quinta-feira, agosto 31, 2006

"Vou de fééeeeeriaaaassss...



... mas volto!"

(2 semanitas :>)

terça-feira, agosto 29, 2006

"Querida, comprei um presente... para mim!"

Apanhei mais um daqueles momentos de grande euforia, na “sala de convívio” da empresa, durante um coffee break.
Uma colega contava que o marido de uma das suas amigas tinha adquirido um vibrador e parece que, para espanto de todos, e especialmente da dita esposa, tal presente não era para ela, nem para qualquer possível amiga ou amante, mas para o próprio...
A minha colega disse que ficou embaraçada e não soube o que responder quando a amiga lhe questionou: “Ele é e sempre foi óptimo na cama mas... agora apareceu isto... qual será o problema dele???”
Eu se não tivesse com pressa e com pouca vontade de criar assunto para mais meia-hora de tagarelice, ainda lhe respondia: “O único problema desse senhor foi ter arranjado uma mulher desbocada e muito pouco criativa a nível sexual”.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Génio



Larry David está por detrás (e pela frente, respectivamente) de duas das melhores séries de comédia americanas de todo o sempre: "Seinfield" e "Curb your entusiasm". A primeira, pelo menos, já toda a gente ouviu falar e dispensa comentários, a segunda passa actualmente na 2:, aos sábados, às 22:30. Chamaram-lhe: "Calma Larry". A forma como este senhor transforma um dia-a-dia repleto de coisas simples e banais em situações caricatas, é do mais genial que vi em séries do género.

Já não me ria tanta desde que vi a Alexandra Lencastre a fazer de empregada de limpeza / de supermercado, pobrezinha, ex-presidiária, amante, ... numa telenovela da TVI.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Job for MY boy

O Tiaguinho tira um curso superior: licenciatura em apanhador de borboletas, um curso de 3 anos e de extrema importância para o Supremo Tribunal de Justiça. O paizinho arranja-lhe um tacho no seu gabinete e ficamos todos felizes com a nossa "justiça" social.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Férias (estamos quase lá)...


... há quem só seja silly numa season por ano e há quem não seja outra coisa ao longo de todo o ano.

segunda-feira, agosto 21, 2006

FastLove

Somos todos tão diferentes que faz com que o estranho nas relações não é que não funcionem, mas que funcionem! Sabemos (mas às vezes nem queremos saber) que um relacionamento, muitas vezes, só dura por questões extra-conjugais ou por uma questão de grandes cedências. E claro, os filhos serão um factor a ter também em conta.
Elas (as relações) são, realmente, um fruto do acaso e do encontro de duas pessoas e vontades no momento certo. Por isso a solução, para quem esteja mesmo para aí virado, é tentar. Tentar, tentar... às tantas acaba mesmo por acontecer: aparecer outra pessoa que esteja também para aí virada.
Não podemos é projectar as nossas formas de estar nos outros, nem exigir que se guiem pelos mesmos trâmites e objectivos. E, importantíssimo: ter consciência das nossas fragilidades. Torna-se necessário controlar a forma como abrimos as nossas “defesas”, sem ninguém nos ter pedido. Se tal acontecer, é sinal de que sofremos de uma enorme carência de afectos e/ou podemos estar a procurá-los aonde eles não existem (local inadequado e/ou pessoa errada).
Também é preciso saber que nem todo o tipo de envolvimento conduz a uma relação afectiva (e efectiva) e que há tantas outras formas de estar bem com os outros.

sexta-feira, agosto 11, 2006

FastSex

Entre o engate fácil no wc público, no chat, na praia ou mesmo na esquina, do “fazer e esquecer” e o sexo com o conhecimento prévio do parceiro e sem a rejeição de afectos, vai uma diferença abismal. Chamar sexo ao primeiro caso até poderá ser um exagero, pois no fundo trata-se mais de uma questão de “aliviar tensões”, ou melhor: “despejar os tomates”, que outra coisa qualquer.
O prazer, o orgasmo, o sémen, fica tudo ali, naquele local “impróprio”, e “foge-se” o mais rápido que se poder, para que aquele “sentimento de culpa” não regresse. Para isso é necessário que se restabeleça o quotidiano normal e que se mantenha inquestionável a natureza de todo aquele desejo. Assim é, de facto, mais fácil: arremedeia-se a coisa, sem pensar muito no assunto, até ao próximo “despejamento”.
E é assim tão mau só querer “despejá-los”? Claro que não, é bom, sabe bem e até os médicos recomendam. Mas é preciso ter consciência de que se é isso que se dá, será só isso que se recebe.

quarta-feira, agosto 09, 2006

"... nós só somos distraídas, pah!"

