(...) A conclusão essencial a tirar é que a crise descentralizou as campanhas eleitorais e que os candidatos locais podem ver nisso uma janela (ou cartaz) de oportunidades. Os soberbos catalogam os cartazes de "tesourinhos deprimentes". Mas estes podem ser a devolução aos candidatos da sua condição de nos convencerem. Por mais toscos que sejam os de hoje, são mais democráticos do que as resmas mandadas pela sede do partido, com fotos perfeitas e palavras de ordem não discutidas.
Eu não capto assim tantas diferenças entre os cartazes da cidade e da província. Vejo cartazes esteticamente feios ou horrorosos, acompanhados por slogans ainda piores, com pessoas mais ou menos competentes, mais ou menos ambiciosas, mais ou menos corruptas. Num dos cantos vejo a marca do patrocinador, que por acaso pode ser um símbolo de um partido, mas até podia/devia estar outra coisa qualquer do mesmo nível.
Que culpa temos nós de que o nosso poder local (e central) só capte gente "deprimente" e que lhes façam cartazes a condizer?
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