A Nissan depara-se com um fenómeno anormal de procura de um veículo para o qual não estava minimamente preparada. Não estamos a falar nem de um típico veículo ligeiro, nem de um jipe, nem de um SUV… é uma mistura disto tudo! “O Melhor de vários mundos”, dizem eles. O Qashqai é um carro versátil, não catalogável, que não deixa ninguém indiferente e que acaba por abranger vários tipos de potenciais compradores. E o brilhante anúncio do “carro-skate” também marca a diferença.
Este carro tem tudo para ser um sucesso estrondoso (pelo menos enquanto não tiver concorrência) e ainda por cima tem um preço que não nos faz desaparecer do stand à mesma velocidade com que o Mourinho muda de ideias se quer ou não ficar no Chelsea. Está longe de ser um carro barato, principalmente se compararmos com os preços praticados em Espanha, mas, digamos, para o carro que é e o motor e o equipamento que tem, é menos caro. No entanto sejamos sinceros, a Nissan é uma marca nipónica bastante conceituada mas não é uma marca de “volumes”. Acomodou-se a vender veículos para nichos de mercado bastante específicos e as suas últimas apostas têm sido exclusivamente para veículos 4X4, tinha que vir agora uma espécie de carro TT, com um nome, na mesma proporção, esquisito e chique, “Cascai(s)”, quebrar-lhes a rotina.
Quer queiramos, quer não, este é o modelo mais importante que a Nissan lança nos últimos 10 anos.
O meu cunhado, vendedor da marca, disse-me que neste momento os pedidos de encomenda são tantos – para o habitual volume da Nissan – que o novo sistema informático que fornece as previsões de entregas entrou em colapso e deixou de dar dados minimamente coerentes. De qualquer forma, ele, disse-me que já houve alguém que aceitou encomendar um Qashqai com uma possível entrega para Setembro (!?). Para mim ainda mais difícil de entender que alguém aceite esperar 6 meses pela entrega de um carro, é compreender como nos nossos tempos, com tantos estudos de mercado e técnicas de produção tão desenvolvidas, uma multinacional que já anda neste negócio há tantos anos, não consegue responder eficazmente à procura de um novo modelo.
Também poderemos estar perante uma situação denominada na gíria dos vendedores por, e perdoem-me a expressão, “tesão do mijo” – a procura desenfreada no momento do lançamento dos veículos – mas há quem garanta que se trata de uma “erecção” demasiado prolongada para ser um mero fenómeno pontual.
Para quem acha que um carro destes – mais alto e pesado que os “ditos” normais – perde em aerodinâmica, estabilidade e potência (mesmo só com os 106 cavalos, nas versões com motor 1.5 dCi), nomeadamente nas curvas, sugiro que faça um test-drive. Quem já tenha conduzido este ou um Scenic ou mesmo uma Megane (penso que o motor, se não é o mesmo, deve ser muito semelhante) saberá certamente do que falo.
Existem 3 modelos: o Vísia, o Acenta e o Tekna. Do primeiro para o último, a diferença está nos equipamentos de série e opcionais, e, claro, nos preços: pode ir dos 23.949 euros, o Vísia 4X2 1.6 a gasolina, até ao Tekna 4X4 com um motor a diesel 2.0 que custa no mínimo 36.390 euros (preços de catálogo) – sem querer ferir susceptibilidades e provocar a frustração a alguém, acrescento ainda que este modelo 4X4 mais completo pode ser adquirido pelos espanhóis, mais ou menos, ao mesmo preço que um português compra um Vísia, sem extras. Informo, também, que a partir do modelo Acenta é possível encomendar este carro com tecto panorâmico e como já estive dentro de um, posso garantir-vos: é de sonho.
