Viva! Após ter
completado praticamente um ano de clausura cibernética ao nível de magazines,
blogues e fóruns online, entre outros sites de música e artes em geral, cá
estou eu de regresso para fazer o balanço de um ano atípico.
Uma radical
mudança que ocorreu na minha vida profissional obrigou-me a ter que tomar a
decisão de reduzir substancialmente a minha vida online em detrimento, por
exemplo, de poder continuar a explorar os meus gostos musicais. Para além do
factor tempo, esta minha experiência também pretendia demonstrar o quanto os
meus gostos poderiam ser influenciados pela crítica musical e pelo nível de
consagração do respectivo artista.
Durante este ano
tratei todos os discos que ouvi de maneira igualitária e tentei não deixar que
factores mediáticos influenciassem os meus gostos. Por isso não me surpreende
mesmo nada que prestigiados artistas (Bowie, Cohen, Cave, Radiohead), óbvios
“front runners” de um ano fatídico para alguns deles, acabarem por não marcar
presença na minha lista. O Soundcloud, o Spotify e, sobretudo, o
Bandcamp, foram mesmo os meus principais e, praticamente, únicos meios de descoberta
destas escolhas de 2016.
Findo o ano,
analisando e comparando com algumas listas, surpreende-me muito menos uma certa
tendência homogénea da maioria das listas oficiais, de resto, já esperada, do
que o reconhecimento da qualidade artística da irmã mais nova de Beyoncé,
Solange Knowles. Passando à frente das letras daquelas magníficas canções sobre
o orgulho negro e da voz que as acompanham, sobretudo saliento aqui o triunfo
da arte sobre a performance, do conteúdo sobre a embalagem. Como se pode
constatar, as minhas tendências mais indie e postpunk acabaram por prevalecer
sobre o seu disco, ainda assim, não poderia deixar de notabilizar esse facto e
de reconhecer que estou perante um dos discos R&B mais importantes dos
últimos anos.
Seguem-se então
as minhas escolhas no que diz respeito a álbuns.
20. Palmistry - Pagan
19. Hante. - This Fog That Never Ends
18. Usher - Hard II Love
17. Yes Alexander - Kyanite
16. Rihanna - ANTI
15. Moderat - III
14. Suede - Night Thoughts
13. The Radio Dept. - Running Out Of Love
12. Autoheart - I Can Build A Fire
11. Angel Olsen - MY WOMAN
10. Shura - Nothing's Real
9. Death In Vegas - Transmission
8. Glass Animals - How To Be A Human Being
7. Flowers - Everybody's Dying to Meet You
6. Tegan and Sara - Love You to Death
5. Wray - Hypatia
4. So Pitted - Neo
3. Solange - A Seat at the Table
2. DIIV - Is the
Is Are
1. Ulrika Spacek
- The Album Paranoia
1 comentário:
Partilho mais das tuas tendências indie do que postpunk... mas nessas tendências partilhadas acho que é uma boa seleção de 2016. Acrescentava uns, é certo, mas ainda assim não me parece mal :)
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