Há misoginia em fóruns do mundo automóvel? Comecei por estranhar a escassa participação de mulheres nestes espaços, mas inicialmente pensei que tal se devia ao pouco interesse que tais assuntos lhes pudessem provocar. Mais tarde deparei-me com uma certa hostilidade por parte de alguns participantes masculinos, sobre quaisquer abordagens feitas por alguém do sexo feminino em tópicos da especialidade. E não só. Tal repúdio por vezes estendia-se a “threaths” da categoria “off-topic”. Mas de onde vem tanta intolerância perante as opiniões dos membros do sexo oposto em fóruns onde a Soraia Chaves é Deus?
Bom, parece-me óbvio que, se não houvesse a obrigatoriedade de preencher o sexo nos perfis dos “foruenses” não haveria tanta discórdia e eu ficaria sem assunto para me entreter. Por isso: obrigado , web administrators!
Como qualquer “macho” que se preze, aqueles homens não gostam de ser confrontados com a realidade de que uma mulher também possa ter uma opinião sobre um tema que julgam dominar (sobretudo se for uma opinião contrária à deles). Aliás, acredito que, para alguns, só o facto de elas poderem ter uma opinião já é motivo suficiente para lhes causarem algumas náuseas. Não me estou a referir propriamente a uma geração de homens que só vêm as (suas) mulheres de volta dos tachos e panelas e outros afazeres domésticos. Trata-se da geração posterior a essa: os filhos destes, provavelmente. Deu-se a evolução: a rapariga/mulher saiu da cozinha directamente para uma recepção ou uma caixa de supermercado, mas continua, pelo menos para eles, sem direito a ter opinião própria sobre certos, ou mesmo todos, assuntos.
“A minha Maria”, como a maioria “carinhosamente” – as aspas, não sendo tendenciosas, servem somente para que cada um aplique o sentido que mais lhe convir - gostam-lhe de chamar, é chamada ao assunto dos tópicos destes fóruns, quando se referem à companhia - tipo apêndice – que os acompanha até um determinado local. Um deles diz, “o meu GPS é a minha Maria, peço-lhe o mapa e depois oriento-me” e o resto da “comunidade foruense” acha isto muito hilariante. Portanto, tem nome – Maria, vá lá - mas não sabe ver mapas, não se orienta, enfim: não tem uma vida própria.
A mulher com quem um destes homens escolheu partilhar a vida é mesmo a tal, a especial, a que nunca saberá trocar um pneu, nem nunca terá capacidades suficientes para decifrar as siglas TDI, CTDI, GTI, TSI, etc., que necessitará de um espaço especial e alargado para estacionar quando se aventurar a ir aos centros comerciais sem ele e vai continuar a colocar o óleo no carro pelo orifício da vareta. Tudo isto em nome do bem-estar geral público e sobretudo para que nada afecte uma normalidade social estereotipada, a tal (também), que só existe na cabeça dele (e dos que pensam como ele). Isto parece quase resultar de um mandamento do subconsciente. “Não deixarás que a mulher que durma na mesma cama que tu, domine as matérias que compete a ti dominar”. Amén.
Ela dorme com ele e ele sonha com a Soraia Chaves. Isto até ao dia em que um sonho erótico se transformar num pesadelo: quando a Soraia lhe aparecer à frente com uma lingerie muito sexy e começar-lhe a debitar uns parágrafos de um qualquer manual de mecânica de automóveis.
Como qualquer “macho” que se preze, aqueles homens não gostam de ser confrontados com a realidade de que uma mulher também possa ter uma opinião sobre um tema que julgam dominar (sobretudo se for uma opinião contrária à deles). Aliás, acredito que, para alguns, só o facto de elas poderem ter uma opinião já é motivo suficiente para lhes causarem algumas náuseas. Não me estou a referir propriamente a uma geração de homens que só vêm as (suas) mulheres de volta dos tachos e panelas e outros afazeres domésticos. Trata-se da geração posterior a essa: os filhos destes, provavelmente. Deu-se a evolução: a rapariga/mulher saiu da cozinha directamente para uma recepção ou uma caixa de supermercado, mas continua, pelo menos para eles, sem direito a ter opinião própria sobre certos, ou mesmo todos, assuntos.
“A minha Maria”, como a maioria “carinhosamente” – as aspas, não sendo tendenciosas, servem somente para que cada um aplique o sentido que mais lhe convir - gostam-lhe de chamar, é chamada ao assunto dos tópicos destes fóruns, quando se referem à companhia - tipo apêndice – que os acompanha até um determinado local. Um deles diz, “o meu GPS é a minha Maria, peço-lhe o mapa e depois oriento-me” e o resto da “comunidade foruense” acha isto muito hilariante. Portanto, tem nome – Maria, vá lá - mas não sabe ver mapas, não se orienta, enfim: não tem uma vida própria.
A mulher com quem um destes homens escolheu partilhar a vida é mesmo a tal, a especial, a que nunca saberá trocar um pneu, nem nunca terá capacidades suficientes para decifrar as siglas TDI, CTDI, GTI, TSI, etc., que necessitará de um espaço especial e alargado para estacionar quando se aventurar a ir aos centros comerciais sem ele e vai continuar a colocar o óleo no carro pelo orifício da vareta. Tudo isto em nome do bem-estar geral público e sobretudo para que nada afecte uma normalidade social estereotipada, a tal (também), que só existe na cabeça dele (e dos que pensam como ele). Isto parece quase resultar de um mandamento do subconsciente. “Não deixarás que a mulher que durma na mesma cama que tu, domine as matérias que compete a ti dominar”. Amén.
Ela dorme com ele e ele sonha com a Soraia Chaves. Isto até ao dia em que um sonho erótico se transformar num pesadelo: quando a Soraia lhe aparecer à frente com uma lingerie muito sexy e começar-lhe a debitar uns parágrafos de um qualquer manual de mecânica de automóveis.
Sem comentários:
Enviar um comentário