quinta-feira, novembro 27, 2008

Aviso

Segundo os Maias este blogue (e o mundo em geral) vai acabar a 21 de Dezembro de 2012. :(
A boa notícia é que o Roland Emmerich deixará de fazer filmes sobre o fim do mundo. :)

quarta-feira, novembro 26, 2008

segunda-feira, novembro 24, 2008

Aranhas e baleias

O confronto de uma suposta ou verdadeira inocência com a pura zombaria pode resultar em situações antagónicas: ou estupidamente hilariantes ou estupidamente cruéis. O respeito depois faz toda a diferença.

sábado, novembro 22, 2008

O lado desconhecido é sempre o mais apelativo

A única vez que vi Pedro Pinheiro, sem ondas electromagnéticas pelo meio, foi durante uma amena noite de Agosto, há alguns anos atrás, numa daquelas romarias de verão de aldeia. Era a noite que encerrava aquela festa popular e, por tal, era também a mais concorrida. Enquanto pelo palco desfilavam dois ou três artistas, mais ou menos - pelo menos para mim - conhecidos do panorama “pimba” nacional, eu e um vasto grupo de amigos e amigas confraternizávamos pela zona adjacente ao bar, e mais afastado do local onde o espectáculo decorria. A nossa animação foi subitamente interrompida pela interpelação de um dos elementos do meu grupo:
- Hey... Já viram quem está por ali sentado numa daquelas mesas do fundo?!
Os nossos olhares concentraram-se na referida (e devidamente apontada) zona... Com o nosso súbito silêncio a música que vinha do palco pareceu querer soar mais alto. Desconhecendo a pessoa em questão, não pude participar no seguinte diálogo que se perseguiu:
- Pá. É aquele actor dos “Malucos do Riso”!
- Hã?
- Quem?
- “Oh Costa, a vida coooosta!”
- Ah esse!
- Pois é... É mesmo, aquele bigode não engana.
- Diz que nasceu por aqui e agora veio morar para estas bandas de novo.
- Tem uma “bruta” de uma vivenda... Ali para cima...
- Consta que sim, consta que sim. O velhote merece!
- O meu pai diz que ele é paneleiro!
- Quê?... A sério?
- Também já ouvi dizer isso...
- Sim, diz que o tem visto a entrar na casa dele, de carro, com outro gajo ao lado...
- Isso não quer dizer nada...
- Pois não, mas também ouvi dizer outras coisas...
- Ahh é actor e tal...
(Risos)
Foi assim que fiquei a saber quem era Pedro Pinheiro, figura pública residente numa terra que se orgulhava de o receber como convidado especial - durante o espectáculo de variedades, o seu nome foi referido por alguém que estava no palco e consequentemente aplaudido pela restante assistência e ele, discretamente, acenou da sua mesa, sem se levantar. No entanto, os seus conterrâneos não deixavam de criar suspeições (literalmente, pelas suas costas) sobre a sua vida mais íntima.
A nossa cultura puramente popular, vive muito disto: exalta os seus heróis pela sua bravura, para assim que puder espetar-lhes umas farpas pelas suas aparências.
O povo gosta de os ver brilhar, ao mesmo tempo que mantém um certo fascínio mórbido pelas suas obscuridades...

“Era solteiro e não deixa filhos.”
O Correio da Manhã, como referência popular que é, acaba por passar a informação peculiar, a que as pessoas mais querem saber. Fez infinitas dobragens, foi actor de novelas, séries e filmes (há um filme sobre Amália ainda por estrear no início do próximo mês em que ele participou), foi encenador e escritor de peças de teatro radiofónico, mas, segundo o “perfil” do CM, tudo isso passa a ser secundário quando se morre sozinho e sem descendentes? O que interessa ser uma pessoa com talento e morar numa grande casa se depois leva lá para dentro pessoas muito “suspeitas”?

