Desde o ano em que a costa vicentina foi redescoberta pelos portugueses e passou a fazer parte dos principais destinos de férias de Agosto, ou pelo menos, a principal alternativa ao lotadíssimo Algarve, que associo o Festival Sudoeste a um evento mais social que musical. Mas não parece ser caso único.
Quase parece que foi ontem, mas foi em 1997, a primeira edição do Sudoeste. Memorável: jamais esquecerei, logo na primeira noite, o levantamento de pó inaugural deste festival ao som de "Song 2" dos Blur. Nesse momento pensei que este festival reunia sérias condições para ser o principal festival alternativo português. Bom na altura, também só havia o irregular Vilar de Mouros e o citadino Super Bock Super Rock, o suficiente para defini-los como verdadeiros luxos, comparativamente com a "balbúrdia escaldante e empoeirada" que é o cognome possível para a primeira edição do festival da Zambujeira.
Eu errei nas minhas previsões, o Sudoeste tornou-se no festival mainstream, por excelência. E a "Música no Coração" ganhou a aposta na isolada Herdade da Casa Branca e merece todos os louros provenientes desse facto, mas ainda assim não considero um grande feito. As belas praias da Zambujeira e arredores em sintonia com um dos primeiros fins-de-semana de férias de Agosto fazem uma fórmula mais que eficaz para transformar qualquer evento num sucesso - aliás, há que dizê-lo, uma fórmula idêntica já tinha funcionado no festival de Benicàssim, em Espanha.
Por acaso o nosso até tem The National e Kanye West mas podiam ser (só) quaisquer outros (David Guetta e Swedish House Mafia) e a enchente era a mesma.
Primeiro o lazer, depois a música. Esta característica não me parece tão nítida em alguns festivais que se realizam pela capital e arredores, mas ainda assim parece-me que até aqui este fenómeno tem vindo a desenvolver-se. Por exemplo, logo na primeira edição do Alive, só estranhei a presença de vários elementos do nosso jet set mais glamoroso, até perceber que a sua presença ali se devia menos às rimas dos Beastie Boys do que aos repórteres da Flash e da Caras (que também andavam por lá). Situação esta, repetida no ano passado, no SBSR, em nova noite de enchente, com Prince como cabeça de cartaz.
Pelo que se tem visto, safam-se o Paredes de Coura e o Milhões de Festa e pouco mais. Pelo menos até ao dia em que uma das "Pituxas" desta vida se perder de amores por uma praia fluvial nortenha e espalhar a boa nova pelo facebook.
Quase parece que foi ontem, mas foi em 1997, a primeira edição do Sudoeste. Memorável: jamais esquecerei, logo na primeira noite, o levantamento de pó inaugural deste festival ao som de "Song 2" dos Blur. Nesse momento pensei que este festival reunia sérias condições para ser o principal festival alternativo português. Bom na altura, também só havia o irregular Vilar de Mouros e o citadino Super Bock Super Rock, o suficiente para defini-los como verdadeiros luxos, comparativamente com a "balbúrdia escaldante e empoeirada" que é o cognome possível para a primeira edição do festival da Zambujeira.
Eu errei nas minhas previsões, o Sudoeste tornou-se no festival mainstream, por excelência. E a "Música no Coração" ganhou a aposta na isolada Herdade da Casa Branca e merece todos os louros provenientes desse facto, mas ainda assim não considero um grande feito. As belas praias da Zambujeira e arredores em sintonia com um dos primeiros fins-de-semana de férias de Agosto fazem uma fórmula mais que eficaz para transformar qualquer evento num sucesso - aliás, há que dizê-lo, uma fórmula idêntica já tinha funcionado no festival de Benicàssim, em Espanha.
Por acaso o nosso até tem The National e Kanye West mas podiam ser (só) quaisquer outros (David Guetta e Swedish House Mafia) e a enchente era a mesma.
Primeiro o lazer, depois a música. Esta característica não me parece tão nítida em alguns festivais que se realizam pela capital e arredores, mas ainda assim parece-me que até aqui este fenómeno tem vindo a desenvolver-se. Por exemplo, logo na primeira edição do Alive, só estranhei a presença de vários elementos do nosso jet set mais glamoroso, até perceber que a sua presença ali se devia menos às rimas dos Beastie Boys do que aos repórteres da Flash e da Caras (que também andavam por lá). Situação esta, repetida no ano passado, no SBSR, em nova noite de enchente, com Prince como cabeça de cartaz.
Pelo que se tem visto, safam-se o Paredes de Coura e o Milhões de Festa e pouco mais. Pelo menos até ao dia em que uma das "Pituxas" desta vida se perder de amores por uma praia fluvial nortenha e espalhar a boa nova pelo facebook.
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