A reportagem
debruça-se quase exclusivamente sobre a dura vida de um ex-empresário a poucos
dias/horas de fechar a sua empresa... Mas as suas funcionárias também sabem
perfeitamente o que é o "stress" de viver uma situação limite.
Ninguém reclama logo "as suas horas" por acaso; ninguém come o seu
almoço de marmita, na rua, sentado num tijolo, por acaso.
É legítimo que ele tenha pedido a sua dispensa por duas ou três semanas (sem salário) com uma possibilidade de voltarem a serem chamadas depois desse prazo... Tal como é legítimo que elas não aceitem tais condições e prefiram o "fundo de desemprego". As promessas nunca mataram a fome a ninguém.
É legítimo que ele tenha pedido a sua dispensa por duas ou três semanas (sem salário) com uma possibilidade de voltarem a serem chamadas depois desse prazo... Tal como é legítimo que elas não aceitem tais condições e prefiram o "fundo de desemprego". As promessas nunca mataram a fome a ninguém.
Mas não era sobre
o tema da reportagem que eu queria escrever. Era só sobre a reportagem.
Tecnicamente não
há outro canal de televisão nacional a fazer reportagens a este nível.
Podiam-se ter exclusivamente preocupado em passar a mensagem, com um desabafo aqui,
uma lamentação ali, uma declaração polémica acolá. Não, nota-se que há, sobretudo naquela
equipa técnica, outras prioridades. Montagem: a ordenação e o ajuste dos planos são
perfeitos (a sequência inicial do jogo de sons na alfaiataria está fabulosa); o
som, vai pelo mesmo caminho; a fotografia: óptimos enquadramentos; o grafismo, bonito e
vanguardista; ...
Em suma, não há assim tantas diferenças entre "isto" e qualquer documentário independente premiado no Festival de Sundance.
Em suma, não há assim tantas diferenças entre "isto" e qualquer documentário independente premiado no Festival de Sundance.
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