Somos todos pela liberdade e pluralidade de ideias. Há no entanto uma característica chamada bom senso que permite-nos racionalizar essas ideias para o que faz (o mínimo) sentido e o que não faz. Há jornais e revistas que não nasceram para fazer este tipo de avaliação, mas há outras que (felizmente) sim, mas de vez em quando descuidam-se. Quando um jornal decide publicar uma ideia racista de um cientista ou uma revista, como a Visão, decide publicar a opinião de uma terapeuta (e psicóloga) dizendo que a homossexualidade é uma doença (mas “tem recuperação”), não o fazem inocentemente, não “é só mais uma opinião”. Sabem que são declarações, no mínimo, polémicas e que isso permitir-lhes-á uma maior mediatização. E uma mediatização conseguida à custa de uma palermice, hoje em dia, é “sucesso” garantido num país desejoso por ouvir e discutir palermices. Sobretudo quando elas são ditas por gente, supostamente, culta e inteligente.
Acredito até que a Visão, outras revistas e jornais deste país possam necessitar de um pouco de polémica para “sobreviver” - num mercado cada vez mais competitivo, principalmente desde a entrada dos jornais gratuitos - como uma senhora doutora terapeuta precisará de uma certa publicidade para amealhar mais uns trocos de uns tontos, que recorram às suas consultas de recuperação de uma sexualidade “normal”.
O novo desafio dos directores que ainda ponderam com bom senso nas decisões acerca do conteúdo das suas publicações, é saber se será compensador publicar uma alarvidade, mesmo que tal lhes aumente as tiragens e se fale no assunto durante uma semana (no máximo), em detrimento da perda de algo que muito dificilmente será recuperável: a sua credibilidade e fidelidade dos leitores (ofendidos ou que simplesmente não façam da “palhaçada” um modo de leitura informativa). A não ser que também haja por aí algum(a) terapeuta ou psicólogo/a especialista neste tipo de recuperações e eu desconheça.
Acredito até que a Visão, outras revistas e jornais deste país possam necessitar de um pouco de polémica para “sobreviver” - num mercado cada vez mais competitivo, principalmente desde a entrada dos jornais gratuitos - como uma senhora doutora terapeuta precisará de uma certa publicidade para amealhar mais uns trocos de uns tontos, que recorram às suas consultas de recuperação de uma sexualidade “normal”.
O novo desafio dos directores que ainda ponderam com bom senso nas decisões acerca do conteúdo das suas publicações, é saber se será compensador publicar uma alarvidade, mesmo que tal lhes aumente as tiragens e se fale no assunto durante uma semana (no máximo), em detrimento da perda de algo que muito dificilmente será recuperável: a sua credibilidade e fidelidade dos leitores (ofendidos ou que simplesmente não façam da “palhaçada” um modo de leitura informativa). A não ser que também haja por aí algum(a) terapeuta ou psicólogo/a especialista neste tipo de recuperações e eu desconheça.
3 comentários:
"A estupidez é um complexo, um transtorno da identidade mental. Não é uma doença e provavelmente não tem recuperação, mesmo que vá às minhas consultas".
LOL!!!!
Well said!
Tal como prognostiquei: a Visão publicou, na sua última edição, três reclamações de leitores indignados com as palavras da terapeuta recuperadora de gays. Só não adivinhei que uma delas seria a minha.
Entretanto o Bruno fez isto:
http://pftv.sapo.pt/?v=QmBjg9SCzz1LGeKdKUZp
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