quinta-feira, novembro 20, 2008

Globalizar (ou encher chouriços) por aí


Depois de terem estagiado por cá, depois de terem passado pelo Brasil, pelos Açores, por África (lembram-se daquele hilariante momento televisivo nacional onde se viu uma espécie de ataque de um leão?!), pelos Estados Unidos (nem as torres gémeas escaparam), mais recentemente, pela Índia, as novelas da tvi chegaram finalmente à Madeira.
Meu Deus, não há local no mundo que lhes escape! As novelas da tvi são um verdadeiro emplastro à escala global.

segunda-feira, novembro 17, 2008

Artista que é artista tem que ter muito sentido de humor

não é?

Companheiros de curto prazo

Durante um zapping no final de tarde televisiva de ontem deparei-me com um programa especializado em caça. Estava na RTP2 e o programa em causa chama-se: "Couto & Coutadas". A apresentadora é gira, uma subespécie de Soraia Chaves, em versão rural, de olhar igualmente expressivo mas bem menos atrevido. Começam logo por ser interessantes as intervenções dos caçadores que debitam frases simples e sem grande preocupação gramatical, enquanto os vemos em acção. Fala-se, depois, das novas tendências na roupa para esta época (?)... "os camuflados que se usam na caça tem que dar uma sensação de floresta". Também gosto da relevância e do respeito que dão aos seus "companheiros de caça" - os cães. Enquanto um dos intervenientes ia dando dicas de como tratar bem dos cachorros, veio-me à memória várias imagens dos carros de caçadores com os seus mini-atrelados onde os seus “companheiros” viajavam amontoados... Bom, mal por mal, pelo menos aqueles regressavam. É que a minha experiência de vida no campo, também me permitiu confrontar com a ainda mais triste e dura realidade dos infortúnios cães que são “esquecidos” pelos seus donos (caçadores) em coutada alheia.

sexta-feira, novembro 14, 2008

terça-feira, novembro 11, 2008

Porque recordar é (sobre)viver:

Entre a razão e o coração


... ela escolhe quase sempre a primeira. Porque sabe que, independentemente da escolha, sai sempre magoada e a dor física é passageira.
Weeds é mesmo uma grande série, Puto.

segunda-feira, novembro 10, 2008

Saia da rotina e afunde mais um banco!

Como esta moderníssima promo do programa "Prós e Contras" pretende querer aplicar-se a todos os casos que se leva a discussão, logo, para o programa desta noite a mensagem é: quem nunca quis ser um desleixado presidente de um Banco e pedir um plano poupança reforma no valor mínimo de 10 milhões de euros que atire a primeira pedra!
Será mesmo preciso vestir (ou despir) o fato e a gravata para entender o outro lado?

sexta-feira, novembro 07, 2008

A nossa vida é (naturalmente) dramática mas não precisa de ser assim tanto

Para algumas pessoas, paixão é sinónimo de insegurança levado ao ponto de questionar constantemente os sentimentos do outro ou de equiparar formas de demonstrar tal humano sentimento. A parte desestabilizadora desta questão começa quando este estado de instabilidade emocional passa a ser revelado por todo um grau de dramatismo que assusta qualquer um (directamente envolvido). Porque no fundo uma coisa é viver uma paixão séria, sem desconfianças constantes e tragédias eminentes, outra bem diferente é fazer disso a nossa própria novela da noite.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Ser maxo é... nunca desperdiçar escasso talento

Casar é que não. Era como ter os U2 a actuar todas as noites para a mesma pessoa!
in ZÉZÉ CAMARINHA - O último macho man português

Ser maxo é... escolher um bom inspirador

Espero que este meu testemunho sirva para inspirar todos aqueles que ainda gostam de mulheres.
in ZÉZÉ CAMARINHA - O último macho man português

