sábado, maio 22, 2010

Dizem que é uma espécie de apartheid, mas em bom


A cidade de Nova Iorque é um dos principais centros financeiros, comerciais e industriais do mundo. Somente na região metropolitana, empresas, lojas e agências governamentais fornecem cerca de sete milhões de postos de trabalho. Junta-se a estes, o facto de que é a cidade com a maior taxa de densidade populacional dos EUA. Por outro lado, também é a cidade que acolhe mais turistas: 45 milhões (em 2009) - mesmo como número anual, não deixa de impressionar. Aparentemente, pelo menos até à pouco tempo, os nova-iorquinos e os turistas “conviviam”, partilhando os mesmos espaços públicos, pacificamente.
A ruptura chegou quando se aperceberam que os passeios da 5th Avenue e da 22nd Street deixaram de ser suficientemente largas para serem frequentadas harmoniosamente por residentes/trabalhadores e turistas: os primeiros constantemente atrasados para as suas very important meetings e, oh fuck, lá estão mais uns casalinhos parados no meio do passeio a tirar fotos ou semi-perdidos de mapa na mão, quando não são excursões de japoneses... Alguém surgiu com uma ideia de os separar por uma linha e aplicaram-na, para já, às duas principais artérias da cidade.
Por mim, que não sou uma coisa nem serei outra (a curto prazo), tudo bem. Mas que estou curioso para saber até onde irá este novo ideal segregacionista dos tempos modernos, lá isso estou.

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