As causas do mais
recente flagelo numa discoteca de Santa Maria, Rio Grande do Sul (Brasil) não
são muito diferentes das que provocaram idênticas tragédias em Buenos Aires (Argentina), em Perm(Rússia) ou em Rhode Island (EUA). Não é preciso ser especialista da temática para
concluir que fazer "experiências" pirotécnicas em espaços fechados só pode dar “besteira”, no
entanto parece que os mesmos erros sucedem-se. Nos próximos dias,
certamente, muito falar-se-á das questões de segurança no locais de diversão
nocturna e depois tudo ficará na mesma e daqui a uns tempos uma nova catástrofe,
de maiores ou menores dimensões, ocorrerá. Ainda podíamos descartar com a
desculpa de não haver imagens daqueles momentos infernais para suportar os “estudos”,
mas há. E são deveras explícitas.
O incêndio que
destruiu o "nightclub" The Station (Rhode Island), há praticamente
dez anos, está documentado no Youtube. Talvez o que mais me surpreenda nesse
vídeo seja a rapidez com que tudo aconteceu, como prova o facto da filmagem não
ter interrupções. Por momentos lembra um daqueles filmes "low budget"
feito de suposto "video footage" que esgotam sessões de cinema por todo
lado. Parece que afinal não é preciso passar por hollywood para vermos um filme de terror "realista", filmado "amadoramente" e com cenas muito angustiantes.
Até diria que
quase tudo neste "thriller" é perfeito (no sentido cinematográfico),
não fosse ele real e ter revelado uma enorme tragédia. Existe essa imagem simbólica, em
que o "realizador" pára e pousa a câmara. Ouve-se uns pequenos
suspiros e desabafos... Mas depois opta por continuar. Essa pausa também deve
ter servido para ele se conscientalizar da importância das imagens que tinha
acabado de captar. No fim de contas, pergunto eu, para quê?
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