segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Humanização

Relativo ao filme Transamérica que estreou a semana passada por cá, o “crítico” de cinema João Tomé do "jornal" Destak (o "jornal" com mais tiragem em Portugal e que faz concorrência directa com o Metro... em todos os caixotes do lixo do país) escreveu, numa das edições da semana passada: "...Existem, assim, semelhanças com o filme Brokeback Mountain, na tentativa de humanizar, agora, a transexualidade. Bree é uma mulher transexual..."

Eu, por outro lado, já tenho algumas dúvidas de que o senhor João Tomé seja "humanizável".

Vícios

Em resposta ao desafiado lançado pela I., aqui ficam os meus cinco principais vícios diários.

.Ginásio
Deve ser o meu único vício, realmente, saudável. Mais que qualquer outra vantagem, nada se compara à boa disposição com que fico depois de uns bons 50 minutos de treino... talvez nem o sexo! Eu disse “talvez”.

.Internet
Há quem chegue ao trabalho e comece logo a discutir se o Vitor Baía já devia estar na reforma, ou se uma das colegas dos Recursos Humanos está grávida ou comeu mais que o normal no fim-de-semana ou qualquer outra razão que possa explicar aquele “inchaço” súbito... eu abstraio-me disto e ligo-me à internet! Blogues, fóruns de música, site de classificados (não... não é a secção “pessoal”, neste momento é mesmo a secção imobiliária – quero vender e comprar casa), notícias... são um dos meus maiores vícios matinais.

.Cigarros
Não sou viciado em tabaco. Desde que comecei a fumar, há 6 anos atrás, que tenho mantido a média de 2/3 cigarros diários e não faço intenções, para já, de parar. Fumo por prazer e isso só acontece, geralmente, após as refeições. Sendo assim aqueles cigarrinhos que fumo após o almoço e o jantar, valem por todos os outros que podia, eventualmente, fumar ao longo do resto do dia.

.Messenger
Os meus amigos não são um vício mas as nossas conversão são. Cada vez há menos tempo para combinar “cafés”, as sms’s e os telefonemas também nos “custam um certo tempo”, por tal recorre-se à maior invenção dos últimos tempos logo a seguir aos silicone: o messenger. Conversa-se sobre tudo e sobre nada, troca-se juras de amor e insultos, beijos e porrada, fotos do gatinho e da ratinha. Ou seja faz/diz-se tudo, ou quase tudo, que não se conseguiria fazer/dizer cara-a-cara. Hipocrisias à parte e este convívio virtual acaba até por ter o seu lado positivo...

.Seinfeld
Haveria melhor forma de acabar um dia sem ser a rir com as peripécias dos quatro malucos que compôem o elenco da melhor série cómica de sempre? A TVI passou-a há uns anos e a SIC Comédia já está a passar pela 2ª vez consecutiva, ou seja, já vi cada episódio desta série três vezes (sem contar com as repetições dos episódios, aos sábados de manhã...) e não me consigo saturar. Isto não é um vício, confesso, é uma obsessão.

Alguém que faça o obséquio de continuar... cinco boguistas, por favor. Obrigado.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

O bom senso segue dentro de momentos...


Em resposta a este artigo de uma revista d’O Independente, recebi este e-mail:

"Minha Cara,
Tenho, sinceramente, muita pena de si...Em primeiro lugar, tive a pena de constatar que só se sentiu realizada, ou minimamente realizada, em 20% dos minetes que lhe fizeram. Concordo consigo quando diz que os homens devem perguntar às respectivas se estão contentes com o seu desempenho. Nesse caso, porque é que assume claramente que finge os seus orgasmos?
Das duas uma, ou a menina nunca foi "comida" como devia, ou então, coitadinha, não tem mesmo jeitinho nenhum para o sexo. Nós, homens, também lhe podemos fazer, por exemplo uma estatística de quantas mulheres são ou não boas na cama. Ou quantas fazem ou não, bons broches.
O que nunca lhe vamos poder fazer é fingir um orgasmo. Isto, claro, se conseguir que atinjamos um. Acredite que há muitos homens que perguntam as parceiras se estão contentes com o seu desempenho. E acredite também que a maior parte dos homens não teve que ler um manual para fazer bons minetes. Apenas teve que os fazer, uma e outra e outra vez. Só com treino se consegue melhorar a performance minha cara. Em segundo lugar, informo-a que, caso ainda não tenha percebido, o que você está a fazer é, muito simplesmente, a aumentar o número de homens que pratica mau sexo. Você e as mulheres como você.
Ora repare: se você finge um orgasmo de cada vez que está com um homem, em primeiro lugar, está a fazer com que o homem acredite que realmente percebe do assunto (Sim, há homens que não percebem). Em segundo lugar, está a fazer com que este mesmo homem, não se esforce o suficiente para agradar a parceira na relação seguinte.Penso que estamos ambos de acordo, quando digo que uma situação destas não é agradável, nem tão pouco desejável,certo?O meu conselho, se o quiser aceitar, é: Faça mais sexo!!! A sério, penso que você precisa. Mas faça mais sexo sem fingir orgasmos. Vai ver que a sua vida sexual vai melhorar exponencialmente, e escusa de se vir queixar para as revistas. É obvio que nem todos os homens lhe vão dar um orgasmo, ambos sabemos isso. Mas vão tentar, isso,eu garanto... E já agora. Informo-a também que não é assim tão raro uma mulher pedir ao"querido" para fazer assim ou assado. Não julgue todas as mulheres por si,"Dra.Ruth".
Um Cordial abraço,
Miguel Sousa Tavares"

Depois de ler coisas como: sou heterossexual «full time»; fumo, incluindo charutos; bebo; como coisas como pezinhos de coentrada, joaquinzinhos fritos e tordos em vinha d'alhos; vibro com o futebol; jogo cartas, quando arranjo três parceiros para o «bridge» ou quando, de dois em dois anos, passo à porta de um casino e me apetece jogar «black-jack»; não troco por quase nada uma caçada às perdizes entre amigos; acho a tourada um espectáculo deslumbrante, embora não perceba nada do assunto... até nem deveria achar assim tão estranho que tal texto pudesse vir do MST, mas mesmo assim tenho dúvidas de que estas linhas sejam de sua autoria.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

3 Perguntas

(...)
Em relação a isto, ainda fico com algumas dúvidas e questiono:
1) O caso "Catherine Deneuve" foi, definitivamente, esquecido... perdão, arquivado?
2) O ex-ministro retirou a peruca do seu Jaguar e os senhores inspectores ficaram convencidos?
3) Agora os miúdos do Parque vão-se rir com o quê?

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Ficção estereotipada

Vi recentemente um episódio da série “Sexo na Cidade”, que se chamava “Boy, Girl, Boy, Girl...”, em que a principal protagonista da série, a Carrie, andava a curtir com um rapazinho bem mais novo do que ela. Tal não a incomodava, nem às suas três amigas mais chegadas e sempre presentes na série. No entanto, o moço, mais tarde, conta-lhe que antes de ela, houve um ele e aí foi quase o fim do mundo... Era bissexual, portanto. E isso já fazia toda a diferença, mais uma vez: tanto para ela, como para as amigas, excepto para a Sam, claro, a personagem mais liberal da série. Depois de ouvir alguns conselhos das amigas, a cabeça de Carrie ficou ainda mais baralhada e nem mesmo depois de o seu recente boyfriend ter-lhe explicado que não se sentia atraído por sexos, mas sim por pessoas e que naquele momento só tinha olhinhos para ela, a loirinha ficou convencida.
Ambos vão a uma festa de aniversário de um amigo do rapaz e aonde ela acaba por conhecer o ex-namorado dele e mais uma série de amigos deles, tudo bissexual (diz que é uma coisa que se pega!). Um desses amigos é, imagine-se, a Alanis Morissette (já a vi fazer de Deus, agora interpreta uma amiga freak – estava ainda no seu período de cabelo extra-longo e de regresso da sua viagem espiritual à India - bissexual, next?)! No final do episódio, Carrie, o namorado e os seus "novos amigos", terminam todos sentados no chão, entretidos com o “jogo da garrafa”. E no que consiste este jogo? É simples: alguém roda uma garrafa no chão e esta ao parar, indicará quem a rodou irá beijar (rimou... mas foi sem intenção). Chega a vez da nossa "Alanis" e quem lhe calha? A nossa Carrie, óbvio. E ela aceita? Pois claro que não, mas a “cantora” avança e dá-lhe uma grande beijoca... a actriz principal nem mexe os lábios. Sente-se incomodada, envergonhada e desiste do jogo, dizendo que vai sair para comprar tabaco (típico!). The end.

