Aprendi hoje que é preciso viajar de avião para ficar a saber que uma pasta dentífrica é potencialmente mais perigosa que uma lâmina de barbear. Passo a explicar. Como fiz de conta que desconhecia as novas regras aplicadas às bagagens de cabina, decidi arriscar e levar comigo os normais utensílios de higiene de viagem. Quando chego aquele momento embaraçoso de alguém do controlo de segurança chamar-me à parte para me questionar se pode “revistar o interior da mala”, eu ainda tive o cuidado de perguntar: "É a lâmina?". O segurança retira uma embalagem de pasta de dentes da minha mochila e diz: "Não, é isto!". E mostra-a ao colega do "raio-X". Olham para mim com um certo ar incriminador e um deles diz: “Tem alguém a quem deixar isto?” Fiquei confuso. Por momentos pensei na hipótese remota de ter percebido “Onde comprou isto?” ou na hipótese macabra de que eles estariam a prever que o avião, onde iria entrar uns minutos depois, teria a mesma sorte do outro da Air France e estavam a solicitar que deixasse qualquer coisa de interessante como herança. Mas, nada disso, em segundos, entendi a triste sina da minha letal pasta de dentes do LIDL.
Bom, pelo menos desta vez não tive que tirar os sapatos.
Bom, pelo menos desta vez não tive que tirar os sapatos.
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