Quanto menos se souber sobre este filme antes de o ver, melhor. O sucesso
da excelente experiência que pode ser a sua visualização passa sobretudo por
abordá-lo na perspectiva mais pura e inocente. Como de uma criança (Jack) que celebra
o seu quinto aniversário com um radiante despertar para mais um dia, como todos os anteriores:
fechado num quarto com a sua mãe, desalumiado,
modesto e limitado, mas ainda com espaço para uma cama, uma banheira, duas
cadeiras, um roupeiro e uma pequena televisão, onde ele passa algumas horas
do dia a ver desenhos animados, como “Dora, a Exploradora” (ironia das
ironias).
“Room”, a segunda aventura do irlandês Lenny Abrahamson (o mesmo criador de
“Frank”) por terras norte-americanas, teve estreia por cá na mais recente edição
do Lisbon & Estoril Film Festival e, se não acontecer um(a)
surpresa/milagre via Globos de Ouro/Óscares, só poderá ser visto pelo restante
público português só lá para a primavera do próximo ano. Triste sina para uma
tão jubilosa, bela e inteligente (qb) obra
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