Mas vamos ao mais importante: a utilidade. Para que serve então este crossover, quase SUV quase jipe, se não pode sair das estradas? Serve para o resto e servirá para embelezar o nosso parque automóvel. Nem que seja para “combater” esta “praga” de carrinhas “familiares” francesas e alemãs que se vendem como pãezinhos quentes por cá. Fica então provado que a escolha de um carro, pode estar por vezes muito mais condicionada por “emoções” do que por “razões”. Como quase tudo nesta vida.
Este carro tem tudo para ser um sucesso estrondoso (pelo menos enquanto não tiver concorrência) e ainda por cima tem um preço que não nos faz desaparecer do stand à mesma velocidade com que o Mourinho muda de ideias se quer ou não ficar no Chelsea. Está longe de ser um carro barato, principalmente se compararmos com os preços praticados em Espanha, mas, digamos, para o carro que é e o motor e o equipamento que tem, é menos caro. No entanto sejamos sinceros, a Nissan é uma marca nipónica bastante conceituada mas não é uma marca de “volumes”. Acomodou-se a vender veículos para nichos de mercado bastante específicos e as suas últimas apostas têm sido exclusivamente para veículos 4X4, tinha que vir agora uma espécie de carro TT, com um nome, na mesma proporção, esquisito e chique, “Cascai(s)”, quebrar-lhes a rotina.
Quer queiramos, quer não, este é o modelo mais importante que a Nissan lança nos últimos 10 anos.
O meu cunhado, vendedor da marca, disse-me que neste momento os pedidos de encomenda são tantos – para o habitual volume da Nissan – que o novo sistema informático que fornece as previsões de entregas entrou em colapso e deixou de dar dados minimamente coerentes. De qualquer forma, ele, disse-me que já houve alguém que aceitou encomendar um Qashqai com uma possível entrega para Setembro (!?). Para mim ainda mais difícil de entender que alguém aceite esperar 6 meses pela entrega de um carro, é compreender como nos nossos tempos, com tantos estudos de mercado e técnicas de produção tão desenvolvidas, uma multinacional que já anda neste negócio há tantos anos, não consegue responder eficazmente à procura de um novo modelo.
Também poderemos estar perante uma situação denominada na gíria dos vendedores por, e perdoem-me a expressão, “tesão do mijo” – a procura desenfreada no momento do lançamento dos veículos – mas há quem garanta que se trata de uma “erecção” demasiado prolongada para ser um mero fenómeno pontual.
Para quem acha que um carro destes – mais alto e pesado que os “ditos” normais – perde em aerodinâmica, estabilidade e potência (mesmo só com os 106 cavalos, nas versões com motor 1.5 dCi), nomeadamente nas curvas, sugiro que faça um test-drive. Quem já tenha conduzido este ou um Scenic ou mesmo uma Megane (penso que o motor, se não é o mesmo, deve ser muito semelhante) saberá certamente do que falo.
Existem 3 modelos: o Vísia, o Acenta e o Tekna. Do primeiro para o último, a diferença está nos equipamentos de série e opcionais, e, claro, nos preços: pode ir dos 23.949 euros, o Vísia 4X2 1.6 a gasolina, até ao Tekna 4X4 com um motor a diesel 2.0 que custa no mínimo 36.390 euros (preços de catálogo) – sem querer ferir susceptibilidades e provocar a frustração a alguém, acrescento ainda que este modelo 4X4 mais completo pode ser adquirido pelos espanhóis, mais ou menos, ao mesmo preço que um português compra um Vísia, sem extras. Informo, também, que a partir do modelo Acenta é possível encomendar este carro com tecto panorâmico e como já estive dentro de um, posso garantir-vos: é de sonho.
Mas vamos ao mais importante: a utilidade. Para que serve então este crossover, quase SUV quase jipe, se não pode sair das estradas? Serve para o resto e servirá para embelezar o nosso parque automóvel. Nem que seja para “combater” esta “praga” de carrinhas “familiares” francesas e alemãs que se vendem como pãezinhos quentes por cá. Fica então provado que a escolha de um carro, pode estar por vezes muito mais condicionada por “emoções” do que por “razões”. Como quase tudo nesta vida.
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