Quem nunca teve daqueles dias estranhos em que logo após um acontecimento muito agradável somos confrontados com um outro terrível, ou vice-versa?
Assim mesmo, momentos extremos, sem qualquer tipo de causa óbvia mas que surgem na nossa vida como uma espécie de jogo de compensações. O meu melhor yin e yang dos ultimos tempos surgiu na semana passada. Estava a gozar um belo dia de férias e mais uma vez aproveitei a boa onda de S. Pedro para ir até à praia, mas a minha felicidade foi subitamente abalada quando uma senhora brasileira (distraída) e a sua respectiva viatura vieram contra a minha. Resultado: muita chapa batida no meu carro e dois riscos no pára-choques na outra viatura, é justo!? "Prontos, já tenho o dia fodido!", pensei eu. Enfim, tratou-se das papeladas ("Senhora temos que preencher a declaração amigável?"... "Oi?... oh meu lindo, o que é que é isso?"...), trocou-se contactos e mais meia dúzia de palavras e passado meia-hora e já tinha retomado o meu caminho para a praia, pelo menos na tentativa de tentar esquecer este triste e chato acontecimento.
Estava um dia de praia 5 estrelas: céu limpo, o mar calminho (para a praia que eu costumo frequentar isto significa ondas não superiores a um metro e não desnorteadas) e poucas pessoas espalhadas pelo longo areal. Logo que cheguei ao meu poiso, tratei de me por logo de "molho", para logo depois estender-me ao sol. Estava uma ligeira brisa, o que fazia com que o sol abrasador característico das 2 da tarde destes dias de fim de primavera não se sentisse tanto e por tal, também, não terá dificultado o facto de ter adormecido logo de seguida.
Passado algum tempo acordei e julgo que o meu despertador terá sido os ruídos das gaivotas que pairavam sobre a areia junto ao mar na tentativa desesperada de capturar os peixes mortos que davam à costa, provavelmente presos por qualquer rede de um barco que terá passado por ali.
Ainda com os olhos semi-cerrados, olho para o extenso areal que me circundava e consigo destinguir com algum esforço para além da meia-duzia de banhistas que se encontravam igualmente estendidos pela a areia, alguém que corria ao longo da praia na minha direcção. Fico ali sentado na toalha a contemplar tal personagem, que à medida que as nossas distâncias encurtavam o meu interesse e curiosidade aumentavam. Passados mais alguns segundos já o conseguia visualizar nitídamente e entenderia melhor o meu interesse por tal pessoa. Tinha um porte atlético maravilhoso, um bom tronco, um belo par de pernas, usava na altura uns calções vermelhos curtos, largos e muito sexys. Quando passou por mim, abrandou a corrida e acabou mesmo por parar bem perto de mim. Continuou a olhar para mim e eu também não desviei o olhar. Parece ter sido tão intenso e eficaz ao ponto de ele ter tirado os calções e ter-se ido refrescar no mar. Deu um mergulho e passado alguns minutos ja estava junto da sua toalha que entretanto tinha deixado na areia. Usou-a para secar aquele belo "corpanzil" e continuou a olhar-me. E eu retribuía. Começou a subir pelo o areal acima, passando por mim e nunca tirando aqueles largos olhos sobre os meus. Refugiou-se na vegetação que ficava para além da estrada pedonal que dava acesso à praia. Eu, excitadíssimo, em todos os sentidos possíveis e imagináveis, vesti os meus calções e segui-o. O resto imagina-se... Saliento unicamente o aperto do primeiro abraço e os saborosos beijos que me deu. Era acima de tudo aquilo que necessitava naquele dia. Também fodemos, pois trouxe um preservativo na sua carteira. Depois trocamos nomes (Paulo), idades (38, aparentava ter menos idade), profissões (militar, explicou muita coisa), estado civis (casado, explicaria a aliança?!) e contactos ("Que rede tens?" - aparentemente parecia ter um telefone para cada rede... típico!), entre outras informações. Ele seguiu o seu caminho e eu voltei para a toalha com um enorme sorriso na minha cara. Passados 2 dias voltamo-nos a encontrar na minha casa e apesar de até o ter achado ainda mais atraente, estava bem vestido, com o cabelo cortado (à militar, pois então), sem areia e menos salgado achei este encontro... insonso, menos intenso, mais frio e foi estranhamente rápido. Não o voltei a convidar a vir a minha casa e ele também não deu mais notícias.
Entretanto continuo a aguardar pelo o contacto da companhia de seguros para marcação da peritagem a fazer ao meu carro para avaliação dos prejuízos do acidente (que não serão pagos por mim, obviamente) deste estranho dia.
