Faz amanhã oito dias que a RTP transmitiu, logo após o “Telejornal”, uma reportagem intitulada “Até ao coma alcoólico” que mostrou o que toda a gente (pelo menos os menos distraídos) já sabia:
- que há “putos e pitas” a beberem como gente grande;
- que a média de idades dos noctívagos das noites de Lisboa baixou drasticamente nos últimos anos e que para verificar tal situação basta cair, por engano, no triângulo da copofonia da capital: Cais do Sodré – Santos – Docas;
- que há alguns bares e discotecas a dedicarem-se exclusivamente a servir este tipo de clientes e que os seus proprietários, mesmo sabendo que estão a cometer duas ilegalidades, permitem a entrada de menores nos seus estabelecimentos e (mais grave ainda) fornecem-lhes, sem restrições, bebidas alcoólicas;
- que as autoridades competentes conhecendo tal situação, nada fazem para pôr um travão a isto.
Nada de novo, portanto. Não é a primeira vez que a comunicação social aborda o assunto e ainda recordo-me perfeitamente de ter lido uma reportagem, no antigo DNA, o relato incrédulo de uma jornalista numa saída à noite. Parece que as coisas não melhoraram desde então, antes pelo contrário...
Também toda a gente sabe, excepto, claro, os pais e o senhor do IGAE (Inspecção-Geral das Actividades Económicas) que foi entrevistado na peça, que às sextas-feiras há uma famosa discoteca na capital onde barram a entrada a todas as pessoas com mais de 16 anos e que promove, no seu interior, festas com “bar aberto” a uma determinada hora.
Uma coisa é não saber, outra coisa, completamente diferente, é não querer saber!
No passado domingo, a RTP voltou à carga com uma reportagem, incluída no seu noticiário da noite, sobre os novos perigos da internet junto dos adolescentes de hoje.
Parece que as “nossas jovens” (desta vez a reportagem recaiu sobretudo sobre o sexo feminino), nos intervalos dos seus comas alcoólicos, andam a fotografar-se em “poses provocantes” e a publicar essas fotos numa página de internet (hi5). Para além das fotos, segundo a reportagem, as meninas colocam no seu perfil o seu endereço de Messenger para facilitar contactos. Nada disto parecia até ser muito grave se não houvesse por este mundo da depravação virtual alguns “predadores sexuais” à caça de miúdas virgens e inocentes! E pasmemo-nos pois segundo os relatos de algumas vítimas, pelo meio das conversas no MSN elas sentem-se muito “pressionadas” (?!) a passarem-lhes o número de telemóvel e até mesmo a morada e que até acabam por descobrir que “a maioria desses tarados mentem muito” e que “a maioria até são homens casados”!
O inspector da PJ entrevistado aconselha aos pais a informarem-se destes novos perigos causados pela internet... onde? Na própria internet! Como se todos os pais dominassem todo este novo mundo como os seus próprios filhos.
Na minha adolescência os meus pais não me deram um computador mas deram-me algumas regras. Uma delas era que não podia ir a bares e discotecas enquanto não atingisse a maioridade. Claro que tal não me impossibilitou de apanhar umas “bubas” valentes, mas nunca cheguei ao coma alcoólico porque sempre tive a noção de que beber até perder os sentidos, não deve ser uma coisa assim tão divertida. E a adolescência, se não me engano, até deveria ser sinónimo de divertimento... Pois para chatices já basta a fase ulterior.
- que há “putos e pitas” a beberem como gente grande;
- que a média de idades dos noctívagos das noites de Lisboa baixou drasticamente nos últimos anos e que para verificar tal situação basta cair, por engano, no triângulo da copofonia da capital: Cais do Sodré – Santos – Docas;
- que há alguns bares e discotecas a dedicarem-se exclusivamente a servir este tipo de clientes e que os seus proprietários, mesmo sabendo que estão a cometer duas ilegalidades, permitem a entrada de menores nos seus estabelecimentos e (mais grave ainda) fornecem-lhes, sem restrições, bebidas alcoólicas;
- que as autoridades competentes conhecendo tal situação, nada fazem para pôr um travão a isto.
Nada de novo, portanto. Não é a primeira vez que a comunicação social aborda o assunto e ainda recordo-me perfeitamente de ter lido uma reportagem, no antigo DNA, o relato incrédulo de uma jornalista numa saída à noite. Parece que as coisas não melhoraram desde então, antes pelo contrário...
Também toda a gente sabe, excepto, claro, os pais e o senhor do IGAE (Inspecção-Geral das Actividades Económicas) que foi entrevistado na peça, que às sextas-feiras há uma famosa discoteca na capital onde barram a entrada a todas as pessoas com mais de 16 anos e que promove, no seu interior, festas com “bar aberto” a uma determinada hora.
Uma coisa é não saber, outra coisa, completamente diferente, é não querer saber!
No passado domingo, a RTP voltou à carga com uma reportagem, incluída no seu noticiário da noite, sobre os novos perigos da internet junto dos adolescentes de hoje.
Parece que as “nossas jovens” (desta vez a reportagem recaiu sobretudo sobre o sexo feminino), nos intervalos dos seus comas alcoólicos, andam a fotografar-se em “poses provocantes” e a publicar essas fotos numa página de internet (hi5). Para além das fotos, segundo a reportagem, as meninas colocam no seu perfil o seu endereço de Messenger para facilitar contactos. Nada disto parecia até ser muito grave se não houvesse por este mundo da depravação virtual alguns “predadores sexuais” à caça de miúdas virgens e inocentes! E pasmemo-nos pois segundo os relatos de algumas vítimas, pelo meio das conversas no MSN elas sentem-se muito “pressionadas” (?!) a passarem-lhes o número de telemóvel e até mesmo a morada e que até acabam por descobrir que “a maioria desses tarados mentem muito” e que “a maioria até são homens casados”!
O inspector da PJ entrevistado aconselha aos pais a informarem-se destes novos perigos causados pela internet... onde? Na própria internet! Como se todos os pais dominassem todo este novo mundo como os seus próprios filhos.
Na minha adolescência os meus pais não me deram um computador mas deram-me algumas regras. Uma delas era que não podia ir a bares e discotecas enquanto não atingisse a maioridade. Claro que tal não me impossibilitou de apanhar umas “bubas” valentes, mas nunca cheguei ao coma alcoólico porque sempre tive a noção de que beber até perder os sentidos, não deve ser uma coisa assim tão divertida. E a adolescência, se não me engano, até deveria ser sinónimo de divertimento... Pois para chatices já basta a fase ulterior.
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