Alguém viu ontem o jornal nacional da TVI?
Deu mais uma daquelas noticias "exclusivo TVI" em que mostrava uma cena de pancadaria no Pacha de Ofir, no passado domingo, envolvendo 60 gajos (!!!) contra os seguranças da discoteca e a polícia.
Estavam presentes, no local, alguns "actores" dos "morangos" (talvez isto explique um pouco a tal "exclusividade" da notícia) e entrevistaram uma das "loiras" desse grupo, que disse qualquer coisa assim:
"Não dei por nada, juro... fomos muito bem recebidos e trataram-nos muito bem."

sexta-feira, agosto 04, 2006

Culpa, eu?

Ainda referente ao caso "Gis", “transcrevo” na íntegra um dos melhores artigos de opinião que li nos últimos tempos. Saiu na edição de ontem do Público e é da autoria de Madalena Barbosa, especialista em igualdade e género.


Que futuro vai ser o destas crianças, que cometeram um crime grave e sério e que dele são desculpadas? Serão inimputáveis, terão pensado que Gisberta voaria para fora do poço sozinha? Que cidadãos vão ser estes?

Com certeza já toda a gente assistiu a este tipo de cena edificante: o menino, ou menina, anda correndo pela sala. Na alegria do movimento, esquece onde está e bate com a cabeça na cadeira. A mãe, ou pai, corre preocupada. Parar o choro é a urgência, o remédio é a vingança. Assiste-se então ao triste espectáculo, a mãe diz: "Má, feia cadeira que magoou o meu menino!" E bate na cadeira. A compensação oferecida à criança é, portanto, a vingança num móvel imóvel. Não se lhe diz: "Tenha cuidado, olhe para onde vai, veja o que está na sua frente, não se esqueça de onde está." Lição aprendida: a culpa é da cadeira, a consolação é a vingança. Eu não sou responsável. É o mundo material contra a "inocência".
Assim educadas as gentes, não é de espantar que ninguém nesta terra seja responsável por coisa nenhuma.
Há um acidente de estrada? A culpa é da estrada. Ou da árvore que ali estava e não devia. Há fugas de informação do Ministério Público? A culpa é dos jornalistas, ou da informação que tinha pernas. Há descalabro nas finanças? A culpa é das finanças, ou seja de ninguém, o dinheiro corre. Hoje existe mesmo uma "culpada por excelência", a informática. Foi o computador. A máquina enganou-se, eu não. E, se for caso disso, encontra-se um ou uma empregada qualquer, de preferência na base da carreira, que é responsável pelo engano. Erros de informática, erros na feitura de testes de exame, erros nas contas públicas, culpa de alguém? Nem pensar, estas coisas acontecem.
Houve já um acórdão de tribunal sobre um caso de violação de uma menina de 14 anos, em que o violador, apanhado em flagrante delito pelo pai da criança, não foi considerado culpado porque a menina era muito alta. Um metro e setenta e cinco. Logo era culpada por não se ter defendido, mesmo com 14 anos, mesmo sendo o violador um adulto da sua família. Portanto atenção meninas e meninos: acima de um metro e sessenta não há violação.
No célebre caso da criança que apanhou um choque ao carregar num botão de semáforo para atravessar a rua, a culpa foi do semáforo.
E chegamos ao absurdo. A mulher morta pelo marido, vítima de homicídio provado, foi a culpada por ter queimado o jantar. E Gisberta, espancada e atirada a um poço por um grupo de "inocentes criancinhas", foi culpada por ser o que era, pobre e transexual. Mas não só ela, o poço teve grande parte de responsabilidade. Estava ali, tinha 15 metros, era acolhedor. Sugiro que se instaure um processo ao poço. As crianças assim aprendem mais uma lição: não têm culpa, não são responsáveis. Não querem estragar-lhes o futuro.
Que futuro vai ser o destas crianças, que cometeram um crime grave e sério e que dele são desculpadas? Serão inimputáveis, terão pensado que Gisberta voaria para fora do poço sozinha? Que consciência, que cidadãos vão ser estes? Como ficará marcado este episódio na sua memória? Lição aprendida: a culpa é de Gisberta, diferente e inferior, sem importância e que não devia, à partida, existir.
Quando se trata deste tipo de crime, crimes de ódio e de género, baseados no sexo que uma pessoa ostenta ou na sua orientação sexual, é costume, brando costume, culpar-se a vítima. Normalmente mulheres, são culpadas por estar ali, por estarem assim vestidas, por não se defenderem como deveriam, por ter sorrido, ou por estarem sérias, por ter aceite uma boleia ou um convite para um copo. São culpadas e é esta a descendência de Eva.
Isto é tanto mais óbvio quanto as manifestações populares o provam: a família do agressor defende-o acerrimamente, todos dizem "não vão estragar a vida ao homem por uma coisa destas" (coisa que é estragar a vida a uma mulher). Tal como no caso das prostitutas de Bragança, a culpa é das mulheres prostitutas e não dos numerosos clientes que lá vão. A culpa é da amante e não do marido, esse que faltou à palavra, que mentiu, que enganou. Ou da circunstância: "Um homem não é de ferro." Que equivale a dizer que um homem não tem querer, nem vontade, nem capacidade de escolha. É antes governado por instintos. E por isso é um coitado. Não lhes estraguem a vida. Não têm culpa. A culpa é da cadeira.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Nova campanha da Galp & M.A.I.

