sexta-feira, outubro 02, 2009

Atarraxemo-nos

A RTP2 tem insistido, e bem, na transmissão de “Mãe de Ju”. Trata-se de um interessante documentário sobre o ambiente de um carismático botequim em Luanda. Foi ali que nasceu o Tarraxinha, uma variação bem mais lenta – são 95 BPM, mais batida menos batida – do Kizomba.
Não demorou muito para que os teenagers dos bairros da periferia de Lisboa captassem o “atarraxamento” africano ou não fosse esta dança bem menos artística que a sua parente de origem. A forte conotação sexual também ajudou no sucesso: é uma dança infinitamente sensual, que quando é mal dançada chega a ser sexualmente explícita, tornando-se difícil estabelecer o limite que define o fim da arte e o princípio da “badalhoquice”. Tudo se torna ainda mais nebuloso com as hormonas aos saltos, claro.

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