Ser maxo é... deixá-las a subir pelas paredes

Final da noite e depois do Bananas fechar ela chega ao pé de mim e convida-me para um cafezinho em casa dela. As coisas estavam a mudar. Já era ela a querer a minha companhia. O meu esquema estava a resultar e, em breve, iria trazer-me resultados. Despedi-me de toda a gente e fui para casa dela. Cheguei à porta e dei a machadada final. Não quis subir. chama-se "técnica da negação", elas estão convencidas que são boas e que um gajo está pelo beicinho, e é quando lhes damos para trás. A bifa que não estava nada á espera fico muito admirada e perguntou-me se não gostava dela.
in ZÉZÉ CAMARINHA - O último macho man português

terça-feira, novembro 04, 2008

Be Shô See (versão 2008)


Só ontem tive a possibilidade de constatar que “Vip Manicure” (SIC) é a brejeirice do ano. Podia ficar-me pelos péssimos textos e cenários, mas nada supera o constrangimento de ver a Rueff debitar piadas revisteiras. O que podia ter por ali alguma piada, já foi mais que visto e revisto: imitação da Amy Winehouse decadente ou do travesti do "Finalmente". A interpelação aos VIP podia render também alguma coisa se estes tivessem um discurso mais natural. Não acontece, pelo contrário. A palhaçada é tanta que cheguei a temer que às tantas entrava, de rompante, cenário adentro a Marina Mota, o João Baião e meia dúzia de dançarinas semi-desnudas cheias de plumas. Enganei-me. Desta vez, foi só o José Castelo Branco.

segunda-feira, novembro 03, 2008

Amor,

enquanto lia e relia as tuas palavras, acreditas que me identifiquei com elas? Numa outra perspectiva, mas sentimentalmente é algo que passa muito por aí, sim.
Vamos por partes. Primeiro caso, alguém que só dá notícias quando está só, triste ou aparece de relance no Telejornal, demonstra o óbvio: o desespero por uma auto-estima que já teve melhores dias e precisa da (com)paixão de outrem para a elevar. Estranhas os seus súbitos entusiasmos que dão, depois, lugar aos longos e estranhos silêncios? Não estranhes, linda, tudo isso é variável com os ciclos da auto-estima da pessoa em questão. Um diagnóstico semelhante pode-se apresentar ao outro caso. Um caso mais complicado, já que necessita de ti para muito mais que valorizar o seu ego. Esta última personagem precisa de uma razão para dar sentido à sua vida e relação monótonas e encontrou em ti um escape para tudo isso. Tudo isso, para além da atracção sexual para a qual não há explicação nem, aparentemente, grandes complicações, segundo me parece – os instintos não se explicam, vá lá, entendem-se.
Ficar na defensiva é uma opção, como tu até sugeres, desde que se tenha plena consciência do que se quer e do que se pode realmente obter. Se assim for, estamos conversados. Agora espero é que também saibas que não é fácil deixar de criar expectativas face às circunstâncias que descreveste, quando num dia nós podemos ser a melhor coisa do mundo, para no seguinte passarmos à frustração de uma nula existência – o problema disto está nas promessas poderem ser tão estupidamente provisórias e as palavras bonitas serem ditas de forma tão inconsciente!
A diferença abismal entre pessoas equilibradas e as que não são, está directamente relacionada com a consistência dos seus sentimentos e dos seus respectivos discursos. Portanto, a tarefa de entender estes “seres estranhos” que nos aparecem à frente, nesta vida, até é mais fácil que parece.
E perguntas tu, e muito bem, no fim: “onde entro eu nisto? Quem somos nós, então, nestes “filmes”? Pouco mais que meros figurantes. Pessoas de passagem em vidas desnorteadas, complexas e confusas. E, sinceramente, amor, nós merecemos muito mais que isso.
(Respondi por aqui porque sei que me lês e porque quero revelar publicamente a minha tentativa de ser um bom conselheiro, mesmo tendo a plena consciência que estou longe de o ser, de alguém que adoro. E porque como ninguém está imune a relacionamentos destes, nada como partilhá-los para que a identificação seja o melhor remédio.)