segunda-feira, janeiro 14, 2008

Chatisse contra-ataca

Alguém já kurtiu com o pai? Vamos tclr e quem sabe podemos trocar de pai.

Quando a perversão começa na nossa própria casa torna-se sempre mais complicado entender os seus limites. Isto agrava-se quando está envolvido alguém que nem consciência tem do que faz ou do que lhe pedem para fazer.
Esta pequena mensagem foi enviada para um dos chats do teletexto da SIC. Um chat que foi encerrado há mais de um ano atrás, não tanto por motivos relacionados com esses tais limites mas mais pela linguagem utilizada nestas mensagens. Para a autoridade que o regula, mais grave que haver claríssimos casos de pedofilia - que eu em tempos denunciei por aqui - ou incesto (como pode ser o caso), era estar a ser usado, para tal, “palavrões”. Depois reabriram-no, estipulando certas regras e impondo uma contenção na linguagem nas mensagens a publicar. Mas depressa se aperceberam que, por vezes, é difícil ao ser humano exprimir os seus mais íntimos desejos e vontades sexuais através de uma linguagem cuidada e sem uma ou outra ordinarice pelo meio. Não é tanto uma questão educativa, poderá ser mais uma questão racional, penso eu. Provavelmente, também, o negócio deixou de render o que rendia e acabou mesmo por se levantar o embargo à sms obscena. Ou seja, actualmente, voltamos aos primórdios e já tudo é permitido. Menos o bom senso.
Para quem acha que a sexualidade – nomeadamente, a virtual - dos portugueses é demasiado homogénea e, sobretudo, pouco criativa e original, aconselho, desde já, uma visita a este “mundo”. É verdade que são fantasias que cada vez menos me surpreendem, ou eu não soubesse que as tradições e bons costumes, por norma, andam sempre de mãos dadas com a perversão em última escala e a mais dissimulada. No entanto não me deixo de espantar com a naturalidade com que são expostas publicamente, sobretudo porque não são feitas de forma anónima e parece que, até há algumas que, são legalmente condenáveis. Ninguém diria...

2 comentários:

Anónimo disse...

em 1º lugar nao percebi muito bem uma coisa...

as mensagens eram mandadas para um centro de mensagens e posteriormente colacadas a vista d todos?!

(digamos k sim)

as sms obscuras e perversas nao têm mal, mas não são para andar a publicar!!! se alguem deseja mandar alguma que mande em privado, não em publico aos olhos de todos...

agora relações de incesto ou pedofilia... imaginemos que uma rapariga de 15 anos namora com um rapaz de 18!!! é pedofilia?! mesmo eles gostando um do outro? podera estragar a vida ao rapaz?


gostava que me pudesses dar resposta... aqui mesmo!!!

bigada =)

agent disse...

Ana, não estou por dentro da operacionalidade da “coisa”, mas sei que todas as mensagens são filtradas por um qualquer sistema informático. Houve um tal período em que havia um critério para bloquear mensagens e consequentemente aparecia uma mensagem na respectiva página a solicitar para que se consultasse as regras antes de enviar qualquer mensagem. Hoje em dia, isso já não existe. Provavelmente, só as mensagens com os tais “palavrões” poderão não passar. No entanto, e como deves calcular, os “chatinhos” arranjam várias formas de contornar esse problema: ora separando as palavras, ora usando pontuação entre as letras dessa palavra censurada.
Quanto à tua outra questão, eu contraponho com outra: esse rapaz de 18 anos SÓ se atraiu pela teenager de 15 pela sua imaturidade e inocência? Independentemente de toda - crime, desordem mental, desvio sexual... - a classificação que lhe é dada, a pedofilia é um acto obsessivo. E um acto pressupõe uma intenção. Essa intenção de se relacionar sexualmente com alguém que ainda não atingiu a maioridade, tanto pode ser um acto inocente (e quase inconsciente) entre jovens de idades aproximadas (o exemplo que apresentaste), como uma obsessão por pessoas só daquela faixa etária. Na minha perspectiva, há uma diferença abismal entre estas duas intenções. (E, das intenções, aos actos o passo é muito curto.)
Percebeste o meu ponto de vista?