“Olá, estás bom? Era só para avisar que esta noite devo chegar mais tarde a casa. Podes pôr o lixo lá fora? Amanhã compenso-te.”
Mensagem escrita recebida, ontem à noite, no meu telemóvel.
Mensagem escrita recebida, ontem à noite, no meu telemóvel.
Antes que tais palavras dêem azo a más interpretações, eu passo a explicar: este ano calhou-me a vez de ser co-administrador do condomínio do prédio onde vivo, e partilho tal função com o meu vizinho do primeiro andar (esquerdo). A mensagem era dele, pois calhava-lhe a tarefa de colocar o caixote de lixo na rua. Tarefa esta que nem está no “top ten” das tarefas mais chatinhas deste “importante” cargo. Assim sendo, para os mais atónitos ainda digo: nem queiram conhecer as piores!
Já vou começando a estar habituado a sms deste género provenientes deste meu vizinho e “sócio” da administração do prédio. É que o pobre rapaz, para além de ser co-administrador do prédio nos “tempos livres”, também dá uma “mãozinha” (e com certeza, mais qualquer coisa, para o mal de alguns e o bem de outros) na "força de elite" da nossa GNR e faz uns “biscates” na secção de “minas e armadilhas”. Como de vez em quando alguém apetece-lhe ligar para o aeroporto confessando que terá deixado por lá uma mala com um conteúdo digamos... explosivo, faz com que o “desgraçado” tenha que ir até lá indagar da situação. Depois, é claro, torna-se impossível cumprir as responsabilidades que assumiu perante os outros condóminos na última reunião - que ficaram lavradas em acta, registada (esclareça-se) - e estou cá eu para o substituir! Entretanto, claro, no dia seguinte ele compensa-me... Isto é giro: “ai e tal faz-me isto que eu depois faço-te aquilo”. Como diz uma amiga minha brasileira: “parece coisa de casal”.
Estávamos nós, eu e o meu vizinho-policia-calmeirão-co-administrador, uma manhã destas, no banco para fazer a mudança de assinaturas da conta do condomínio, quando nos é informado ao balcão, depois de mais de um quarto de hora de fila, que tal teria que ser tratado com “a colega que está ali sentada, da secção de empresas”. Também é gira esta segregação: os “pobrezinhos” dos depósitos de 10 euros ou a gente das cadernetas por actualizar para um lado (que é como quem diz, para a fila), os cromos das empresas – mesmo que seja um mero condomínio de um prédio – para o outro (que é como quem diz, atendimento rápido e personalizado, sentadinhos numa confortável cadeira). Dirigimo-nos à tal “colega”, cumprimentamo-nos e sentamo-nos à sua frente, entregando o livro de actas. Ela faz uma breve leitura da última acta, sorri e pergunta-nos:
- Então, vêm fazer a mudança dos titulares da conta de condomínio?
E eu, rezingão como costumo andar por estas horas da manhã e depois do tempo perdido numa fila desnecessária, lembrando-me do comentário da minha amiga, fiquei com alguma vontade de responder:
- Não, isso que acabou de ler é o registo do nosso casamento e viemos pedir um empréstimo para comprar casa e para pagar a viagem de lua-de-mel à Nova Zelândia.
Já vou começando a estar habituado a sms deste género provenientes deste meu vizinho e “sócio” da administração do prédio. É que o pobre rapaz, para além de ser co-administrador do prédio nos “tempos livres”, também dá uma “mãozinha” (e com certeza, mais qualquer coisa, para o mal de alguns e o bem de outros) na "força de elite" da nossa GNR e faz uns “biscates” na secção de “minas e armadilhas”. Como de vez em quando alguém apetece-lhe ligar para o aeroporto confessando que terá deixado por lá uma mala com um conteúdo digamos... explosivo, faz com que o “desgraçado” tenha que ir até lá indagar da situação. Depois, é claro, torna-se impossível cumprir as responsabilidades que assumiu perante os outros condóminos na última reunião - que ficaram lavradas em acta, registada (esclareça-se) - e estou cá eu para o substituir! Entretanto, claro, no dia seguinte ele compensa-me... Isto é giro: “ai e tal faz-me isto que eu depois faço-te aquilo”. Como diz uma amiga minha brasileira: “parece coisa de casal”.
Estávamos nós, eu e o meu vizinho-policia-calmeirão-co-administrador, uma manhã destas, no banco para fazer a mudança de assinaturas da conta do condomínio, quando nos é informado ao balcão, depois de mais de um quarto de hora de fila, que tal teria que ser tratado com “a colega que está ali sentada, da secção de empresas”. Também é gira esta segregação: os “pobrezinhos” dos depósitos de 10 euros ou a gente das cadernetas por actualizar para um lado (que é como quem diz, para a fila), os cromos das empresas – mesmo que seja um mero condomínio de um prédio – para o outro (que é como quem diz, atendimento rápido e personalizado, sentadinhos numa confortável cadeira). Dirigimo-nos à tal “colega”, cumprimentamo-nos e sentamo-nos à sua frente, entregando o livro de actas. Ela faz uma breve leitura da última acta, sorri e pergunta-nos:
- Então, vêm fazer a mudança dos titulares da conta de condomínio?
E eu, rezingão como costumo andar por estas horas da manhã e depois do tempo perdido numa fila desnecessária, lembrando-me do comentário da minha amiga, fiquei com alguma vontade de responder:
- Não, isso que acabou de ler é o registo do nosso casamento e viemos pedir um empréstimo para comprar casa e para pagar a viagem de lua-de-mel à Nova Zelândia.
1 comentário:
Ah..Ah...Ah... gostei dessa, para tratar do mesmissimo assunto, eu e o meu co, aqui na minha terrinha, foi ao contrario, eu é que sugeri ser atendido no balcão das empresas que estava vazio, mas tive de aguentar na fila dos pobrezinhos, quase que aposto que falamos do balcao CGD, lol...
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