quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Nina

Tenho uma grande amiga que por vezes partilha comigo as suas amarguras do coração. Ninguém diz que por trás daquela rapariga extrovertida e bem-humorada, pode estar alguém tão frágil e emocionalmente carente. Só mesmo quem conheça as suas tristes histórias. Namorados, namoradas, casos e descasos.
Recentemente atraiu-se por uma colega de trabalho, que por sua vez já era comprometida. Tal atracção podia não ter passado disso, se não tivesse sido correspondida. Restava-lhe a consciência de que podia estar a mais e conseguir sair a tempo, ilesa, o quanto antes deste “jogo”. Mas será fácil contornar as suas regras quando o coração assume o papel de árbitro? Sinceramente, não sei, mas não consigo vislumbrar-lhe um prognóstico favorável: os trios amorosos nunca deram bons resultados para quem entra no “jogo” quando ele já vai a meio e é jogado, pelos restantes jogadores, com regras viciadas.
Não gosto de a ver triste, não gosto de a ver sofrer por ainda não ter encontrado alguém que soubesse valorizar e respeitar os seus sentimentos. Gostava, antes, que ela encontrasse um justo merecedor dos seus carinhos e que continuasse a acreditar nessa enorme capacidade de amar que, e apesar de um passado menos favorável, ainda lhe vai apoderando da alma.

8 comentários:

O Puto disse...

Curiosamente, o Jens Lekman tem uma música dedicada a uma amiga chamada Nina, por quem nutria outros sentimentos, mas ela está apaixonada por outra rapariga. Nesse tema, ele descreve as peripécias de um episódio junto da família dela, quando ele se faz passar por namorado dela.

agent disse...

Hey! Obrigadão pela dica! Gostei dos últimos dois discos desse senhor e vou já procurar essa música.

Anónimo disse...

Pouca sorte essa da tua amiga!!
Quem joga este tipo de jogos não costuma sair vitorioso...e nem se pode esperar que se façam substituições a meio...mas acho que ela está habituada a perder...pese embora goste de "arriscar" jogar nem que seja numa recta final.
Também lhe desejo felicidades!

Olinda disse...

O 3 é um número ímpar: diz-lhe. Depois abraça-a. :-)

Menina disse...

Como a compreendo.
Vivo uma situacao muito semelhante.
O pior e que mesmo estando lucida e sabendo de antemao que e um jogo perigoso e que provavelmente vou sair a perder, sinto-me ao mesmo tempo impotente, porque sem querer, vao-se desenvolvendo sentimentos.

Espero que nenhuma de nos sofra mais do que um sofrimento bom e erotico...

Ja tirei nota do nome da sugestao do Puto.
Ate agora nunca me decepcionou.

bjs
menina

Anónimo disse...

Olá "menina"!
Não sei se fico contente por saber que tb tens uma história parecida mas pelo menos entendes o que quero possa sentir certo? (é que eu sou a Nina da história!!)
Espero mesmo que seja um sofrimento bom e erótico...e que tivesse um "final feliz" para ambas!

Anónimo disse...

Desculpa estar a utilizar o teu bolg para comentar mas...a "menina" não tem o blog disponível!!

Bom, entretanto, Sinhã, deixa-me dizer que foram brutais essas palavras (eu sou a Nina do post). 3 é, de facto, um número ímpar...e depois de o saber, é muito bom receber um abraço! :)

Menina disse...

A menina fechou o blog... porque se tornou no seu diario... e porque a situacao em que se meteu, se descoberta, de certeza nao seria bonito.

Assim usa ali o seu escape, mas nao deixa de visitar os blogues mais generalistas e de que gosta de ler.

Nina,
Espero que a tua historia da melhor forma possivel para ti.


Aquele abraco!
menina