Menores devem ser tratados como adultos em casos de crime de sangue?

SIM
O conceito de idade da razão ajuda a ver claro: adolescentes de 12, 15 e 16 anos sabem distinguir o bem do mal, seja qual for o meio social em que vivem. Divertir-se à custa do sofrimento alheio, desrespeitar a vida humana causando ofensas à integridade física, recusar auxílio, profanar um cadáver não são brincadeiras de mau gosto. São crimes, cometidos com maldade consciente – e exigem castigo.
João Ferreira, Editor de Sociedade

NÃO
As crianças são as principais vítimas dos adultos – que, normalmente, se esquecem que também foram crianças. São fruto de uma sociedade que não as sabe acarinhar e, muitas vezes, de famílias completamente desestruturadas. Mergulhadas nesta inconsciência colectiva, andam ao deus dará. Algumas, tornam-se perigosas. Devem ser punidas, obviamente. Mas na devida proporção.
Paulo João Santos, Grande Repórter

No Caso Gisberta votava "sim", sem pestanejar.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Enquanto uns se divertem...

A “causa do costume”

A propósito da nova campanha sensibilizadora para a sinistralidade nas nossas estradas, do Ministério da Administração Interna, contra o “excesso de velocidade”, com um avião cheio de criancinhas pelo meio...
Será tal causa suficiente para explicar a nossa desgraça nas estradas?

Concordo com quase todas as penalizações legais aplicadas no código da estrada, no que diz respeito ao “excesso de velocidade”, mas não consigo conduzir devagar. O facto de possuír um cadastro limpo, a nível de sinistros, com 10 anos de carta na categoria B e quase 4 anos na categoria A, não me dá o direito de cometer qualquer ilegalidade por excesso de velocidade, mas para além de enriquecer a minha companhia de seguros, tal sempre pode explicar alguma coisa... nem que seja a nível estatístico.
Eu conduzo nas estradas portuguesas. Actualmente faço em média cerca de 150 Km diários e continuo a achar que os verdadeiros assassinos em potência nas nossas estradas não mais os condutores que andam a pouco mais de 120 Km/H nas nossas auto-estradas e a pouco mais de 50 Km/H dentro das nossas localidades (informação adicional: segundo o Plano Nacional de Prevenção Rodoviária do MAI, a maioria dos acidentes dentro das localidades ocorrem por colisão e os acidentes com peões ocorrem durante o período nocturno), que aqueles que insistem em manter-se numa faixa à esquerda quando possuem uma faixa livre mais à direita, ou os que acham que o manípulo que sinaliza a mudança de direcção é um mero objecto de decoração do tablier, como o cd ou a santinha pendurados no espelho retrovisor, só para dar dois exemplos. Claro que um automobilista ou um motociclista que venha em “excesso de velocidade” e seja confrontado com uma destas “transgressões menores”, mais dificilmente conseguirá corrigir uma manobra. E quando a asneira antecedente é grande, o acidente torna-se inevitável, quer-se venha em “excesso de velocidade” a 60Km/H ou a 140Km/H, os estragos consequentes é que podem ser bem diferentes. Mas porque será que em tais situações o motivo apontado será sempre o “excesso de velocidade” e nunca uma “alergia crónica à faixa da direita” ou uma “mudança de direcção sinalizada por telepatia”, por exemplo?
Continuar a apontar a “causa do costume” como única justificação para a nossa alta taxa de sinistralidade, é o mesmo que dizer convictamente que o Benfica vai ter um início de época prometedor. Só acredita quem quer.