(...) Chegar aqui (táxi) e não ter rádio, (é como ) chegar a
casa e não ter lá a minha mulher, é um vazio, é um vazio.
Não estou a ver um melhor elogio a oferecer a uma esposa,
do que aquele em que a compara com um sistema de comunicação que funciona por
ondas electromagnéticas, que repete cinquenta vezes a mesma música durante um
dia e põe-nos ao corrente das novidades de hora a hora.
Se aquela mulher não se identificasse com a metáfora e tivesse direito de antena diria: “então pede à rádio comercial para te passar a ferro as
camisas e fazer-te o jantar, porque eu cá fui transmitir para outra frequência!”
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