No que toca a programação medíocre, a TVI nunca pode ficar com uma palavra por dizer. Para além dos “Morangos”, aquele canal aposta agora na “Doce Fugitiva” para tentar captar algum do histerismo juvenil que a “Floribela” está a provocar no canal concorrente.
Não faço a mínima ideia qual o assunto retratado nesta nova novela da TV do Moniz, mas pelo título, aparentemente, parece-me acertado um dos adjectivos (doce). O outro – fugitiva -, tanto quanto sei, como a moça anda “enrolada” com um dos moços dos D’zrt, às tantas pode ser só uma consequência se aquele decide cantar-lhe uma serenata. Mas isto sou só eu a dar mais ideias aos guionistas destas novelas, que, sejamos sinceros, nem será assim tão disparatada, se tivermos em consideração o que já escrevem actualmente.
As diferenças entre as protagonistas das duas novelas do horário nobre das nossas TV’s privadas parece-me mais que óbvia: uma é boazinha e a outra é boazona! Mas será só isto? Claro que não. Se alguém se lembra de fazer merchandising, como já acontece com a “Florichelas” de Carnaxide, à custa do guarda-roupa da personagem principal, passaremos a ver as nossas criancinhas a deixar as suas saias e tops com florezinhas no armário e a levar para a escola uma vestimenta de freira? Parece-me que os produtores do programa têm aqui uma óbvia limitação que urge resolver. Para além de que podem começar a pensar na forma como irão organizar as sessões de autógrafos nos centros comerciais, pois certamente o caos vai-se instalar na procura dos primeiros beijinhos. Não propriamente entre os miúdos, mas entre os próprios pais.
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