roupa de marca, não gostarem das bandas de que é cool gostar ou não terem o telemóvel da moda. Melhor ou pior, todos sobrevivemos a isso. Principalmente se tivermos um bom suporte emocional. É esse também o papel da família, dar esse suporte. E isso não depende do sexo dos pais.
Ou seja: há sempre uma razão para as crianças discriminarem-se entre si, há sempre uma razão para sofrer com uma merda qualquer. E há quem se ponha a jeito e quem se defenda. Por norma, defende-se aquele a quem foi dado amor e que foi ensinado a dar a volta a essas situações. E esse tanto pode ser filho de um casal hetero ou gay.
Temos milhares de exemplos de famílias heterossexuais da treta, com abuso sexual, violentação, violação, terror psíquico, abandono, discussões diárias entre pai e mãe, o que quiserem, mas o horror(!): pôr uma criança nas mãos de um casal de tipos que gostam de saltar ao pacote um do outro é o fim da humanidade! Vão ficar todos paneleiros!
O terror que se instala nas pessoas quando se fala deste assunto chega a ser caricato - e demonstra o profundo machismo em que vivemos, entranhado até ao ridículo. Se é este o preconceito ou o medo que existe face a toda uma orientação sexual, imagine-se os receios que esta gente tem quando são confrontadas com a hipótese de alguém com essa orientação poder vir a adoptar uma criança. Seguem-se os três argumentos mais comummente utilizados. E no fim, questionemo-nos todos: o que mais interessa a uma sociedade civilizada? Que as suas crianças cresçam saudavelmente num lar onde dois seres lhes possam dar carinho e estabilidade ou dar a palavra a um preconceito ou a um medo perverso?
Os modelos, onde estão? O que é hoje em dia ser feminino ou masculino? Subir a árvores é masculino? Fazer bordados é feminino? Onde, quando, como e porquê? Masculino e feminino são modelos comportamentais estanques, que não evoluem? Uma criança precisa de amor e meia dúzia de regras (acordar, comer a horas, tomar banho, perceber que não se atira os playmobils à cabeça do gajo porreiro que lhes faz o jantar, etc). Modelos? Com certeza, de comportamento. Porque quanto ao resto os genes fazem a diferença. Um rapazola de 4 anos heterossexual é um rapazola de 4 anos heterossexual. Vai querer lutas e saltar obstáculos que são grandes demais para ele e ser fanfarrão sem limites. E os pais, sendo gays, vão contrariá-lo e po-lo nas aulas de ballet, é isso?
A sociedade não está preparada. Se isto serve de desculpa para alguma coisa, servirá igualmente para considerar que o 25 de Abril foi um enorme erro porque a população não estava preparada para ser livre. Há coisas para a qual a sociedade não se prepara antes, adapta-se depois
Na escola, os colegas, iriam discriminá-lo. Os putos gozam com os outros e fazem a vida negra uns aos outros por tudo e por nada. Por serem gordos, por usarem óculos, por terem borbulhas, por não terem roupa de marca, não gostarem das bandas de que é cool gostar ou não terem o telemóvel da moda. Melhor ou pior, todos sobrevivemos a isso. Principalmente se tivermos um bom suporte emocional. É esse também o papel da família, dar esse suporte. E isso não depende do sexo dos pais.
Ou seja: há sempre uma razão para as crianças discriminarem-se entre si, há sempre uma razão para sofrer com uma merda qualquer. E há quem se ponha a jeito e quem se defenda. Por norma, defende-se aquele a quem foi dado amor e que foi ensinado a dar a volta a essas situações. E esse tanto pode ser filho de um casal hetero ou gay.
1 comentário:
Tá tudo dito!
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