domingo, novembro 21, 2010

Porquê ter, se posso estar?

Há pessoas que só se cruzam uma única vez na vida comigo. Há momentos desses tão especiais que fico quase obcecadamente a desejar que se voltem a repetir. Regresso ao mesmo local, à mesma hora, no dia seguinte, dois dias depois, na semana seguinte... Até que um dia pode mesmo acontecer mas nunca será igual.

De onde vem essa obsessão em forma de desejo de te voltar a ver? Vem do ter, porque já não chega ver. Daqui à paixão (ou ao sexo) vai um passo demasiado curto. Tão curto que irremediavelmente é confundido com o meu sentido de posse. Mas porquê ter? Se há tantas outras formas de estar bem contigo. E eu estive tão bem contigo assim, senão jamais te diria "foi um prazer...".

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