terça-feira, fevereiro 22, 2011

A ascenção da Duffy portuguesa


Foi por solicitação de uma amiga que decidi ouvir esta "artista-revelação", dona do disco mais vendido em Portugal já há algumas semanas (se a memória não me falha, até "já é disco de ouro").
O soul é rei, ouve-se bem quando explora as suas raízes, mas é de fugir quando se cruza com o pop comercial. Também há a enésima versão de "Be my Baby" e uma canção onde cruza o folk de Joanna Newsom com um tema de Cabaret! Só ouvindo para acreditar. O melhor momento do álbum é mesmo o single - "Busy (for me)". É óptimo.
Ninguém duvida que a bela Aurea tenha uma grande voz, mas faltou-lhe alguma coerência na escolha dos temas para organizar o seu primeiro disco e este "soul", que consta do "cartão-de-visita", não é nada que a Duffy já não tivesse irrepreensivelmente feito, também, no seu disco de estreia, em 2008.
Há muitos LPs que sobrevivem à custa de um single e este pode ser um bom exemplo disso, mas a outra verdade é que esse feito abona muito pouco a favor de um artista.

3 comentários:

zehtoh disse...

Tiraste-me as palavras da boca. Os primeiros dois ou três temas vão-se ouvindo sem problemas, quando começa a aventurar-se um pouco mais por outros sons é que uma pessoa se começa a interrogar "mas que raio?..." :s Ainda assim acho que vai ter algum sucesso, e não fosse o facto de ter surgido uns anos atrasada até poderia chamar mais a atenção, mesmo fora do país.

O Puto disse...

Também gosto muito do single mas nem tanto dos outros temas que ouvi. Já agora, o novo álbum da Duffy é de fugir. Que aconteceu à rapariga? Dentro do campo da soul recomendo o último do Aloe Blacc e o disco de estreia do veterano Charles Bradley (dei por ele numa visita ao site da recomendável Daptone).

agent disse...

É curioso porque não cheguei a ouvir o segundo disco da Duffy, pela razão inversa que mais me faz aproximar deste (da Aurea): detestei o single.
Gosto muito da voz Aloe Blacc e do seu LP do ano passado.
Assim que me passar a febre "Jamie Woon", debruçarei-me melhor, salvo seja, sobre Charles Bradley. :)