A combinação quase perfeita entre uma versão moderna da fábula d’”a rã e o escorpião”, algumas perseguições de carros que não envergonhariam Luc Besson e a música synth-pop, resultam surpreendentemente num dos melhores thrillers que vi este ano.
O melhor de “Drive” também passa pela criação de um herói (Ryan Gosling) com características invulgares. O seu carácter calmo, introspectivo,... e de palito entre os dentes, dá todo o carisma que um filme de acção em slowmotion - como este por vezes pretende ser - precisa. Depois também há uma bonita relação platónica pelo meio, onde a química resulta mais pelos olhares do que pelos escassos diálogos.
Esqueçam tudo o que viram (ou não) em produtos de temática semelhante, mas ocos na sua substância, aka “The Fast and The Furious” e afins. Aqui a tensão é mesmo real e este realizador dinamarquês soube gerir o tempo e o espaço, como raramente se vê em filmes do género. “Drive” é, sobretudo visualmente, uma obra arrebatadora.
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