Um episódio que começou com uma interessante alusão à confusão dos géneros e à nossa predisposição para a dualidade masculina/feminina, ao ponto de Carrie perguntar: “se podermos aproveitar o melhor do outro sexo, tornando-o nosso, o sexo oposto torna-se obsoleto?”, mas que depois acaba só por propagandear uma mensagem assustadora desta nova geração (representada pelo o novo namorado) que aí vem, a que ela denominou: “geração bi”.
É triste que tenham transformado a Carrie em tão preconceituosazita personagem. Uma suposta nova-iorquina toda modernaça em que os únicos desvios à sexualidade normalizada com que (con)vive, limita-se a um simpático amigo homossexual, carequinha, rechonchudinho e cheio de tiques... parece-me pouco.
Mas o que mais me traumatizou foi aquele beijo. Foda-se! Quem é que recusa um beijo da Morissette?! Nem que seja, e em última instância, uma boa razão para que ela feche a boca e pare de cantar.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Desabafo de segunda-feira


Fuck me? Fuck you! Fuck you and this whole city and everyone in it. Fuck the panhandlers, grubbing for money, and smiling at me behind my back. Fuck squeegee men dirtying up the clean windshield of my car. Get a fucking job! Fuck the Sikhs and the Pakistanis bombing down the avenues in decrepit cabs, curry steaming out their pores and stinking up my day. Terrorists in fucking training. Slow the fuck down! Fuck the Chelsea boys with their waxed chests and pumped up biceps. Going down on each other in my parks and on my piers, jingling their dicks on my Channel 35. Fuck the Korean grocers with their pyramids of overpriced fruit and their tulips and roses wrapped in plastic. Ten years in the country, still no speaky English? Fuck the Russians in Brighton Beach. Mobster thugs sitting in cafes, sipping tea in little glasses, sugar cubes between their teeth. Wheelin' and dealin' and schemin'. Go back where you fucking came from! Fuck the black-hatted Chassidim, strolling up and down 47th street in their dirty gabardine with their dandruff. Selling South African apartheid diamonds! Fuck the Wall Street brokers. Self-styled masters of the universe. Michael Douglas, Gordon Gecko wannabe motherfuckers, figuring out new ways to rob hard working people blind. Send those Enron assholes to jail for fucking life! You think Bush and Cheney didn't know about that shit? Give me a fucking break! Tyco! Inclone! Adelphia! WorldCom! Fuck the Puerto Ricans. 20 to a car, swelling up the welfare rolls, worst fuckin' parade in the city. And don't even get me started on the Dom-in-i-cans, because they make the Puerto Ricans look good. Fuck the Benson Hurst Italians with their palmaded hair, their nylon warm-up suits, and their St. Anthony medallions. Swinging their, Jason Giambi, Louisville slugger, baseball bats, trying to audition for the Sopranos. Fuck the Upper East Side wives with their Armani scarves and their fifty-dollar Balducci artichokes. Overfed faces getting pulled and lifted and stretched, all taut and shiny. You're not fooling anybody, sweetheart! Fuck the uptown brothers. They never pass the ball, they don't want to play defence, they take fives steps on every lay-up to the hoop. And then they want to turn around and blame everything on the white man. Slavery ended one hundred and thirty seven years ago. Move the fuck on! Fuck the corrupt cops with their anus violating plungers and their 41 shots, standing behind a blue wall of silence. You betray our trust! Fuck the priests who put their hands down some innocent child's pants. Fuck the church that protects them, delivering us into evil. And while you're at it, fuck JC! He got off easy! A day on the cross, a weekend in hell, and all the hallelujahs of the legioned angels for eternity! Try seven years in fuckin' Otisville, Jay! Fuck Osama Bin Laden, Alqueda, and backward-ass, cave-dwelling, fundamentalist assholes everywhere. On the names of innocent thousands murdered, I pray you spend the rest of eternity with your seventy-two whores roasting in a jet-fuelled fire in hell. You towel headed camel jockeys can kiss my royal, Irish ass! (Edward Norton, 25th Hour)

Segunda-feira é o melhor dia da semana para um bom desabafo. Agora dei a vez ao Eduardito, que o fez em frente a um espelho no filme do Spike Lee. Para a próxima serei eu, em frente a um monitor. Vai ser só descomprimir...

sábado, fevereiro 18, 2006

Os otários do costume

“Os Pedreiros do Costume” (Sic Radical, seg, ter, qua e sex às 01.30, sáb às 04.30 e dom às 03.30) assume-se como um “jogo interactivo cuja participação por telefone dos telespectadores é incentivada e onde há raparigas pouco vestidas que vão se insinuando atrás de tijolos digitais estrategicamente colocados no ecrã que impedem uma visão perfeita de todo o terreno de jogo... Quanto mais vezes ligarem, menos capacidade de resistência terão os tijolos que lá vão deixando umas brechas marotas”.

