segunda-feira, janeiro 08, 2007

Pedro Abrunhosa e as Marias Arrependidas

Consta então que o Abrunhosa anda para aí a dar a volta à cabeça (e não só, se os relatos forem verdadeiros) das nossas jovens. Uma delas, mais arrependida, decidiu criar um blogue (http://denunciarabrunhosa.blogspot.com/) aonde denunciou - segundo a própria autora, este é mesmo um dos seus intuitos com a criação deste blogue, o outro é o de alertar, para que outras fãs, potenciais “vítimas”, não caem na mesma “cantiga” – todo o esquema de sedução que foi alvo. Entretanto, o seu blogue tornou-se conhecido e começaram a surgir mais queixas e “denúncias” por parte de outras jovens, de várias idades e de vários pontos do país. O único aspecto que é comum a todas as histórias é o seu esquema de engate. Começa tudo ainda no palco quando o autor de "E tu e eu o que havemos de fazer? Talvez foder, talvez foder..." escolhe a sua “vítima” e começa-lhe a mandar uns olhares (?), a apontar na sua direcção (?), a dedicar-lhe uma música (?), a mandar flores (?), ..., e depois do concerto, o encontro “escaldante” acaba mesmo por acontecer nos bastidores. Parece que a Polícia Judiciária já pegou no caso e penso que o facto de haver jovens menores envolvidas no assunto, ser a razão principal (também não estou a ver outra) do seu envolvimento. E foi só por isto que eu me dei ao trabalho de escrever isto. Afinal de contas, as nossas “teenagers” já têm idade ou não para ser responsáveis pelos seus actos e pelo o seu próprio corpo?
Ainda tenho algumas dúvidas, se por um lado acho que uma jovem nestas idades será sempre inocente, terá as suas ilusões e nunca entenderá a tempo, quais são as verdadeiras intenções de um adulto mais manhoso; por outro penso, e cada vez estou mais inclinado para esta posição, se elas já têm idade para criar blogues, trocar uns mails e sms com um marmelo qualquer armado em vedeta romântico e, acima de tudo, saber como seduzir (conscientemente) alguém, já terão idade também suficiente para saber o que fazem com o seu corpinho.

Não concordo com esta desculpabilização e desresponsabilização automática só porque ainda não se atingiu a idade adulta. Na minha perspectiva, acho que se deve incutir o sentido de responsabilidade pelos seus actos desde crianças, pois isso só lhes trará benefícios na vida adulta e durante a fase da adolescência, provavelmente, evitará situações traumatizantes ou não, como esta.
Outro caso: meia dúzia de jovens rufias decidem espancar e mandar para um poço um transexual (doente) sem abrigo só porque lhes apetece. Resultado: a morte do sem abrigo, alguns “puxões de orelhas” e praticamente todos os “putos” declarados inocentes. Porque os menores segundo o artigo X do código Y blabla... Saliento que não estamos propriamente a abordar o caso do roubo de pastilhas no supermercado ou da quebra do vidro da escola e digam-me, este tipo de penas responsabiliza-os exactamente de quê?

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