sexta-feira, outubro 12, 2012

Porque o reset pode ser mesmo a melhor opção





De uma vez por todas, estes políticos da treta têm que entender que o aqui está em causa, não é o valor em si. Estes 210 mil euros ao lado dos milhões da dívida pública nacional são peanuts. Mas o que aqui está em causa é toda a questão moral que estes gastos levantam. Quando se pedem mais e mais sacrifícios aos portugueses, aparecerem estas notícias de mordomias que não se coadunam com o estado real do país. O que me faz pensar que esta gente vive claramente numa redoma de vidro, num outro patamar da realidade - claro que com os previlégios que têm, mais acomodados não se podem sentir e de lá tão pouco ninguém os tira. E sentem-se tão impunes que se dão ao luxo de mandar estas "piadas" (a do “Clio”, do Assis, é ainda melhor), esquecem-se é que há uma outra realidade que anda com muito pouca disposição para as receber. Repito: esta classe política está completamente desajustada da realidade, e são indivíduos como este Zorrinho, com a inteligência de um burrinho (sem ofensa para o animal irracional) e o oportunismo de um abutre, que nos governam, que não têm capacidade de entender o poder e as consequências das suas palavras e que só vem aprofundar ainda mais a divisão entre o povo e “eles”.

Se alguém ainda tinha dúvidas, aqui estão as provas. Estes políticos não prestam, são medíocres e sem vestígios de espinha vertebral. Se não fosse a grave situação económica em que o país se encontra (e das consequências ainda piores que poderiam advir de tal medida) diria que a solução estaria na dissolução da Assembleia da República feita pacíficamente pelo povo (quem mais poderia ser?) - coisa que certamente dar-me-ia o mesmo prazer que aquele que um dono do rabo tremido e requentado sente a bordo de um BMW 5 pago pelos “outros”... Ou, vá lá, de um Audi A5.
Era só isso. Era fazer um reset ao sistema político, criar uma comissão parlamentar do povo, onde fossem estabelecidas as bases para a criação de um novo sistema pluralista, assente na verdade, na transparência, na justiça, na equidade e no equilíbrio. Tudo assim, bonitinho e extra-partidário, constituído por indivíduos íntegros e de currículo não instantâneo, com uma verdadeira vontade de servir e não de se servir do sistema.

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