Por regra, mais
de 40% (em eleições Europeias essa percentagem sobe para os 60%) da população
votante em Portugal não desempenha esse direito cívico. Uma parte por puro desinteresse,
outra por decepção e desconfiança com a classe política em geral, mas todos, em sintonia,
irão passar os 4 anos seguintes a descartarem-se da responsabilidade de não
terem sido eles a colocar “aqueles aldrabões no poleiro”. Pois não, mas
contribuiram com o seu não-voto para que esses “aldrabões” tivessem mais
deputados, maiorias absolutas e controlarem todas as decisões que regem o seu
país.
Nas eleições do
próximo domingo vai ser assim novamente. Uma boa parte da população portuguesa
vai estar a ver a bola, a assobiar para o lado ou com a cabeça enterrada na
areia, em vez de contribuir para uma Assembleia mais heterogénea, mais democrática
e sobretudo com mais probabilidades de ter gente verdadeiramente independente e
que esteja disposta a fazer algo pelo país e não apenas aproveitar-se do
estatuto de deputado para progredir na carreira. Gente fora de ambientes dos “jotinhas”,
entre outros projectos de “tacho” tipicamente republicano e tão português. Até quando será este um dos nossos mais malditos fados?
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