O que eles chamam um jogo interactivo, eu chamo-lhe uma chulice, o que eles chamam telespectadores eu chamo-lhes otários e as “raparigas pouco vestidas que vão se insinuando” chamam-se, na minha terra e não só, simplesmente: strippers.
Pensando bem, esqueçam a parte dos “otários”. O preço da imbecilidade parece-me justo e não vou ser eu a explicar-lhes que sai mais caro passar os serões a fazer chamadas de valor acrescentado, enquanto se tenta ver uma ucraniana semi-despida num écran de TV, do que uma entrada directa no Passerelle e aonde sempre se pode ver o que de facto querem ver, ao vivo e a cores, e sem “tijolos digitais” pelo o meio.

Family Guy

A Sic Radical é de extremos. Continua a apostar na infantilidade e o nonsense do "Curto Circuito" (de onde veio aquele - imberbe - novo apresentador e para aonde foram o Diogo Beja e o Markl?), o inenarrável Wrestling americano e a chulice d' "Os Pedreiros do Costume" (ver o meu próximo post). Mas por outro lado, continua, e bem, com o "Gato Fedorento", o "Ali G", o "South Park", "Médicos e Estagiários" e as novas apostas: "Shameless" e o grande "Family Guy". Fico-me por esta última, na minha modesta opinião, uma das melhores séries cómicas de animação dos tempos mais recentes. Relata as peripécias da família Griffin, nomeadamente do seu chefe de família: Peter, o family guy em pessoa, uma espécie de Homer Simpson ainda mais carismático e barrigudo. Passa às sextas, às 20:30 e repete, pelo menos, aos sábados, às 11:30.


Peter: Oh my god!!! Brian, there's a message in my cornflakes. It says, 'Oooooo.'
Brian: Peter, those are Cheerios.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

MEC e o seu "Elogio ao Amor"

"Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito.
Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas, da lavandaria.
...
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo, de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
...
Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
...
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Amém!

A programação da nossa estação pública, pertencente ao nosso (suposto) Estado laico, para o próximo Domingo, dia 19, é a seguinte:

06:55 BOLETIM DAS PESCAS
07:00 OS MISTÉRIOS DE FÁTIMA
08:30 OS TRÊS PASTORINHOS: IRMÃ LÚCIA
09:00 TRANSLADAÇÃO DO CORPO DA IRMÃ LÚCIA
13:00 JORNAL DA TARDE
inclui: O TEMPO
14:10 TRANSLADAÇÃO DO CORPO DA IRMÃ LÚCIA
18:00 DANÇA COMIGO
20:00 TELEJORNAL
21:15 AS ESCOLHAS DE MARCELO REBELO DE SOUSA
21:45 CONTRA-INFORMAÇÃO FIM-DE-SEMANA
22:15 LOTAÇÃO ESGOTADA
DOCE NOVEMBRO
00:15 CASOS ARQUIVADOS
01:15 PERDIDOS
02:00 ÚLTIMA SESSÃO
TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA
04:00 TELEVENDAS

Nem quero imaginar, como seria esta mesma programação, se não o fosse (laico)...
Mas, por outro lado, estou a imaginar a cobertura, mais que completa, dada ao evento pelos noticiários, o Marcelo a rezar o terço, em directo, com a Ana Sousa Dias, os bonecos do Contra só com piadas sobre o Maomé e, no final de emissão, um Televendas especial Fátima, aonde podemos comprar velinhas e santinhos em saldos. "Perdidos", podia bem ser uma série sobre a história de uns investigadores que tinham como missão ir ao Vaticano averiguar o destino de grande parte das contribuições dos seus fiéis, mas não é.
E aquela última sessão também cai ali que nem ginjas!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

O cúmulo da incompetência

(clicar sobre a imagem para ampliar, s.f.f.)