Assim mesmo, momentos extremos, sem qualquer tipo de causa óbvia mas que surgem na nossa vida como uma espécie de jogo de compensações. O meu melhor yin e yang dos ultimos tempos surgiu na semana passada. Estava a gozar um belo dia de férias e mais uma vez aproveitei a boa onda de S. Pedro para ir até à praia, mas a minha felicidade foi subitamente abalada quando uma senhora brasileira (distraída) e a sua respectiva viatura vieram contra a minha. Resultado: muita chapa batida no meu carro e dois riscos no pára-choques na outra viatura, é justo!? "Prontos, já tenho o dia fodido!", pensei eu. Enfim, tratou-se das papeladas ("Senhora temos que preencher a declaração amigável?"... "Oi?... oh meu lindo, o que é que é isso?"...), trocou-se contactos e mais meia dúzia de palavras e passado meia-hora e já tinha retomado o meu caminho para a praia, pelo menos na tentativa de tentar esquecer este triste e chato acontecimento.
Estava um dia de praia 5 estrelas: céu limpo, o mar calminho (para a praia que eu costumo frequentar isto significa ondas não superiores a um metro e não desnorteadas) e poucas pessoas espalhadas pelo longo areal. Logo que cheguei ao meu poiso, tratei de me por logo de "molho", para logo depois estender-me ao sol. Estava uma ligeira brisa, o que fazia com que o sol abrasador característico das 2 da tarde destes dias de fim de primavera não se sentisse tanto e por tal, também, não terá dificultado o facto de ter adormecido logo de seguida.
Passado algum tempo acordei e julgo que o meu despertador terá sido os ruídos das gaivotas que pairavam sobre a areia junto ao mar na tentativa desesperada de capturar os peixes mortos que davam à costa, provavelmente presos por qualquer rede de um barco que terá passado por ali.
Ainda com os olhos semi-cerrados, olho para o extenso areal que me circundava e consigo destinguir com algum esforço para além da meia-duzia de banhistas que se encontravam igualmente estendidos pela a areia, alguém que corria ao longo da praia na minha direcção. Fico ali sentado na toalha a contemplar tal personagem, que à medida que as nossas distâncias encurtavam o meu interesse e curiosidade aumentavam. Passados mais alguns segundos já o conseguia visualizar nitídamente e entenderia melhor o meu interesse por tal pessoa. Tinha um porte atlético maravilhoso, um bom tronco, um belo par de pernas, usava na altura uns calções vermelhos curtos, largos e muito sexys. Quando passou por mim, abrandou a corrida e acabou mesmo por parar bem perto de mim. Continuou a olhar para mim e eu também não desviei o olhar. Parece ter sido tão intenso e eficaz ao ponto de ele ter tirado os calções e ter-se ido refrescar no mar. Deu um mergulho e passado alguns minutos ja estava junto da sua toalha que entretanto tinha deixado na areia. Usou-a para secar aquele belo "corpanzil" e continuou a olhar-me. E eu retribuía. Começou a subir pelo o areal acima, passando por mim e nunca tirando aqueles largos olhos sobre os meus. Refugiou-se na vegetação que ficava para além da estrada pedonal que dava acesso à praia. Eu, excitadíssimo, em todos os sentidos possíveis e imagináveis, vesti os meus calções e segui-o. O resto imagina-se... Saliento unicamente o aperto do primeiro abraço e os saborosos beijos que me deu. Era acima de tudo aquilo que necessitava naquele dia. Também fodemos, pois trouxe um preservativo na sua carteira. Depois trocamos nomes (Paulo), idades (38, aparentava ter menos idade), profissões (militar, explicou muita coisa), estado civis (casado, explicaria a aliança?!) e contactos ("Que rede tens?" - aparentemente parecia ter um telefone para cada rede... típico!), entre outras informações. Ele seguiu o seu caminho e eu voltei para a toalha com um enorme sorriso na minha cara. Passados 2 dias voltamo-nos a encontrar na minha casa e apesar de até o ter achado ainda mais atraente, estava bem vestido, com o cabelo cortado (à militar, pois então), sem areia e menos salgado achei este encontro... insonso, menos intenso, mais frio e foi estranhamente rápido. Não o voltei a convidar a vir a minha casa e ele também não deu mais notícias.
Entretanto continuo a aguardar pelo o contacto da companhia de seguros para marcação da peritagem a fazer ao meu carro para avaliação dos prejuízos do acidente (que não serão pagos por mim, obviamente) deste estranho dia.
1 comentário:
eu conheço esta escrita !!
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