Opto por ficar ali sozinho, quase isolado, distante dos amigos e do aglomerado de pessoas que “mexem-se” numa pista de dança bem concorrida. Estou num sítio privilegiado porque também me permite observar a fauna que circula em meu redor.
Não demora muito tempo até me deixar embalar pela melodia que sai das colunas que também se encontram à minha frente. Movo-me timidamente. A sistemática “batida” acaba por contagiar-me e mexo-me com mais energia. Estou a gostar do que oiço e fecho momentaneamente os olhos – como se isso me permitisse um contacto mais directo com a música que ouvia. Uns segundos depois, “desperto”, porque alguém passou, embateu contra mim e estava agora mesmo ali ao meu lado. Pedimos simultaneamente desculpa e tocamo-nos no ombro, como forma automática e suplementar de reforçar esse pedido. Estou ainda meio atordoado da colisão e da consequente súbita interrupção da minha sessão de “hipnose”. Mesmo assim mantenho-me a olhar, em direcção à minha retaguarda, para quem chocou comigo. Foi uma reacção mútua. Sorrimos.
Nos filmes, estas cenas também acontecem em fracções de segundos mas, reveladas em “slow motion”, o acontecimento parece ganhar outro tipo de impacto. De qualquer forma, não deixou de ser um curioso momento. Ficção à parte e voltando à minha realidade, gostava de acreditar que as pessoas não se chocam umas contra as outras por mero acaso. Poderia ser, nem que seja, só como uma prova (inconsciente ou não) de que estamos vivos. Ou então – a minha parte favorita desta teoria – porque somos todos campos magnéticos sem poder de controlo sobre os pólos de atracção.
Não demora muito tempo até me deixar embalar pela melodia que sai das colunas que também se encontram à minha frente. Movo-me timidamente. A sistemática “batida” acaba por contagiar-me e mexo-me com mais energia. Estou a gostar do que oiço e fecho momentaneamente os olhos – como se isso me permitisse um contacto mais directo com a música que ouvia. Uns segundos depois, “desperto”, porque alguém passou, embateu contra mim e estava agora mesmo ali ao meu lado. Pedimos simultaneamente desculpa e tocamo-nos no ombro, como forma automática e suplementar de reforçar esse pedido. Estou ainda meio atordoado da colisão e da consequente súbita interrupção da minha sessão de “hipnose”. Mesmo assim mantenho-me a olhar, em direcção à minha retaguarda, para quem chocou comigo. Foi uma reacção mútua. Sorrimos.
Nos filmes, estas cenas também acontecem em fracções de segundos mas, reveladas em “slow motion”, o acontecimento parece ganhar outro tipo de impacto. De qualquer forma, não deixou de ser um curioso momento. Ficção à parte e voltando à minha realidade, gostava de acreditar que as pessoas não se chocam umas contra as outras por mero acaso. Poderia ser, nem que seja, só como uma prova (inconsciente ou não) de que estamos vivos. Ou então – a minha parte favorita desta teoria – porque somos todos campos magnéticos sem poder de controlo sobre os pólos de atracção.
2 comentários:
Este foi o encontro mais imediato e que me prendeu aqui. Parabéns.
Abraço da alma
Obrigado, alma. :)
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