“Na altura foram fixados objectivos que todos reconhecem como ambiciosos e difíceis de entregar e foram claramente ultrapassados. Senão tivéssemos atingido esses objectivos, a pergunta [sobre o salário] nem se colocaria, e isso é que é pena”, acrescentou o presidente da EDP.
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De acordo com informação enviada pela empresa à Comissão do Mercado e Valores Mobiliários, António Mexia recebeu no ano passado 700 mil euros em salários fixos e 600 mil euros em remuneração variável (que varia segundo objectivos atingidos).
A estes valores junta-se um prémio plurianual de mandato de 1,8 milhões de euros, que entra nas contas de 2009 e que corresponde a 600 mil euros por cada um dos três anos.
Assim, o CEO da eléctrica portuguesa irá receber este ano um total de 3,1 milhões de euros, quando a assembleia-geral de accionistas, marcada para 16 de Abril, aprovar as contas de 2009.
Bom, não seja por isso: no contexto nacional, esses "infímos" 700 mil euros de salário fixo anual continuam a ser inaceitáveis. Reconheço-lhe um papel fulcral na internacionalização da EDP, transformando-a numa das maiores multinacionais portuguesas, mas em que parte isso justifica 3,1 milhões de remunerações? Ou, reformulando a questão, que parte desses objectivos alcançados não são à custa da manutenção das tarifas mais caras da europa, da pré-histórica cobrança do "aluguer do contador", da concentração de preços com uma concorrência insignificante (Endesa), ...?
*Ou melhor, para os accionistas da EDP
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