A magia de certos lugares recônditos reside na forma como eles nos dão essa maravilhosa sensação de ocultar eternamente todos os momentos que por eles passam. São momentos transformados em segredos, de um tempo que pára naquele espaço, num espaço que parou no tempo.
Para encontrar esses lugares é preciso ter algum espírito de aventura… E alguma genica nas pernas. O acesso deste paraíso bucólico a poucos quilómetros da Nazaré, faz-se por uma longa escadaria (quase) natural (e quase) infinita que nos vai transmitindo, ao longo do seu percurso, a sensação de estarmos prestes a encontrar o núcleo da terra. A descida termina numa pequena ponte improvisada sobre um pequeno riacho que por ali passa.
Depois vem a compensação do esforço da descida: um magnífico jardim natural que dá abrigo a duas áreas de descanso independentes, separadas por uma árvore tombada. Numa dessas áreas somos ainda presenteados com um baloiço construído sobre um ramo de uma das grandes árvores que cobrem quase todo o local. Enquanto ouvimos o canto dos pássaros e o barulho da água gelada que passa pelo riacho, concluímos que afinal o céu fica no centro da terra.
(Peço desculpas pela má qualidade das fotografias, mas uma handycam não foi feita para estes propósitos - fica a boa intenção) ;)