As ideias e o tipo
de jornalismo são de boa qualidade (como de resto a SIC já me tem habituado). A questão é que o objecto sobre o qual “Tá a Gravar” se
debruçou é péssimo, o que me provoca uma certa desconfiança sobre as
verdadeiras intenções de todo o trabalho realizado e mostrado durante todos os noticiários
da semana passada.
Está ainda por
aparecer uma telenovela feita em Portugal com um argumento verdadeiramente
surpreendente e entusiasmante e que não se torne, logo a partir das primeiras
dezenas de episódios, num “enche chouriços” proporcional às suas audiências. As
suas personagens são completamente irrealistas e superficiais e demasiado
presas a estereotipos. Tecnicamente, a qualidade da coisa também não cativa por
aí além, mas também, perante tal público-alvo e o tipo de produção intensiva,
não esperava eu outra coisa...
Portanto, quem
conhece bem o resultado final do que se fala ou falou no “Tá a Gravar” e depois
ouve (directamente da boca dos seus produtores, argumentistas, actores, ...) todas
aquelas inúmeras virtudes do produto em questão, só pode pensar que toda aquela
gente vive mesmo num mundo ficcionado.
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