“Gomorra” já estreou por cá há várias semanas, mas só hoje me apeteceu falar dele. Não que ele não tivesse merecido qualquer referência antes, pelo contrário: estamos perante um dos melhores filmes deste ano.
Para além de tudo o que se pode ver em “Gomorra”, fica sobretudo a ideia do “glamour” mafioso levado ao extremo - que o cinema do passado ajudou a sustentar - junto de algumas comunidades em Nápoles ou na Sicília. Um “glamour” orgulhosamente copiado e retratado por algumas personagens deste filme. É por isso que este filme revela e reforça o poder da imagem. Sobretudo depois de termos ficado a saber que ele é inspirado num livro, com o mesmo nome, cujo autor recebeu várias ameaças de morte e por tal reside em local secreto, vigiado por uma escolta policial permanente. Contrapondo com o facto de o realizador que transpôs a obra para cinema, para além de não ter recebido qualquer forma de contestação, ter sido muito bem recebido pela povoação retratada na história (do livro, ou do filme).
Não dá que pensar quando um ser humano numa expressão artística revê-se como um assassino e noutra como um herói?
Não dá que pensar quando um ser humano numa expressão artística revê-se como um assassino e noutra como um herói?
1 comentário:
Uma imagem vale mais que mil palavras, e este é um dos efeitos perversos.
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