segunda-feira, julho 23, 2007

Não é preciso ser um génio

Há empresas incompetentes, como a TV Cabo, por exemplo, em que sempre temos a opção de não contratar os seus serviços. Há alternativas. Podemos ter a sorte de morar numa zona onde há outra empresa a prestar o mesmo tipo de serviços com melhor qualidade, o que não me parece ser nada difícil, ou então, simplesmente prescindir dos seus serviços e esperar por um milagre. No caso da Brisa a situação é relativamente diferente. Ok, temos sempre a opção de circular em estradas nacionais, mas podemos estar perante a situação de que uma estrada nacional não seja por si só uma alternativa a uma auto-estrada. É o caso de ela se situar entre dois populosos - e na periferia de mais outros dois - concelhos do distrito de Lisboa, ou seja, como acontece com a A5. A Marginal (N6) com as suas infinitas limitações não é, racionalizando bem, nem nunca foi nem nunca será, uma alternativa à A5.
O que se passou no início do passado fim-de-semana na A5 foi, no mínimo, vergonhoso. A Brisa decidiu, para proceder a obras de beneficiação do pavimento, encerrar, nesta auto-estrada, 4 das 6 faixas de rodagem entre Linda-a-Velha e o Estádio Nacional durante mais de 24 horas non-stop.
Não é preciso ser um génio para perceber o tipo de consequências que isto traz e para prever que tal provoque filas intermináveis num raio de muitos quilómetros adjacentes à área das obras durante o período diurno de uma auto-estrada de grande movimento, mesmo aos fins-de-semana, como é a A5. Porque não é preciso ser um génio para perceber que há alguns tipos de trabalhos que compensariam serem feitos, em vez de um dia, em duas ou mais noites. Não é preciso ser um génio para trabalhar na Brisa, mas em certos e determinados cargos, um pouco pouco mais de inteligência dava cá um jeitaço... Um pouco mais de “inteligência” do que aquela que se limita a manter a cobrança de portagens em situações tão débeis como esta, por exemplo. Uma “chico-espertice”, aliás, que pode ter os dias contados: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=250561&idCanal=11 .
Os residentes dos concelhos de Oeiras e Cascais, por esta e mais uma outra razão e, já agora, por pagarem as portagens por km mais caras deste país, quando morrerem deveriam ter uma entrada directa no céu. Com muito caviar e uma garrafinha de Dom Pérignon da Moët et Chandon, mas sem portagens!

1 comentário:

O Puto disse...

Esta deve ser uma questão que irrita qualquer utente das auto-estradas portuguesas. As obras da A1 são particularmente revoltantes.