Quanto menos se souber sobre este filme, melhor ele poderá ser. Portanto, a história de “The Cabin in the Woods” começa com a aventura de cinco amigos que vão passar uns dias numa “cabana” perdida no meio de uma floresta... E fico-me por aqui.
O resto podia ser o que se espera de qualquer “teen horror movie” americano, mas não é. Acrescenta-se algumas surpresas e a história muda radicalmente de rumo ao ritmo do (respectivo) twist. Nada de novo, porque, mais que não seja, não há sequela de filme deste género que não desconstrua o seu original. Só que este filme vai um pouco mais longe e tem ainda outra vertente (não inédita mas, talvez, seja aquela que melhor funciona ao longo do filme): o humor. Daqui sou assombrado pelo verdadeiro pesadelo que se chama: “Scary Movie” e as suas infinitas sequelas, mas rapidamente vejo a luz, porque, na verdade, este “The Cabin in the Woods”, para além de chegar a ter mesmo piada, tem boas ideias. Uma delas surge mesmo no final, quando percebemos qual a verdadeira intenção dos argumentistas Joss Whedon e Drew Goddard (“Lost”, “Nome de Código: Cloverfield”, “A Vingadora”, etc): enterrar um género cinematográfico que já está mais que “morto”.
Todos os limitados clichés da maioria dos filmes de terror norte-americanos já mereciam um filme (acima da sua altura) que os satirizasse e os subvertesse, mas só que com alguns buracos no argumento e outras tantas cenas previsíveis, fica-se na dúvida se o objectivo desta obra é, na verdade, um ajuste de contas ou uma homenagem. A não ser que sejam erros e limitações intencionais para que a sátira seja completa. Pois, se assim for, chegou a vez de eu lhe tirar o meu chapéu.