Numa noite destas Rui e André abordaram duas raparigas de Lisboa de rostos semelhantes que, procurando livrar-se de uma multidão de bêbados, iam a sair de um bar. Tratava-se de Helena e da sua irmã. Saltando de assunto em assunto, mas com todos eles a irem dar ao mesmo, acabaram os quatro no quarto de pensão das raparigas, com André a copular com Helena numa das camas e Rui a fornicar com a irmã dela na outra, a menos de um metro de distância. Já nesse momento Helena o amava e talvez por isso tenha escolhido André. Temia a força com que Rui a atraía e o seu instinto dizia-lhe que, logo que se deixasse engolir por esse desejo, jamais conseguiria fugir-lhe, o que acabou por ser verdade. E, embora nunca mais tivessem falado disso, a primeira lembrança que Helena guardava de Rui era a imagem, os sons e cheiro dele enquanto dava prazer à irmã, ao mesmo tempo que ela aturava as tentativas desastradas e os gemidos de André. Este espetáculo viria a persegui-la para sempre.
Na manhã seguinte Rui já não sabia ao certo com qual das raparigas tinha dormido, mas a irmã de Helena estava no duche e André fora à rua comprar qualquer coisa para curar a ressaca, deixando-o sozinho com Helena. Nesse momento ela olhou para ele de uma certa maneira, ele correspondeu-lhe e, passado uns meses, casaram-se. É evidente que houve muitas conversas, muito sexo e muitos passeios sentimentais entre o Porto e Lisboa nesse pequeno intervalo, mas as raízes residiram naquela troca de olhares naquele quarto rasca de uma pensão. A verdade é que, quer se dê por isso, quer não, reconhecemos os nossos parceiros no momento em que nos aparecem à frente e, depois, submetemo-nos quase sempre a tudo o que de inevitável se segue e chamamo-lhes amor.
Na manhã seguinte Rui já não sabia ao certo com qual das raparigas tinha dormido, mas a irmã de Helena estava no duche e André fora à rua comprar qualquer coisa para curar a ressaca, deixando-o sozinho com Helena. Nesse momento ela olhou para ele de uma certa maneira, ele correspondeu-lhe e, passado uns meses, casaram-se. É evidente que houve muitas conversas, muito sexo e muitos passeios sentimentais entre o Porto e Lisboa nesse pequeno intervalo, mas as raízes residiram naquela troca de olhares naquele quarto rasca de uma pensão. A verdade é que, quer se dê por isso, quer não, reconhecemos os nossos parceiros no momento em que nos aparecem à frente e, depois, submetemo-nos quase sempre a tudo o que de inevitável se segue e chamamo-lhes amor.
5 comentários:
Ai que agora deste-me a volta ao miolo.
Então? Posso dar continuação a isto? Ou mando-o já para a Rebelo Pinto como "incentivo" para um novo best seller.
Espero que não tenhas levado a mal a referência à pensão tripeira... Rasca, mas com muita classe. ;)
Não levei, de todo! Posso incentivar-te a continuar para o instante seguinte?
Agent,
Excelente post... sucumbi a vontade... e citei-te no Meu Querido Tratador...
Espero que estejas ok com isso...
Beijinhos, bom fim de semana
Lince
Acredita: é um privilégio ser citado por ti, Lince. BJ!
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