quinta-feira, agosto 07, 2008

Férias não são para quem quer...

Agosto chegou discretamente.
De manhã passo pelas bombas de gasolina, associadas a uma conhecida cadeia de hipermercados nacional, que (praticamente) desde que abriram mantêm a liderança em matéria de preços (dos combustíveis) mais baixos no distrito de Lisboa e continuo a ver as habituais longas filas à volta da rotunda que lhes é vizinha.
Ao final da tarde passo por um supermercado que também é conhecido por praticar preços imbatíveis e demoro o tempo “normal” para fazer o pagamento das minhas compras – de onde vem este triste infortúnio de escolher sempre a fila que demora mais tempo a ser aliviada? Há sempre alguém que se lembra que lhe falta qualquer coisa, ou porque a operadora de caixa se esqueceu do "código do melão", ou porque enganou-se e pede uma anulação que só pode ser feito pelo “chefe de loja”, que por sua vez demora uma “eternidade” a chegar, pois “está no armazém a fazer contagens”...
E à noite, como noutro momento deste longo dia, noto uma acentuada redução de automóveis nas estradas perto de casa. No entanto, nas suas extremidades, vejo as pessoas de sempre a fazerem a sua caminhada nocturna, uma espécie de desporto pedestre dos que poupam na mensalidade do ginásio. Diz que foi o “senhor doutor da TV” que aconselhou e tal “prescrição” virou moda em dois tempos. Só a moderação nos enchidos e doces é que não pega!
Há uma certa pobreza que, para além de outras coisas, merecia umas boas férias.

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