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Os cowboys também choram


Mudem os nomes ou os géneros das personagens se quiserem. Este é um tipo de filme que toda a gente se pode relacionar, mais ainda, se tiverem passado por alguma situação em que deviam ter dito/feito algo a alguém e que só muito tempo mais tarde percebem da importância dessa acção/palavras na vida da outra pessoa e nas vossas próprias vidas.
“O Segredo de Brokeback Mountain” para além de ser uma arrebatadora história de amor, também nos dá uma grande lição sobre sentimentos contidos (e o respectivo arrependimento).
Estreou, finalmente, ontem.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Comunicar

Nós, portugueses, para comunicarmos indirectamente uns com os outros, sabemos usar um telefone, o correio, normal e electrónico, colocamos um anúncio no jornal, ou mandamos o recado por alguém, por exemplo. Há dias que não estamos muito bem para aí virados e somos mais originais.


quarta-feira, fevereiro 08, 2006

That's somebody else's daughter!


O programa do Dr. Phill já chegou ao nosso país. Assim sendo, não posso deixar de agradecer ao canal Sic Mulher por mais um grande momento de televisão.

Durante um zapping, paro no dito canal e encontro o Sô Dôtor a conversar com um homem (aparentemente) normal:
...
Dr. Phil : Você sabe que isto da pornografia é um problema. Você tem de lutar contra ele!
Homem (aparentemente) normal: Sim, eu sei... mas é difícil.
Dr. Phil : Tenho uma fórmula simples e eficaz para você nunca mais abusar de pornografia... pense que aquelas raparigas que vê nos filmes são filhas de alguém...!!!
Público: OOOOOOOOOhh!!!
*Palmas*

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

O Exorcista (versão reduzida)

Para quem, como eu, não teve paciência para ver o original, aqui fica uma versão de 30 segundos do filme O Exorcista, animada e reinterpretada por uns coelhinhos com muito mais piada. Deliciem-se:

http://www.angryalien.com/0204/exorcistbunnies.html

-is there someone inside you!?
-sometiiimes...

As piores capas de sempre III

And the oscar goes to...

1.
Literalmente e não só, estamos mesmo perante uma obra de merda. Refiro-me só à capa, obviamente... e quem olha para isto fica com alguma vontade de ouvir o que a Millie tem para nos cantar?

sábado, fevereiro 04, 2006

As piores capas de sempre II

5.
4.
3.

2.

Decidi não colocar, para já, o primeiro lugar. Só para criar mais algum suspense...

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

As piores capas de sempre

Sempre tive um grande fascínio por capas de discos/cd's ao ponto de chegar, algumas vezes, a comprar albuns sem saber minimamente do que era composto o seu conteúdo. Já tive algumas boas supresas mas outras bem desagradáveis.
Por outro lado, há capas, que por sua vez, cumprem logo muito bem o seu papel dissuasor. Juntei umas quantas e fiz um top. \o/



10.
9.
8.
7.

6.

Os restantes cinco discos ficarão para um próximo post. Era muita emoção (e beleza) junta.

Queres procriar comigo?

... a noção constitucional de casamento (art. 36º da CRP) pressupõe claramente uma união conjugal e a possibilidade de filhos comuns, o que não dá cobertura ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. (Vital Moreira)


Jorge Miranda limita-se a confrontar esse artigo 13.º com os artigos 36.º e 67.º da mesma Constituição, que relacionam casamento e filhos, os quais só serão possíveis num casamento heterossexual, ou seja, entre um homem e uma mulher.


Com esta “trapalhada” toda, pelo menos, fiquei a perceber que todos os casamentos heterossexuais já celebrados em Portugal em que, por qualquer razão, o casal não possa ter filhos, são inconstitucionais.
Cá está e mais uma vez a teoria das prioridades a funcionar. Típico. Na ausência de outro tipo de argumentação e sempre que alguém avança com uma proposta inovadora neste país, pergunta-se: e que tal antes de pensar-se em casar os paneleiros e as fufas resolverem o problema das listas de espera nos hospitais? Ou a sinistralidade rodoviária nas nossas estradas?... até acabarem com aquilo que verdadeiramente lhes interessa: que desculpa vou arranjar lá na bancada para explicar as férias da próxima semana no Brasil?
Também é esta a teoria que se pode aplicar à interpretação dada ao Casamento, na nossa Constituição, por alguns Exmos. Srs. Drs. Constitucionalistas do nosso país: primeiro é preciso saber se o pessoal está apto para procriar... o resto logo se vê. Eu, depois do que li e ouvi nos ultimos dias, humildamente, ainda questiono: afinal de contas, há alguém que case por amor neste país?