sexta-feira, janeiro 12, 2007

Era uma vez...

... um jovem que já aos 19 anos andava atarefado a combater as tropas que a sua própria mãe tinha enviado, para tentar conquistar o condado que aquele protegia. Saiu vitorioso e após múltiplas conquistas, em 1139 tornou-se oficialmente no primeiro rei daquele condado. Passado uns “anitos”, uma estação de televisão, desse território já feito país, decide promover um concurso em que era solicitado ao seu “povo” que elegesse a maior figura nacional, o seu "grande herói” de todos os tempos.
Contados os votos, entre muita polémica e o show-off que sempre tem as suas consequências (para o bem ou para o mal), chegou-se a uma lista com 100 nomes. Nela estavam incluídos, entre muitos outros, o tal impulsionador da nação e um outro que a isolou do resto do mundo e que, ditaduramente, entre outros feitos pouco benéficos para o país, deixou uma triste e pesada herança social conservadora e estupidificante, que continuava a dar provas que estava bem viva no espírito de parte da população. E o melhor comprovativo disso estava ali diante dos olhos das pessoas: o seu nome constava daquela lista. Antes que se juntasse “à festa” um presidente (de uma região autónoma) mentecapto, um dirigente desportivo corrupto ou um “actor” dos “morangos com açúcar”, alguém teve o bom-senso de acabar de imediato com esta história macabra. Deliberando, convictamente, que este país não precisava tanto de um "herói", mas mais de um remédio eficaz contra a amnésia.

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